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Última modificação julho 03, 2025

O que fazer em São Paulo em dias de chuva?

Dias chuvosos convidam a explorar a cidade de maneira diferente; veja ideias de passeios divertidos em SP

Dias chuvosos são um convite para conhecer a cidade de forma diferente | Foto: iStock

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    A variedade de passeios possíveis para fazer em São Paulo não se limita aos dias ensolarados, já que a cidade oferece opções para os mais diversos gostos e condições climáticas.

    Mesmo em dias de chuva, em que sair de casa parece ser mais difícil, é possível encontrar atividades interessantes e divertidas pela capital.

    Museus, exposições, espaços culturais, teatros e cinemas são lugares que a serem explorados tanto com sol como em dias chuvosos.

    Veja, a seguir, sugestões do Viva a Cidade para você tirar o melhor proveito da capital paulista até com o tempo fechado:

    Exposições

    1. Pinacoteca de São Paulo

    É um dos museus de arte mais importantes do Brasil, e o mais antigo de São Paulo, com um acervo incrível, com cerca de 11 mil peças, e que também recebe exposições temporárias.

    Atualmente, o complexo da Pinacoteca de São Paulo é composto por três dois edifícios: a Pina Luz, a Pina Estação e a Pina Contemporânea.

    O primeiro prédio, da Pina Luz, é o mais conhecido, fica na praça da Luz e é o núcleo central do acervo, com obras de arte brasileira desde meados do século 19.

    A Pina Estação fica no local onde funcionou o Armazém Central da Estrada de Ferro Sorocabana, no Complexo Cultural Júlio Prestes, e concentra exposições temporárias.

    Alguns andares do mesmo local recebem a programação do Memorial da Resistência de São Paulo, instituição cultural dedicada aos direitos humanos.

    A Pina Contemporânea, mais recente, tem uma praça pública para atividades artísticas e culturais, duas galerias para exibição de obras em grandes formatos, ateliês para atividades educativas, biblioteca de artes visuais, loja, auditório, mirante e espaço de acolhimento.

    O conjunto recebe as principais exposições de arte que chegam à cidade e é um dos principais pontos turísticos do estado, devido à arquitetura e importância história, além das mostras permanentes e rica programação. 

    Quem visita o complexo também pode fazer uma pausa para tomar um café ou almoçar no delicioso Fitó, presente nos edifícios Pina Luz e Pina Contemporânea (informações aqui).

    Programas para dias com chuva em São Paulo

    Vatapá de frango é uma das opções do cardápio do Fitó. | Foto: Reprodução / Instagram @fitopina

    Quanto à programação cultural, atualmente é possível visitar a exposição “Flávio Império: tens a vontade e ela é livre”, no 4º andar do edifício Pina Estação, em cartaz até 1º de fevereiro de 2026.

    A mostra faz uma retrospectiva da vida e obra de Flávio Império (1935-1985), figura central para a compreensão da cultura brasileira nas décadas de 1960 e 1970.

    Dividida em três núcleos, a exposição propõe ao público uma imersão em diferentes produções e momentos da carreira do artista.

    Já no edifício Pina Luz, a artista Mônica Ventura apresenta, até 3 de agosto, “Mônica Ventura: Daqui um Lugar”, no Octógono do prédio.

    A artista explora símbolos de cosmologias afro-ameríndias, em um diálogo com o grande espaço, que fica na parte central do edifício. Ao entrelaçar as camadas do tempo que habitam o Octógono, propõe ao visitante um lugar em que as conexões humanas possam confluir, receber e irradiar energia, a partir da relação entre corpo e arquitetura.

    A programação completa da Pinacoteca está disponível neste link. Além de exposições, são oferecidos cursos, visitas educativas, oficinas e atividades para toda a família.

    É possível visitar a Pinacoteca de São Paulo e seus três edifícios com um único ingresso, que custa entre R$ 17 (meia-entrada) e R$ 30 (inteira) + taxa de conveniência. É oferecida gratuidade para crianças até 10 anos, idosos (60+), PcD, professores e outros grupos e categorias profissionais. Mais informações estão disponíveis neste link, por meio do qual também devem ser feitas as reservas.

    Aos sábados, a entrada é grátis para todas as pessoas, assim como em todo 2º domingo do mês (subsídio da B3, a Bolsa do Brasil, mantenedora do complexo).

    Quem não quiser ficar o tempo todo fechado em um dos edifícios, pode passear pelo Parque da Luz, mesmo usando um guarda-chuva, pois o local abriga belas esculturas, relacionadas com o acervo da Pinacoteca.

    2. Masp

    O Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp), na avenida Paulista, é conhecido por sua arquitetura icônica e sua vasta coleção de arte brasileira e internacional.

    Conta com coleções de pinturas, esculturas, fotografias, vestuário e vídeos, de diversos períodos e estilos, em um acervo que reúne mais de 11 mil obras, produzidas na Europa, África, Ásia e Américas. É, inclusive, o museu com o mais importante acervo de arte europeia do hemisfério Sul.

    Visitar o Masp é um programa perfeito para os dias de chuva na cidade, pois não faltam mostras e exposições interessantes em sua programação, além de outras atividades culturais e artísticas.

    A novidade deste ano é o edifício Pietro Maria Bardi, anexo ao prédio principal do museu, chamado Lina Bo Bardi. Trata-se de uma homenagem ao primeiro diretor artístico do museu, que adquiriu as primeiras obras de arte da instituição, criada em 1947.

    O imóvel mais conhecido, com as colunas vermelhas e o vão no térreo, que se tornou cartão-postal de São Paulo, leva o nome da arquiteta que o projetou, Lina Bo Bardi (1914-1992), que foi casada com Pietro.

    O novo prédio, inaugurado em março deste ano, tem 14 andares e mais de 7.000 m², amplia os espaços expositivos e de multiuso do museu, duplicando sua área de atuação, que passa de 10.485 m² para 21.863 m².

    Esse local abriga as exposições que compõem os “Cinco ensaios sobre o Masp”: “Histórias do Masp” (6º andar), “Artes da África” (3º andar), “Geometrias” (4º e 10º andar), “Isaac Julien: Lina Bo Bardi — um maravilhoso emaranhado” (2º andar) e “Renoir” (5º andar).

    Essa última reúne 13 obras do artista francês Auguste Renoir (1841-1919), que pertencem ao acervo do museu e não eram apresentadas juntas havia 23 anos.

    É o maior conjunto de um único artista moderno europeu na coleção do Masp, com retratos, paisagens, nus e banhistas, que revelam a capacidade do pintor de transitar entre os gêneros.

    Mais um destaque da programação está em cartaz no Edifício Lina: a exposição “A Ecologia de Monet”, que apresenta uma leitura contemporânea sobre a relação de Claude Monet (1840-1926) com a natureza, as transformações ambientais, a modernização da paisagem e as tensões entre o ser humano e a natureza.

    A mostra, que fica em cartaz até 24 de agosto, tem obras que perpassam grande parte da carreira do artista, revelando diferentes momentos de sua relação com a paisagem e com o meio ambiente. São 32 pinturas do impressionista francês, a maioria inédita no hemisfério Sul. 

    No mesmo prédio, o visitante também pode ver “Acervo em Transformação”, que está em exibição desde dezembro de 2015, “Hulda Guzmán: Frutas Milagrosas” (até 24/08), “Mulheres Atingidas por Barragens: bordando direitos” (até 03/08) e “Frans Krajcberg: reencontrar a árvore” (até 19/10).

    Entre uma exposição e outra, também é possível fazer uma pausa no Café Masp, desfrutando de uma vista panorâmica da avenida Paulista e região. Sob a direção da chef Manuelle Ferraz, o café é uma parceria entre o museu e o restaurante A Baianeira, que também tem uma unidade no Masp. O café está no 1º andar e no 1º subsolo do edifício Lina, e no térreo do Edifício Pietro. O restaurante fica no térreo do Edifício Pietro ( Av. Paulista, 1.510).

    Os ingressos para o museu custam R$ 75 (inteira) e R$ 37 (meia-entrada). Crianças com até 10 anos não pagam. A entrada é gratuita para todas as pessoas nas  terças-feiras (o dia inteiro) e nas sextas, a partir das 18h. As reservas e compras devem ser feitas neste link

    3. Itaú Cultural

    Também na avenida Paulista fica o prédio do Itaú Cultural, uma organização voltada para a pesquisa e a produção de conteúdo, que mapeia, incentiva e divulga diferentes manifestações artístico-intelectuais, do Brasil e internacionais.

    O local recebe exposições de arte, mostras audiovisuais, espetáculos de dança e de teatro e uma programação diversa, com seminários e cursos ligados à arte e à cultura, ao longo de todo ano, sempre gratuitos.

    Além disso, o centro de cultura tem um acervo formado por mais de 15 mil itens, que reúne pinturas, gravuras, esculturas, fotografias, filmes, vídeos, instalações, edições raras de obras literárias, moedas, medalhas e outras peças.

    Algumas dessas obras, das coleções “Brasiliana” e “Numismática”, estão no Espaço Olavo Setúbal, que ocupa dois andares do edifício, totalizando 514 metros quadrados, totalmente ocupados pela exposição permanente, inaugurada em 2014.

    Lugares para visitar em dias de chuva

    Vista de um dos ambientes com obras da coleção “Brasiliana”, exposta no Espaço Olavo Setúbal. | Foto: Reprodução/site

    Da coleção “Brasiliana Itaú”, são apresentados ao público 969 itens, entre pinturas, desenhos, aquarelas, gravuras, mapas, manuscritos de literatura, documentos, periódicos, livros e caricaturas.

    As peças, que revelam cinco séculos da história do Brasil, estão organizadas em nove módulos, de acordo com o período histórico.

    Da coleção “Itaú Numismática”, estão nesse mesmo espaço 395 objetos, entre moedas, medalhas, barras de ouro e condecorações , entre outros itens.

    O Itaú Cultural também conta com uma biblioteca bem completa, com revistas, jornais e livros de vários países, tem uma sala de concertos moderna, aberta para shows de artistas locais e internacionais, e áreas para espetáculos, como peças de teatro e dança.

    Atualmente, está em cartaz a exposição “Carlos Zilio: uma retrospectiva de 60 anos de criação – a querela do Brasil”, com cerca de cem pinturas, objetos e instalações feitas pelo artista e professor. A mostra se encerra no próximo domingo (6). 

    Também é possível ver outras duas mostras, que fazem parte do projeto “Ocupação”, criado com o objetivo de colocar a nova geração de artistas em diálogo com os criadores que a influenciaram.

    Nele, a exposição física é acompanhada por uma imersão on-line, que amplia a difusão da produção cultural brasileira, além de reconhecer e celebrar nomes de diversas regiões do país. São livros, contos, crônicas, charges, poemas, músicas e filmes que apresentam as biografias dessas pessoas ao público.

    Uma delas é a “Ocupação Ana Mae Barbosa”, que fica em cartaz só até o dia 13 de julho, no piso 2. Dedicada à arte-educadora que lhe dá nome, a mostra reúne mais de 300 itens que contam como Ana Mae se tornou precursora da arte-educação no Brasil, em 70 anos de carreira até hoje.

    A outra é a “Ocupação Palavra Cantada”, com visitação aberta até 3 de agosto, no piso térreo. Ela apresenta histórias e canções que marcam a trajetória de Sandra Peres e Paulo Tati, a dupla que compõe a Palavra Cantada e encanta adultos e crianças há mais de 30 anos. 

    O espaço expositivo foi idealizado como uma casa, que é, ao mesmo tempo, acolhedora e propícia para descobertas. Com vários cômodos coloridos, em tons fortes de azul e vermelho, a mostra apresenta, fotografias, vídeos, instrumentos, croquis, capas e textos, retirados do acervo pessoal da dupla.

    Tudo é integrado aos móveis, alguns verdadeiros e outros plotados, cheios de surpresas escondidas em estantes ou atrás de pequenas portas, que precisam ser descobertas pelos visitantes. A entrada em todas as exposições é gratuita.

    Também está em cartaz, com entrada grátis, a peça “Açúcar ou as irmãs Anne”, que marca o reencontro das atrizes Cleide Queiroz e Dirce Thomaz, depois de duas décadas. Elas vivem Mary Anne e Rose Anne, irmãs que pertencem a uma aristocracia decadente, moldada por aparências, tradições e silêncios familiares.

    Para se hidratar e alimentar, o visitante pode aproveitar a comodidade do Café Cult, que fica dentro do espaço e é conhecido por ter um ambiente agradável e por oferecer boas opções de cafés, refeições e lanches.

    4. Museu da Imagem e do Som 

    O Museu da Imagem e do Som (MIS) tem uma coleção com mais de 200 itens, como fotografias, filmes, vídeos e cartazes. Além de grandes exposições imersivas e interativas, o museu oferece diversas atividades culturais e expositivas em ambientes fechados, ideais para um passeio tranquilo e protegido da chuva. 

    Inaugurada em 1º de julho, a mostra fotográfica “Entre sombras encontro luz”, do fotógrafo Rodrigo Pivas, pode ser vista até o dia 17 de agosto. Ele toma a cidade como tema e elege as feiras livres da capital paulista como territórios de investigação poética e visual.

    Iniciada em 2021, a série de fotografias apresenta o cotidiano das feiras através das cores, detalhes, formas e gestos moldados e realçados pela luz. Na exposição, as 27 imagens parecem se fundir à parede, o que intensifica o destaque da luz sobre os detalhes e objetos que, em geral, passam despercebidos. A entrada para a exposição é gratuita. 

    No museu, a entrada é gratuita às terças-feiras. Nos outros dias, é preciso comprar ingressos, que custam R$ 15 (meia-entrada) e R$30 (inteira). Crianças até 7 anos não pagam.

    O MIS também conta com uma cafeteria e com uma livraria, áreas especiais, perfeitas para tomar um bom café, relaxar e encontrar livros interessantes para completar a visita.

    Cinemas

    Para quem gosta de assistir a bons filmes, as salas de cinemas são espaços muito acolhedores, que combinam com dias chuvosos.

    Seja em salas nos shoppings centers ou em cinemas de rua, São Paulo sempre tem boas opções, na programação comercial ou mais alternativa. Veja algumas sugestões:

    5. Espaço Petrobrás de Cinema 

    Localizado na Rua Augusta, na região central, é um cinema tradicional de rua, que passou por reformas e agora conta com o patrocínio da Petrobrás.

    Tem cinco salas de cinema e um café, e a programação mescla filmes independentes, alternativos e comerciais, brasileiros e internacionais, com pré-estreias e produções premiadas.

    Desde o último dia 3 de julho, o Espaço Petrobras de Cinema retomou o projeto “Curta às Seis”, que tem sessões de curtas-metragens diárias e gratuitas, às 18h, na sala 4, até o final do mês.

    A programação de todas as salas do local pode ser consultada aqui.

    6. Reag Belas Artes

    O complexo tem seis salas de cinema com telas convencionais de tamanho médio, que exibem filmes clássicos e de arte.

    Um passeio para quem deseja curtir belas produções em um cinema de rua tradicional na cidade e um dos pontos de encontro intelectual e artístico da cidade.

    Localizado na Rua da Consolação, traz uma programação diversificada, que pode ser consultada aqui. Os preços dos ingressos variam entre Inteira R$ 10 (meia-entrada, às segundas-feiras) a R$ 40 (inteira, de quinta a domingo).

    7. Cinemateca

    Uma das mais importantes bibliotecas de material audiovisual do continente, a Cinemateca Brasileira possui o maior acervo de filmes da América Latina, com mais de 40 mil títulos e um vasto conjunto de documentos sobre a produção cinematográfica nacional.

    Na área interna, há uma biblioteca com livros, revistas, roteiros, fotografias e cartazes, além de laboratório de imagem e som e o departamento de restauro e recuperação de filmes.

    A Cinemateca conta com duas salas de exibição, com reprodução Som Dolby Digital e capacidade para transmitir filmes em diversos formatos (16mm e 35mm) e em variadas proporções: 4:3 (silencioso), 1:2,35 (cinemascope), 1:1,37 (academia), 5:3 (widescreen dos cinemas europeus) e 1,85:1 (widescreen norte-americano).

    Na programação, estão filmes de excelente qualidade, de diversas épocas e nacionalidades. Detalhes sobre as seções estão disponíveis aqui.  

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    Marina Barlati

    29 publicações

    Graduada em Comunicação Social / Jornalismo, com MBA em Marketing Digital. Tem experiência em jornais, revistas e assessoria de comunicação.