Solo “VACA” tem apresentações gratuitas
Bruna Betito explora a condição da figura da "amante", a partir de experiências pessoais

Informações
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Data de inicio e término
21 jun até 29 jun
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Dias da semana e horários
Sábado, às 20h | Domingo, às 19h
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Mais detalhes
O universo e a condição da amante, essa figura transgressora e indissociável ao casamento, que geralmente é condenada sem direito à defesa, inspira a criação do solo teatral “VACA”, com direção, dramaturgia e atuação de Bruna Betito.
Com estreia em 2023, “VACA” foi apresentado, além da capital paulista, pelas cidades do interior, participando de festivais como o “Festivale” (São José dos Campos), “Semana Luiz Antônio Martinez Corrêa” (Araraquara) e em outros estados como Brasília – DF e em Natal – RN, no “Festival Casa Tomada”, totalizando mais de vinte apresentações.
O espetáculo, agora volta a São Paulo e ganha várias apresentações gratuitas em diversos espaços da cidade, entre os meses de março e julho. Além disso, a artista organiza uma série de encontros públicos online com outras artistas e pesquisadoras para discutir questões que norteiam o trabalho e promove uma residência artística.
O solo “VACA” parte da autobiografia da própria atriz e autora do texto, mas, já de início, essas experiências são deslocadas para um universo onírico, surreal e mitológico, a partir dos sonhos dela com o Apocalipse, que são narrados e dramatizados, misturando realidade documental, ficção e uma dose de sarcasmo.
Em cena, a performatividade, a dança, o recurso de materiais e situações que presentificam a atriz e o público num jogo interativo e irrepetível também são pontos essenciais para a criação cênica e dramatúrgica. Exemplo disso é o estabelecimento de uma espécie de santa ceia, que, na verdade, se transforma em um fórum, no qual o público é convidado a discutir sobre “infidelidade” de forma anônima. Nesse sentido, trata-se de uma dramaturgia na qual a presença do público soma sentidos e conteúdos para a obra.
Além da referência autobiográfica, a criação dramatúrgica utiliza-se de outros autores como inspiração, entre eles Gustave Flaubert com sua “Madame Bovary”; Elisabeth Abbot com seu compêndio “Amantes: Uma História da Outra”, que retrata a biografia de várias amantes desde a Antiguidade até os anos 1960; e Esther Perel com seu “Casos e Casos”, um diário de psicoterapia com casais que passaram por situações de infidelidade.
Outras referências importantes são o universo da mitologia grega com suas histórias de amor e traição, em especial a história do triângulo Zeus-Hera-Io (também retratada na peça “Prometeu Acorrentado”, de Ésquilo). Nesse mito, Hera, transforma a amante de Zeus, Io, em uma vaca branca. E por último, a Bíblia, que possui histórias, parábolas e mandamentos muito precisos a respeito deste tema.
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