Por Andreza Gonçalves
Nesse universo fitness o que estamos fazendo é tentar desmistificar e nos aproximar ainda mais do princípio do treinamento. Embora algumas ideias tenham se difundido a respeito do treinamento de força, ele segue sendo a base para qualquer outro tipo ou modalidade que venha a surgir.
O treinamento de força, por carregar esse nome pode causar espanto e até uma falsa ideia de que precisa ser forte para treinar. Leigo engano, pois justamente é ao contrário! É necessário treinamento para ter força. O praticante não inicia com altas cargas tampouco com exercícios mirabolantes. A base do treinamento de força ou treinamento resistido é utilizar os movimentos básicos do dia a dia: puxar, empurrar, andar, saltar, agachar e levantar. E assim, como qualquer início na vida, tudo precisa ser bem equalizado e com progressão exata. No inglês existe um termo que exemplifica muito bem isso “step by step”, ou seja, passo por passo.
Para entendermos melhor isso, falaremos sobre os 5 princípios do treinamento de força.
1. Adaptação
Esse princípio trata da capacidade que nosso corpo tem de se adaptar a diversas situações, reorganizando estímulos, por exemplo. Mas tudo requer um tempo para que o corpo passe a atender aquele novo estado em que se encontra. É por isso que se deve respeitar cada fase do treinamento. Ficar mudando ou inventando exercícios a todo momento não fará com que essa adaptação ocorra. Logo, o treinamento não apresentará efeitos!
O ideal é progredir dentro daquele ciclo de treinamento e ir mudando gradualmente a carga de treino. O que nos leva ao próximo princípio.
2. Sobrecarga
A sobrecarga refere-se a tudo que podemos alterar dentro do mesmo ciclo de treino como, por exemplo, tempo de descanso, velocidade de execução, sobrecarga externa (pesos utilizados) amplitude do movimento, entre outros.
Então, veja bem, dentro de um mesmo exercício é possível progredir de várias formas. Exemplo: em um agachamento, posso fazê-lo de forma rápida ou lenta, com descanso longo ou curto entre séries, com amplitudes totais ou parciais. E tudo isso vai influenciar para que esses exercícios sejam mais ou menos intensos, de acordo com a individualidade de cada praticante. E por falar em individualidade…
3. Individualidade.
Esse tópico nos mostra que existem características individuais que modelam essa resposta diferentes a estímulos parecidos, tais como fatores hormonais, genéticos ou mesmo anatômicos. Por esta razão, apesar de esperarmos uma dada resposta ao treino, este pode ser limitado por outros fatores. É aí que está a importância do treinamento personalizado.
4. Especificidade
Dentre deste princípio entendemos que devemos dar o estímulo certo para obtermos respostas especificas. Por exemplo, não posso esperar a definição muscular treinando apenas cárdio. Ou seja, é preciso ser assertivo e otimizar a busca pelo objetivo desejado.
5. Continuidade
Os resultados não apareceram instantaneamente, isso quer dizer que os benefícios e resultados do treinamento, seja em qualquer modalidade, apenas serão obtidos se houver uma constância.
De uma forma clara, dentro de um macro ambiente, podemos observar isso no desempenho de atletas, que passam longas horas, dias, meses e anos treinando para realizar com maestria, muitas vezes um único movimento com duração de cinco segundos.
Contudo, esses são princípios básicos que constroem um bom e efetivo treinamento de força independente de qual seja o objetivo a ser atingindo.
Seguindo esses princípios, seja você profissional da área ou praticante, ficará muito mais tangível alcançar a meta.
Fonte: Bacharel em Educação Física, Andreza Gonçalves (@an.drezagn) é personal trainer (Cref 172593-G) e colunista do Viva Cidade News.