“O Boto” busca reflexão sobre migração e cultura

Mostra utiliza da narrativa folclórica para discutir migração e cultura em território brasileiro

O Boto Os artistas Luciano Maia e Rafael Paiva

Informações

  • Data de inicio e término

    15 mar até 18 maio

  • Dias da semana e horários

    Terça a sábado, das 10h às 21h | Domingo, das 10h às 18h

  • Endereço

    Av. Dep. Emilio Carlos, 3641 - Cachoeirinha

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Mais detalhes

A exposição “O Boto” entra em cartaz no Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso (CCJ), em Cachoeirinha, dia 15 de março, sábado, às 15h. Com curadoria de Gabriel Babolim, “O Boto” utiliza da narrativa folclórica para discutir migração e cultura em território brasileiro.

As obras são uma série de pinturas e fotografias que retratam cenas, memórias e vivências revisitadas pelos artistas naturais do Pará (Luciano Maia) e Ceará (Rafael Paiva) após mudarem-se para a capital paulista.

No conjunto de obras, as referências à figura mitológica do boto-cor-de-rosa alternam entre as narrativas regionais de populações ribeirinhas do baixo amazonas – com as simbologias folclóricas que se constituíram pela tradição oral – e práticas cotidianas de regiões do Ceará, nas regiões de Fortaleza e Carnaubal, onde a mitologia é sugerida pela presença de entidades, movimentos e indumentárias.

Os artistas reimaginam a realidade através de uma lente subjetiva que confere mágica à normalidade, na qual o véu do invisível é levantado e seres fantásticos convivem com a rotina humana.

“O objetivo da mostra é celebrar a multiplicidade cultural que compõe nosso território brasileiro, e levantar discussões importantes para o cenário sócio-político, como diversidade cultural e movimentos migratórios. É importante que saibamos que as identidades estão em constante fluxo e que possamos entender cultura como um oceano onde diversos canais se integram, enriquecendo a experiência humana”, comenta o curador Gabriel Babolim.

Na sala de exposições do CCJ, estruturas de biombo delimitam um caminho serpenteado, onde o visitante pode conferir de perto as produções dos artistas, finalizando em uma grande instalação de pinturas em tecido na qual o visitante pode adentrar as cenas representadas.

O projeto conta ainda com encontros de arte-educação a serem realizados com os artistas e o curador, como visitas guiadas e oficinas práticas, com datas ainda a serem divulgadas. O visitante também pode, durante todo o período de exibição, solicitar o acompanhamento do setor educativo para mediação e consulta sobre a mostra, de quinta à domingo no período das 12 às 18 horas.

“O Boto” foi contemplado pela 21ª edição do Programa de Valorização de Iniciativas Culturais (VAI), da Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa, que atua no desenvolvimento cultural e formação para a cidadania na cidade de São Paulo e tem como objetivo facilitar o acesso à arte e cultura nas regiões periféricas do município e estimular o pensamento crítico acerca das questões que envolvem as produções de arte contemporânea.

Sobre os artistas

Luciano Maia é natural de Santarém, Pará. Artista visual e designer de superfícies, desenvolve suas produções artísticas desde 2020, quando passa a comercializar suas ilustrações entre seu círculo social. Atua, principalmente, no desenho e na pintura e nas investigações têxteis, desenvolvendo sua poética através da contação de narrativas visuais. Realiza sua primeira exposição individual no Paço das Artes, em 2024, além de integrar mostras coletivas, salões e ter obras em acervos institucionais e particulares.

Rafael Paiva é natural de Carnaubal, interior do Ceará. Artista visual e diretor de arte, utiliza a fotografia como ferramenta principal de expressão, investigando também as produções de audiovisual. Atua no circuito de moda nacional, trabalhando com marcas independentes, além de possuir sua própria marca de pesquisa e moda circular. É premiado, em 2024, no Panorama Latino-Contemporâneo, promovido pelo Festival Photo Vogue, a ser realizado em março, ainda neste ano, em Milão.

Sobre o curador

Gabriel Babolim é natural de São Paulo, capital. Atua com curadoria e produção de projetos artísticos desde 2021, desenvolvendo projetos expositivos para artistas brasileiros e estrangeiros, bem como mostras coletivas em instituições públicas e particulares, além de realizar acompanhamento de produção para artistas independentes, facilitando a circulação de nomes em ascensão no cenário artístico e cultural através de editais.

Sobre o Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso (CCJ)

O CCJ, equipamento da Secretaria Municipal de Cultura, é o maior centro público dedicado aos interesses da juventude da cidade de São Paulo. Inaugurado em 27 de março de 2006, fruto da mobilização da comunidade no Orçamento Participativo, inspira outros centros de referência de juventude pelo Brasil e pelo mundo.

Proporciona a transversalidade das diversas temáticas relativas à vivência da condição juvenil por meio da cultura, buscando o empoderamento e o protagonismo da juventude a partir de uma programação cultural gratuita e diversificada, tendo o jovem não somente como espectador, mas como sujeito promotor, organizador e realizador dos programas e projetos realizados tanto no espaço como difundidos pela cidade.

Possui 8.000 m² de arquitetura moderna e arejada, reunindo biblioteca, anfiteatro, teatro de arena, sala de projetos, estúdio para gravações musicais, ilhas de edição de vídeo e de áudio, sala de oficinas e galeria para exposições, além de uma ampla área de convivência e com computadores com acesso à internet.

  • Acessível para cadeirantes
  • Gratuito
  • Livre para todas as idades

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