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Última modificação outubro 03, 2024

Outubro Rosa: 10 informações sobre a mamografia

Para alertar sobre a importância do rastreamento precoce do câncer de mama, o mês reforça a necessidade do exame como uma forma de prevenção à doença.

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    Com o objetivo de alertar sobre um exame indispensável, como a mamografia, a campanha Outubro Rosa traz uma reflexão importante sobre a necessidade de se cuidar e olhar com carinho para a saúde.

    Projeções do Instituto Nacional do Câncer (INCA), indicam que em 2023 devem ser registrados 73.610 novos casos de câncer de mama, número que representa 10,5% de todos os diagnósticos da doença no Brasil – ficando atrás somente do câncer de pele não melanoma, que compreende 31,3% do total de casos de forma geral.

    Os tumores de mama são mais incidentes entre mulheres, liderando o ranking dos que mais matam a população feminina. São estimados 11,84 óbitos pela doença a cada 100 mil mulheres, ainda conforme o INCA. Porém, a partir do diagnóstico precoce, é possível encontrar lesões em estágios iniciais e barrar que o câncer de mama avance.

    “Quando a doença é descoberta cedo, os tratamentos podem ser menos agressivos, além de terem uma maior chance de sucesso. A boa notícia é que 95% dos diagnósticos precoces têm chances de cura”, comenta Daniel Gimenes, oncologista da Oncoclínicas em São Paulo.

     

    Mas, afinal, como o exame é feito?

    Em um mamógrafo, a mulher fica de pé em frente ao aparelho e duas placas pressionam as mamas tanto na vertical, como na horizontal. Para ter uma melhor imagem, o técnico pedirá para a paciente prender a respiração por alguns segundos. “Em média, o exame pode durar cerca de 20 minutos no máximo”, explica o oncologista.

    Quem deve fazer a mamografia

    Acima dos 40 anos, o exame pode ser realizado anualmente para a detecção precoce do câncer de mama, segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM). Já entre os 50 e 69 anos, de acordo com o Ministério da Saúde, a mamografia de rotina pode ser realizada a cada dois anos, desde que a mulher não tenha sinais ou sintomas da doença.

    Quando o procedimento é realizado fora da faixa etária, ou seja, em mulheres com menos de 40 anos, ele pode ser indicado para complementar o diagnóstico de nódulos na região. Porém, vale lembrar que apenas o médico poderá recomendar a necessidade ou não da mamografia em situações como essa.

    Por que a mamografia não é recomendada antes dos 40 anos?

    Segundo Daniel Gimenes, o exame pode trazer alguns riscos quando feito antes dos 40 anos. Além disso, o diagnóstico de câncer de mama em mulheres abaixo da faixa etária é raro – representando apenas cerca de 10% dos casos.

    “Por causa de uma maior densidade da mama, o exame pode trazer falsos negativos. Além disso, realizar a mamografia antes dos 40 anos expõe a mulher a uma radiação que não é necessária naquele momento”, comenta.

    Dói fazer mamografia? 

    O exame pode causar desconforto, mas a compressão no aparelho é rápida, fazendo com que a dor seja passageira. “Uma dica para evitar que o incômodo seja maior é realizar a mamografia fora do período menstrual, pois a mama está mais sensível neste momento”, recomenda o especialista da Oncoclínicas São Paulo.

    Quem tem silicone pode fazer mamografia?

    Sim, pode. A prótese não irá atrapalhar o exame, mas é necessário que a paciente avise sobre o silicone. “O mamógrafo não irá furar a prótese. A diferença é que podem ser necessárias mais imagens durante o exame, assim como a manobra de Eklund – que consiste em afastar o silicone para que não haja distorção dos resultados”, comenta Daniel.

    A radiação da mamografia pode fazer mal?

    O exame é contraindicado na gravidez, mas pode ser realizado normalmente em outras situações. A radiação emitida no procedimento é baixa e não causa complicações.

    Existe preparo para fazer a mamografia?

    O exame em si não necessita de muitos preparos, mas é recomendado que a mulher faça o agendamento da mamografia alguns dias após a menstruação. “Isso ajuda a evitar o desconforto e oferece mais tranquilidade para a paciente durante o exame”, explica Daniel.

    Além disso, é necessário evitar o uso de hidratantes, desodorantes e outras substâncias nas mamas e axilas, pois podem interferir no resultado do exame.

    A vacina contra a covid-19 pode causar erros de interpretação na mamografia? 

    Sim, pode. Por causa do aumento de linfonodos no braço em que a paciente recebeu a vacina, a situação pode ser interpretada erroneamente como um sinal de câncer de mama – uma vez que a doença também apresenta esse desdobramento. O INCA recomenda que a mamografia de rastreamento seja feita entre quatro a seis semanas após a vacinação contra a covid-19.

    Mulheres que estão amamentando podem fazer mamografia?

    Não, o exame não é recomendado caso a mulher esteja amamentando ou grávida. Em situações como essa, o médico poderá solicitar outros exames de rastreamento que não sejam prejudiciais para a mãe e para o bebê, como o ultrassom.

    O autoexame substitui a mamografia? 

    Não! No caso do autoexame, ele auxilia na detecção de nódulos palpáveis, mas não substitui a realização da mamografia. “Por isso, caso note sintomas como: alterações de formato, da pele ou tamanho das mamas, procure um médico o quanto antes para avaliação e diagnóstico correto”, finaliza Daniel Gimenes.

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