Bistrô Ruella: artesanal, plural e sem fronteiras.

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O Bistrô Ruella foi criado em 1996 como a extensão da casa da chef Dahoui para que os clientes se sentissem como se estivessem indo a casa de amigos, em um ambiente descontraído e charmoso, onde todos os detalhes tivessem uma história para contar; um lugar para se desconectar do mundo corrido e simplesmente se deixar levar pelo savoir vivre.

Com uma gastronomia de Bistrô de Autoria: artesanal, plural, sem fronteiras, saborosa e simples; uma cozinha de base franco-brasileira com toques orientais., feita e servida por uma equipe comprometida, carinhosa e atenta, treinada pela própria chef.

Era é só chegar e se divertir, celebrando a vida com aromas, sabores, amigos e amores. A casa é de todos. E depois de uma temporada de grande aprendizado na França, Danielle Dahoui estava de volta ao Brasil.

Fixou residência em São Paulo e não esperou a oportunidade bater à sua porta, foi atrás dela. Encontrou um investidor e, na Vila Olímpia, uma casa arruinada em uma ruazinha que só ela via potencial, daí o nome: Ruella. O dinheiro era pouco e o bairro, desconhecido, mas Dahoui não deu ouvidos a todos os que diziam que não daria certo.

Empreendedora e sempre na vanguarda, driblou o fato de ser raríssimo ter uma mulher que cuidasse de todo o restaurante sozinha e foi vencendo os obstáculos. Encarou o desafio de reformar o imóvel e decorá-lo como se fosse a extensão de sua própria casa, com móveis e peças trazidos de Recife, Bahia, Lilly, Paris, São Paulo, objetos de decoração reciclados por ela, além de colagens de suas fotos pela Europa.

A chef cuidou pessoalmente da iluminação, da música, do uniforme, da carta de drinques, da carta de vinhos e até do atendimento. “A ideia era que todos se sentissem à vontade e que consumissem uma excelente culinária artesanal com ingredientes vindos de pequenos produtores locais”, lembra.

No restaurante, a mutação é constante. Dahoui gosta de inovar sempre; mas é no cardápio que a tradição e a alma do negócio se encontram: até hoje 70% dos pratos permanecem sendo aqueles criados na época da inauguração do Ruella. “Fazer sucesso é fácil, difícil é se manter com frescor por tantos anos”.

Passados 23 anos, o Ruella segue refletindo a história de sua chef: suas andanças pelo mundo, a paixão pela boa comida e pela boa música, e a arte de bem receber. Sua forma de ver a vida também está naturalmente impressa no dia a dia do restaurante, seja por meio do engajamento na gastronomia sustentável, atenuando o impacto que a sua atividade gera na natureza, seja pela preocupação social em relação à vida e ao desenvolvimento de seus funcionários.

“A energia é fundamental para que a comida alimente não só o corpo, mas também a alma. Cuido da nossa equipe como cuido da minha família”, assegura. Talvez esse seja o mix perfeito que garanta 23 anos de casa cheia.