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Última modificação abril 22, 2025

Aprenda a otimizar uma sessão de treinamento

Conheça estratégias para não perder o treino mesmo nos dias de pouco tempo e muito trabalho

otimização do treino Treino pode ser otimizado. | Foto: Freepik

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    Praticar atividades físicas é um hábito fundamental para a garantia da boa saúde do corpo e da mente, mas cumprir a programação de treinamento é um verdadeiro desafio para a maioria das pessoas, por conta dos compromissos com estudos, trabalho e filhos, entre outras atividades.

    Por isso, vamos falar sobre algumas estratégias que podem ajudar quem não quer (e não deve) perder a sessão de treino, mesmo naquele dia de pouco tempo e muito trabalho.

    É possível se exercitar de maneira otimizada, aproveitando ao máximo os minutos que temos disponíveis entre uma tarefa e outra.

    A primeira etapa do treinamento que pode ser feita de maneira mais ágil é o aquecimento _entenda, aqui não quero dizer que tenhamos de negligenciar o aquecimento_, porém, em uma sessão com pouco tempo para execução, é indicado que o aquecimento seja feito junto com os próprios exercícios da série.

    Por exemplo, se o primeiro exercício é o agachamento, posso iniciar o aquecimento fazendo algumas repetições desse mesmo exercício, porém com uma carga um pouco menor do que a usada nas séries a seguir.

    Mulher segura peso em academia - Freepik

    Existem estratégias para agilizar o treino, mesmo quanto temos pouco tempo. | Foto: Freepik

    Além disso, sabemos que os exercícios unilaterais, aqueles que fazemos um lado e depois o outro, são os que mais demandam tempo durante o treino.

    Assim, quando temos pouco tempo, uma ótima estratégia a ser adotada é trocar exercícios unilaterais pelos bilaterais. Uma sugestão é fazer o agachamento tradicional em vez do afundo.

    Outra dica é priorizar os exercícios multiarticulares, aqueles movimentos que englobam mais de uma articulação, com os quais são trabalhados mais de um músculo ou grupo muscular.

    Thruster_ otimização de treino

    No thruster são trabalhados músculos dos braços, tronco e pernas. | Foto: Milan Markovic / iStock

    Esse é o caso dos desenvolvimentos, puxadas e remadas, ou, ainda, dos exercícios com movimentos combinados, como o thruster, a prancha alternando o toque no ombro e o agachamento sumo com remada alta, entre vários outros.

    Atenção ao volume do treino

    Outra estratégia a ser seguida está relacionada com a quantidade de séries e repetições. Temos de pensar: de quanto tempo eu preciso para fazer essa sessão de treino de maneira mais otimizada?

    Para a hipertrofia, que é o fortalecimento e o aumento dos músculos, o mínimo indicado para se obter bons resultados é fazer quatro séries semanais por grupo muscular, com até 15 repetições máximas.

    Mas, o que determina esse máximo de repetições? Isso se define pela carga externa que será utilizada, já que, neste contexto, a palavra “máxima” nos remete exatamente à carga (peso) que eu consigo levantar ou utilizar, até que a minha ‘falha’ chegue em 15 repetições.

    Portanto, é aquela carga com a qual não é possível fazer a 16ª repetição, ou menos.

    Existem outros métodos, como drop set (ou série descendente), rest pause (que aumenta a intensidade do treino) e séries combinadas, entre outros, mas, nesses casos, é sempre indicado contar com a ajuda de um profissional.

    Referência:

    Iversen, V. M.; Norum, M.; Schoenfeld, B. J. et al.. No Time to Lift? Designing Time-Efficient Training Programs for Strength and Hypertrophy: A Narrative Review. In: Sports Med, 2021, v. 51, n. 2079–2095.  Disponível em: <https://doi.org/10.1007/s40279-021-01490-1>.

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    Andreza Gonçalves

    26 publicações

    Personal trainer (Cref 172593-G), bacharel em Educação Física e pós-graduada em Treinamento Desportivo. Instagram: @an.drezagn_personal