Com o fim das Olimpíadas, fica claro entender que o treinamento de força é absolutamente necessário, porém, ele se mostra diferente em cada indivíduo, principalmente conforme a necessidade e a especificidade daquele corpo.
Dentro de grandes campeonatos, como foram as Olimpíadas, percebemos que, além do treino técnico para cada modalidade, o atleta necessita do ganho de força e resistência. Porém, não há como comparar o preparo físico dos atletas com o cotidiano do restante dos praticantes de esporte ou da básica musculação. Isso significa que a nossa boa e velha musculação do dia a dia prática entre 45 e 60 minutos é pouca ou falha? Com certeza a resposta é não!
Nossa musculação diária está tão importante para nossa necessidade quanto a musculação do atleta está para ele. Então, qual é a diferença? Especificidade! No caso dos atletas, a alta performance está diretamente ligada a superar limites com esforços extremos, tudo isso em um nível de preparação que abrange tanto o físico quanto o mental.
No caso de praticantes do cotidiano, os quais podemos chamar de esportistas, ajustes de cargas de treino compatíveis com a capacidade física de cada indivíduo, rotina diária de treino e alimentação básica, já são o suficiente. Neste caso, o objetivo é apenas não desistir, progredir de forma perceptível, seja por estética, por saúde, ou apenas para sair do sedentarismo e viver bem.
Consegue perceber a diferença? Atletas vivem pelo esporte. Esportistas praticam para viver.
Pelas linhas de treinamento extremas, horas e horas de carga de treino e tantas máximas envolvidas, ser atleta nunca foi questão de saúde. Competir e vencer são seus principais objetivos. Entregando sempre uma linha profissional tão perfeita que nos enchem os olhos com aquelas obras de artes que os atletas desenvolvem. Isso é a alta performance.
Já os esportistas, por sua vez, buscam na prática de atividades físicas qualidade de vida e superação. Eles podem até ser competitivos, mas as metas geralmente envolvem ultrapassar limitações pessoais, sejam elas físicas e/ou mentais e não profissionais. Isso é a autoperformance.
Contudo, concluímos que não importa qual a linha segue o seu esporte ou prática, seja ele amador ou profissional, a principal vertente sempre será o treinamento de força e suas especificidades e características de objetivo.
Fonte: Bacharel em Educação Física, Andreza Gonçalves (@an.drezagn_personal) é personal trainer (Cref 172593-G) e colunista do Viva a Cidade News.