MASP apresenta obras consagradas de Leonilson

Mostra traz obras dos seus últimos cinco anos de vida, explorando temas íntimos.

Leonilson, Ninguém, 1992

Dados do estabelecimento

  • Data de inicio e término

    23 ago até 17 nov

  • Dias da semana e horários

    Terças, das 10h às 20h (entrada até as 19h);
    Quarta a Domingo, das 10h às 18h (entrada até as 17h);
    Fechado às segundas.

  • Endereço

    Av. Paulista, 1578 - Bela Vista, São Paulo - SP, 01310-200

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Mais detalhes

O MASP – Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand exibe a mostra “Leonilson: Agora e as Oportunidades”, apresentando trabalhos do pintor, desenhista e escultor cearense Leonilson (José Leonilson Bezerra Dias, 1957–1993). A exposição se concentram na produção dos últimos cinco anos de vida do artista, explorando temas íntimos, como o amor, a sexualidade, o abandono, a perda e a doença.

Os jogos de palavras e as minuciosas imagens em pinturas, desenhos, bordados e instalações de Leonilson traduzem reflexões filosóficas sobre a sua vida e o contexto no qual se insere, conferindo aspectos autobiográficos às suas obras. Mais de 300 trabalhos e documentos que refletem as sutilezas do artista ao expressar perspectivas políticas, públicas e íntimas podem ser conferidos na mostra.

“Leonilson: Agora e as Oportunidades” oferece um panorama da produção do artista entre 1989 e 1993, período mais rico e complexo de Leonílson, que ficou conhecido como Leonilson Tardio.

Com curadoria de Adriano Pedrosa, diretor artístico, e assistência curatorial de Teo Teotonio, a mostra é dividida cronologicamente em cinco salas no 1º andar do museu, cada uma dedicada a um desses últimos anos de trabalho. No mezanino, localizado no 1º subsolo, ganham destaque as suas ilustrações feitas para a coluna de comportamento “Talk of the town” – o ti-ti-ti da cidade, de Barbara Gancia no jornal Folha de S.Paulo, bem como os vídeos documentais “Com o Oceano Inteiro para Nadar” (1997), dirigido por Karen Harley, e “A paixão de JL” (2014), dirigido por Carlos Nader.

“Leonilson é um artista tanto central quanto marginal na história da arte brasileira. Central, porque é autor de uma obra absolutamente incontornável no final do século 20, reconhecido em incontáveis exposições, livros e mesmo em tatuagens.

Mas ele é também marginal, pois, com uma obra tão singular, não se encaixa facilmente nos movimentos e gerações da história da arte brasileira. Sobretudo, Leonilson é marginal porque, no final dos anos 1980 no Brasil, é um homem gay, e, a partir de meados de 1991, passa a viver com HIV, o que suscitava preconceitos e discriminações na época”, comenta Adriano Pedrosa.

“Leonilson: Agora e as Oportunidades”, que conta com o patrocínio master do Itaú Unibanco, parceiro estratégico do MASP, tem em seu título o nome da obra “Agora e as Oportunidades” (1991). Essa obra, pertencente ao acervo do museu, é uma das mais emblemáticas do artista. Nela é possível ver uma figura que evoca um ser mitológico, solitário e dividido, com quatro pernas e cabeças, caminhando para diversos lados.

À direita, na pintura, Leonilson desenhou seis copos, embaixo de cada um deles é possível ler: “os negros”, “os homossexuais”, “os judeus”, “as mulheres”, “os aleijados”, “os comunistas”, designações que se referem às minorias sociais de sua época e evidenciam o aspecto político de sua produção. O trabalho é exibido junto à montagem inédita da instalação “As Minorias” (1991), exposta pela última vez no ano em que foi produzida.

Entrada: R$ 70 (entrada) e R$ 35 (meia-entrada); Terças grátis e primeira quinta-feira do mês grátis. Agendamento on-line obrigatório pelo link masp.org.br/ingressos.

 

  • Acessível para cadeirantes
  • Acessível para deficientes auditivos
  • Acessível para deficientes visuais
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