Em alguns momentos, dentro da rotina de exercícios físicos, você já percebeu que o que te faz “parar” o movimento, reduzir a corrida ou não resistir a uma série é a sua condição cardiorrespiratória e não necessariamente a fadiga muscular?
Condição cardiorespiratória? Fadiga muscular? Afinal, do que estamos falando?
Primeiramente a fadiga muscular acontece, por exemplo, quando estamos treinando com uma carga (peso) alta, como nos treinos de hipertrofia e não conseguimos mais manter a postura ou realizar um determinado movimento devido ao esgotamento da força.
Já a condição cardiorrespiratória acontece naquele momento durante o exercício quando tentamos a todo custo buscar o “ar” e ele não é o suficiente. A sensação de falta dele e a ofegância tomam conta daquele momento fazendo com que busquemos estratégias para normalizar a respiração ou fazendo com que haja a interrupção daquele determinado exercício por alguns minutos até que a respiração se restabeleça.
Pois bem, ambas as condições são altamente treináveis. O ponto de fadiga muscular vai se distanciando e o corpo tornando-se mais resistente à medida que ficamos mais fortes e, com isso, não estou me referindo à circunferência ou ao tamanho do músculo e sim à resistência dele.
Já a condição cardiorrespiratória pode ser melhorada de várias formas, pois cada tipo de treino terá uma influência diferente nesse aspecto. Ou seja, uma pessoa muito forte dentro da musculação, pode não aguentar altas velocidades ou treinos mais longos de corrida, por exemplo.
E como essa capacidade pode ser melhorada? Variando as vertentes de treino se assim for o objetivo do praticante. Podemos afirmar que não é tão vantajoso alguém ser extremamente forte para levantar altos quilos de peso, mas não ser capaz de subir alguns lances de escada sem perder o controle de sua própria respiração.
Além disso, essa pouca capacidade pulmonar pode afetar diretamente o resultado desse praticante durante alguma atividade diferente que ele venha desempenhar. Exemplo: Alguém que faça treino de musculação de forma regular e ao praticar sua primeira corrida em um trecho curto, sinta a vontade de desistir, não pelo cansaço físico porque nisso o praticante é bem treinado e resistente, mas sim por não conseguir controlar sua respiração e isso influenciar na decisão de desistir de praticar aquele novo desafio.
E como isso pode ser melhorado? Treinando! É por isso que a pluralidade no treinamento é tão importante. Não há um tipo de esporte ou treinamento melhor do que o outro, todos vão se complementando. Por isso a importância de não pular o cardio da sua planilha de treino.
A resistência cardiorrespiratória é uma aptidão física fundamental que desempenha um papel vital na promoção da saúde e no aprimoramento do condicionamento físico, está diretamente relacionada à saúde do sistema cardiovascular. Com isso, entendemos que a melhoria na resistência cardiorrespiratória ajuda a queimar calorias de forma mais eficaz com a progressão no desempenho da prática regular de exercícios aeróbicos. Além disso, dentro da prática de exercícios regulares o bom desempenho cardiorrespiratório está diretamente ligada à recuperação após exercícios intensos. Indivíduos com uma boa capacidade cardiorrespiratória geralmente experimentam uma recuperação mais rápida.
A resistência cardiorrespiratória é uma aptidão física que tem impacto significativo tanto na saúde geral quanto no desempenho praticante e atlético. Contribui para a prevenção de doenças crônicas, melhora o controle de peso, apoia a saúde mental e fortalece o sistema imunológico.
