Espetáculo “Órion” está de volta ao Teatro Commune

Peça tragicômica, escrita e encenada por Caio Blanco, tem como tema a ansiedade.

Informações

  • Data de inicio e término

    07 set até 22 set

  • Dias da semana e horários

    Sábados, às 20h
    Domingos, às 19h30

  • Endereço

    R. da Consolação, 1218 - Consolação, São Paulo - SP, 01302-001

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Mais detalhes

Após o sucesso em sua primeira temporada, a peça “Órion – ou um quase-monólogo sobre a ansiedade”, está de volta para 6 apresentações em setembro, mês que alerta sobre a importância da saúde mental com a campanha Setembro Amarelo.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em pesquisa divulgada no primeiro semestre de 2023, o Brasil é o país mais ansioso do mundo e o quinto mais depressivo. Diante disso, a peça tragicômica, com histórias quase autobiográficas levadas ao exagero impactante, revela a busca de um ator-ansioso por sua espontaneidade perdida.

Vemos um homem sem carisma e sua psiquiatra caminhando juntos por pensamentos obsessivos, refletindo sobre temas complexos para, através de humor e de desespero ácidos, tentar responder a questões fundamentais da sociedade contemporânea: a burrice institucional, a harmonização facial e, claro, a vida secreta dos cachorros. Durante esta jornada, a narrativa passeia por temas como o luto, a depressão, o malefício das redes-sociais para a saúde mental, além da dificuldade das relações humanas em um mundo cada vez mais líquido.

Nesse sentido, o espetáculo fornece uma plataforma para que o público reflita sobre suas próprias experiências com a ansiedade, ajudando a criar uma comunidade de apoio e de solidariedade em torno do tema, permitindo que as pessoas se sintam menos sozinhas em suas lutas pessoais. “Em um mundo no qual tudo se deseja e nada parece contentar nossos anseios, a população global tornou-se refém da ansiedade e da depressão paralisantes”, reflete Caio Blanco sobre a atualidade do texto.

Com direção de André Leão, “Órion” alterna sonilóquios poderosos e trocas sagazes com a atriz Priscilla Olyva, que desempenha diversos papéis durante a encenação. O objetivo é misturar as linguagens do teatro, do audiovisual e do stand-up comedy.

A quebra da quarta parede e a conversa franca e direta com o público também é utilizada durante a encenação. Elementos audiovisuais passeiam ao fundo enquanto a peça desenrola-se pelo palco. Escolhas não-tradicionais de uso das tecnologias de luz e de letterings vão fornecer a “Órion” um ar de vídeo que poderia estar presente em redes-sociais, artefato metalinguístico utilizado justamente como crítica à liquidez das mídias, que faz aumentar a ansiedade.

A quebra da fé cênica durante a interpretação do ator deixa a plateia em dúvida sobre o que é real e o que é teatro, sobre o que é espontâneo e sobre o que foi ensaiado. Aqui, mais uma crítica é emoldurada: qual parte de nós, em um mundo de aparências, é verdadeira ou apenas fingimento?

Órion é, talvez, uma das constelações mais populares no mundo todo. Por estar repleta de estrelas brilhantes pode servir como guia, assim como a peça pode ser um caminho importante para que muitos que sofrem de ansiedade ou outros transtornos possam encontrar uma saída ao verem que não estão sozinhos. “Mais uma vez, não devemos subestimar o poder sensibilizador da arte”, conclui Caio Blanco sobre o projeto.

Entrada: R$ 60,00 (inteira ) e R$ 30,00 (meia)

Classificação: 14 anos

  • Acessível para cadeirantes
  • $
  • Maiores de 14 anos

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