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Última modificação agosto 13, 2025

SP incentiva exercícios em parques e vida saudável

Sedentarismo preocupa prefeitura da capital, que promove programa com atividades físicas e nutrição

Coluna Andreza Gonçalves Parques são ideais para atividades físicas. | Foto: Freepik/prostooleh

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    O “Sampa Saúde em Movimento” é um programa criado pela Prefeitura de São Paulo, que combina orientação nutricional, atividades físicas e lazer ao ar livre, para incentivar a perda de peso de maneira saudável e a melhoria da qualidade de vida da população.

    A iniciativa, lançada em 2024, leva profissionais das áreas da saúde e de educação física para parques de todas as regiões da capital, e também conta com o apoio de unidades móveis de saúde.

    Voltado a adultos com idade acima de 18 anos, o programa tem o objetivo de combater o sedentarismo, dando toda a orientação necessária para quem deseja se movimentar mais e melhorar suas capacidades físicas.

    Coluna Andreza Gonçalves

    Praticar atividades físicas é fundamental para ter qualidade de vida. | Foto: iStock/master1305

    Sedentarismo é o mais alto entre as capitais

    Apenas 51,1% dos moradores da capital paulista praticam exercícios regularmente, conforme mostra um estudo de 2023, baseado em dados do Vigitel (Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), do Ministério da Saúde.

    Isso significa que 48,9% da população da cidade está inativa ou é sedentária, o maior índice entre todas as capitais brasileiras.

    O mesmo sistema, dois anos antes, havia divulgado que a taxa de obesidade em São Paulo atingia 11,3% dos adultos (pessoas com idade a partir dos 18 anos). Além disso, na análise por gênero, as mulheres apresentaram índice de obesidade de 12,3%, enquanto o dos homens foi de 10,2%.

    Embora os números da capital de São Paulo estejam abaixo da média nacional em obesidade, o nível elevado de sedentarismo é preocupante, contribuindo diretamente para o risco de excesso de peso.

    E a obesidade está diretamente associada à idade, nível socioeconômico e sedentarismo, como mostra uma pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV), a partir de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    Como participar?

    O primeiro passo é procurar uma unidade móvel do programa, onde é feita a inscrição e uma avaliação física com anamnese. Depois, os dados individuais são usados para elaborar propostas de atividades compatíveis com a condição física de cada um.

    A Secretaria Municipal de Esportes e Lazer (SEME) informa que não é necessário fazer agendamento prévio para essa primeira etapa.

    “As unidades móveis visitam os parques participantes de forma esporádica, com atendimento por ordem de chegada, conforme dias e horários previamente divulgados. Durante a avaliação, são coletados dados como nome, telefone e e-mail para posterior agendamento de consultas com nutricionistas”, esclarece o órgão, em nota.

    Para participar das aulas, também não é preciso fazer qualquer tipo de inscrição ou matrícula.

    “O cronograma das aulas varia conforme o público de cada parque, sendo adaptado pelos professores de acordo com a idade, capacidade física dos participantes e horários de maior movimento. Entre as modalidades oferecidas estão ginástica, dança, pilates e funcional, além de orientação individual durante as turmas coletivas. Os horários podem ser consultados no Instagram e no site do projeto, na aba “Parques”, diz a nota.

    Especialistas ministram aulas e orientam treinos, acompanhando a frequência e os resultados dos participantes, além de fazerem atualizações das prescrições de atividades.

    Os inscritos também têm direito a uma consulta nutricional, realizada por vídeo chamada.

    O projeto

    O “Sampa Saúde em Movimento” já tem atividades gratuitas e monitoradas em mais de dez parques da cidade. A iniciativa é um convite aberto à população, com direito a avaliação individual, com teste de flexibilidade, bioimpedância e consulta nutricional online.

    Parques como CERET, Chácara do Jockey, Anhanguera, Aclimação,  Tiquatira e Piqueri, entre outros, têm programação de atividades de terça a sexta-feira e nos finais de semana.

    Além de incentivar a população a dar mais atenção à saúde, o projeto transforma o lazer urbano em oportunidade de autocuidado, oferecendo bem-estar em espaços verdes da metrópole.

    A união de atividade física, saúde e convivência nos parques também é uma política pública de combate à obesidade, que incentiva a perda de peso de forma orientada e prazerosa.

    A OMS, por exemplo, sugere a prática de 150 a 300 minutos semanais de exercícios moderados, para aceleração do processo de emagrecimento.

    Também é importante combinar aeróbicos e exercícios de força, estratégia eficaz para a redução da gordura corporal, além de priorizar boas práticas alimentares.

    “Ao levar a academia ao verde e à praça, a iniciativa reforça a importância de considerar o corpo e a cidade como partes de um mesmo processo de transformação social”, justifica a prefeitura.

    Segundo a secretaria municipal, os participantes do programa relatam melhorias no condicionamento físico e mudanças práticas no estilo de vida. No programa, recebem motivação para adotar hábitos mais saudáveis a longo prazo.

    Parques participantes:

    Região central
    Parque da Aclimação
    
    Zona Leste 
    Parque CERET
    Parque do Carmo
    Parque Tiquatira
    
    Zona Oeste 
    Parque Chácara do Jockey 
    Parque Ecológico Chico Mendes
    
    Zona Sul 
    Parque Linear Cantinho do Céu 
    Parque Linear São José 
    Parque Nabuco 
    Parque Santo Dias
    
    Zona Norte 
    Parque do Trote

    Referências: Prefeitura de São Paulo e Vigitel

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    Andreza Gonçalves

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    Personal trainer (Cref 172593-G), bacharel em Educação Física e pós-graduada em Treinamento Desportivo. Instagram: @an.drezagn_personal