No Brasil, o Dia do Folclore é comemorado em 22 de agosto, data que foi instituída em 1965, para destacar a riqueza das manifestações populares brasileiras e sua importância para a identidade nacional.
O folclore abrange um conjunto de práticas, costumes, músicas, lendas e expressões artísticas, que são passadas de geração em geração.
No Brasil, essa herança inclui diferentes personagens, como o Saci-Pererê, a Mula sem Cabeça, o Lobisomem, a Cuca, o Curupira e a Iara, entre tantos outros que estão presentes nas lendas contadas pelo país.
Bem perto da capital, há lugares que guardam muito dessas tradições, onde é possível conhecer mais sobre essas histórias tão tradicionais.
Veja três destinos que são referências quando o assunto é folclore, ideais para unir passeio, conhecimento, cultura e diversão:
Monteiro Lobato

Sítio do Picapau Amarelo, na Fazenda Buquira. | Foto: Reprodução/ site da prefeitura de Monteiro Lobato
Localizado na região do Vale do Paraíba, próximo a Taubaté, o município de Monteiro Lobato tem esse nome em homenagem José Bento Monteiro Lobato, um dos grandes divulgadores da cultura folclórica no país.
Ele é o criador da série de livros “Sítio do Picapau Amarelo”, que deu origem a programas de televisão que marcaram gerações, com as aventuras de Emília, Narizinho e Pedrinho. Por toda a cidade há referências à obra do escritor.
De acordo com a prefeitura de lá, um dos pontos mais visitados na cidade é a Fazenda Buquira, que fica a 8 km do Centro.
Conhecida como Sítio do Picapau Amarelo, foi residência de Monteiro Lobato, onde nasceram personagens como o Jeca Tatu, tia Anastácia e Cuca, entre tantos outros eternizados pela literatura.
A propriedade, construída em 1880, tem um belo casarão, um museu dedicado ao escritor e uma extensa área externa, com um belo pomar e cachoeira.
Monteiro Lobato também é famosa pelas paisagens e belezas naturais, como a cachoeira Reino das Águas Claras, o mirante da Pedra de São Francisco e a Pedra do Om, boas opções para fazer trilhas e de ficar em contato com a natureza.
Além disso, a cidade tem festas tradicionais, como o “Festival Cultural da Mandioca”, realizado em agosto, que já está em sua 8ª edição, e a Festa do Doce & Queijo, que acontece em outubro.
Outra atração de Monteiro Lobato é o Carnaval, com os ‘Pereirões’, bonecos gigantes de Monteiro Lobato, com mais de três metros de altura, feitos com cesto de bambu e cipó e corpos de jacá.
Criadas em 1935, essas estruturas são carregadas por foliões durante os dias de festa, fazendo danças, giros e corridas com o público.
Joanópolis

Joanópolis / Foto: Divulgação Prefeitura de Joanópolis
Outro destino para quem deseja saber mais sobre o folclore brasileiro é Joanópolis, conhecida por ser a cidade onde ‘vive’ o Lobisomem, um personagem masculino que se transforma em lobo nas noites de lua cheia.
Trata-se de uma lenda ligada a crenças e tradições locais, que remete às histórias contadas pelos antigos moradores da região.
Em um passeio pela cidade, é possível encontrar a figura homem-lobo em diversos lugares, como nas fachadas de prédios comerciais, pontos turísticos e em uma variedade de produtos, que vão de camisetas, rótulos de bebidas e peças de artesanato local.
Assim como Monteiro Lobato, Joanópolis fica na Serra da Mantiqueira e atrai muitos turistas, interessados não apenas por essa lenda, mas também por suas belezas naturais, como trilhas e cachoeiras.
Além disso, a cidade é conhecida por realizar eventos temáticos como corridas e outras festas que remetem ao personagem folclórico.
Olímpia

Terno de Congo Irmandade do Menino Jesus. | Foto: Divulgação FEFOL/@odaniribeiro
A Estância Turística de Olímpia é outra cidade que preserva a cultura folclórica no estado de São Paulo.
Em 2017, a cidade foi reconhecida como a capital nacional do folclore, por meio de uma lei sancionada pelo então presidente Michel Temer.
Há mais de 60 anos, a estância turística realiza o maior festival de folclore do país, o Festival do Folclore de Olímpia (FEFOL), com exposições, apresentações de música e dança e muita arte.
De acordo com informações da prefeitura, o FEFOL foi idealizado por José Sant’anna, professor e estudioso do folclore brasileiro.
Realizada sempre no mês de agosto, a festa atrai muitos turistas, interessados nas diferente atrações e atividades, como os folguedos e performances de grupos folclóricos.
Neste ano, em sua 61ª edição, o festival reuniu mais de 160 mil pessoas, entre moradores, turistas e pesquisadores.
Serviço:
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