Espetáculo “Mary Stuart” tem nova temporada

Peça é uma montagem moderna do clássico escrito em 1.800 por Friedrich Schiller.

Mary Stuart Foto: Lígia Jardim

Dados do estabelecimento

  • Data de inicio e término

    11 out até 03 nov

  • Dias da semana e horários

    Quinta à sábado, às 21h | Domingo, às 19h - * Exceto 27 de outubro (sessões com interpretação em libras aos sábados)

  • Endereço

    Av. Adolfo Pinheiro, 765 - Santo Amaro

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Mais detalhes

Com direção de Nelson Baskerville, o espetáculo “Mary Stuart”, visto por mais de 28 mil pessoas e indicado ao Prêmio Shell (figurino e luz), volta a cartaz para nova temporada, apresentando uma montagem moderna, vibrante e acessível ao grande público do clássico escrito em 1.800 pelo autor alemão Friedrich Schiller (1759-1805).

A peça gira em torno da sombria disputa travada entre as rainhas Elizabeth I (1533-1603) e Mary Stuart (1542-1587) pelo trono da Inglaterra no século 16. A encenação emprega um olhar contemporâneo para narrar o conflito entre as duas rainhas.

Única herdeira legítima do rei Jaime V da Escócia, Mary Stuart assumiu o trono aos seis dias de vida, após a morte de seu pai. Ainda muito criança foi exilada para a França, fugindo das constantes ameaças de morte. Lá cresceu e se casou com James Hepburn, se tornando também rainha da França. Aos 18 anos ela era rainha da Escócia e França, o centro da Europa de então.

Já Elizabeth I teve um sucesso inverso. Filha bastarda do rei da Inglaterra Henrique VIII era prima de Mary Stuart e, ao contrário dela, viveu até seus 25 anos de idade presa numa torre, por indicação de sua irmã, Mary I, católica, que temia que a presença de Elizabeth pudesse ameaçar a sua coroa.

Com a morte de Mary I, Elizabeth finalmente assume o trono e, mais uma vez, a religião de estado na Inglaterra muda para o protestantismo. Religião criada por Henrique VIII, pai da rainha Elizabeth I, filha que ele havia deserdado.

É quando começa a disputa entre as primas. Afinal, Elizabeth era uma filha bastarda e Mary Stuart estava em primeiro lugar na fila da sucessão. Existia na Europa uma sangrenta guerra religiosa entre católicos e protestantes e o trono da Inglaterra era alvo dessa disputa. Se Mary Stuart assumisse o trono, o catolicismo voltaria a dominar a Inglaterra, que com a coroação de Elizabeth I, estava sob domínio dos protestantes.

Essa disputa, que se tornou uma guerra religiosa cheia de atentados, conspirações e mortes, não era só uma guerra entre primas, mas entre religiões e grandes países.

O espetáculo conta as últimas 24 horas de vida de Mary Stuart, presa há 18 anos a mando de Elizabeth I, que repete o gesto de sua irmã, Mary I, porque teme que a presença da prima escocesa ameace o seu trono.

A forma como o espetáculo foi escrito resultou em uma peça com muito suspense e ação, na qual o público é convidado a acompanhar as últimas 24 horas de vida de Mary Stuart, em uma trama que mistura conspiração, traição e jogos pelo poder, muito semelhante aos tempos atuais.

Segundo o diretor Nelson Baskerville, a proposta é fazer com que o texto escrito em 1.800 se comunique de forma contemporânea com o público de hoje, de modo que a plateia reconheça as mazelas atuais nessa disputa.

“Mary Stuart” é estrelado por Virginia Cavendish e Ana Cecília Costa/Ana Abbott (alternante), que interpretam as monarcas e dividem a cena com Letícia Calvosa, Adilson Azevedo, Anderson Müller, Gustavo Machado, Joelson Medeiros, Iuri Saraiva, Fernando Vitor/Giovani Tozi, Alef Barros e Julia Terron. A tradução é assinada por Ricardo Lísias e a adaptação, por Robert Icke.

Ingressos: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia)

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