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Última modificação junho 19, 2025

5 lugares em São Paulo para explorar a cultura japonesa

Dia da Imigração Japonesa é comemorado em 18 de junho; Conheça lugares que celebram a cultura nipônica

Réplica do Kasato Maru em exibição no Museu da Imigração Japonesa | Foto: Divulgação

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    No dia 18 de junho é celebrado o Dia da Imigração Japonesa, uma data que homenageia a história, a cultura e as contribuições dos imigrantes japoneses no Brasil, sendo também uma oportunidade de reconhecer a importância dessa comunidade na formação da identidade brasileira, especialmente na cidade de São Paulo, que abriga uma das maiores populações nipônicas fora do Japão.

    A imigração japonesa no Brasil começou oficialmente  há 117 anos, em 1908, com a chegada do navio Kasato Maru, trazendo os primeiros trabalhadores que buscavam melhores condições de vida e oportunidades de trabalho. Desde então, essa comunidade tem desempenhado um papel fundamental no desenvolvimento econômico, cultural e social do país.

    Em celebração à data, o Viva a Cidade preparou um roteiro com cinco locais em São Paulo dedicados à Cultura japonesa.

    Bairro da Liberdade

    Conhecido por abrigar a maior comunidade japonesa fora do Japão, o bairro da Liberdade é um dos pontos turísticos mais visitados de São Paulo e ponto de parada obrigatória para os amantes da cultura e da gastronomia asiática.

    Nas suas ruas, você encontra lojas de produtos típicos do Japão, restaurantes com deliciosas comidas japonesas, além de feiras e eventos culturais que celebram a herança nipônica. A arquitetura do bairro também é charmosa, com lanternas de papel, painéis decorativos e lojas tradicionais que parecem transportar quem visita para uma pequena cidade japonesa.

    Rua do bairro Liberdade, em São Paulo | Foto: iStock

    Japan House

    Em um prédio exuberante, cuja fachada foi construída com cipreste japonês de 70 anos (hinoki) e papel washi artesanal, a Japan House, na avenida Paulista,  oferece aos visitantes uma imersão na diversidade cultural, tecnológica e gastronômica do Japão.

    A programação é muito variada, e inclui mostras de arte, workshops, apresentações musicais e eventos gastronômicos. 

    Atualmente o local exibe a exposição ‘Expo 2025 Osaka, Kansai, Japão’, reúne algumas das iniciativas japonesas relacionadas à sustentabilidade e à cultura alimentar.

    Para os apreciadores da gastronomia nipônica, o Aizomê Café e o Restaurante Aizomê completam a experiência oferecendo o melhor da cozinha nipônica.

    Fachada da Japan House, na Avenida Paulista | Foto: iStock

    Museu da Imigração Japonesa 

    O Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil, no coração da Liberdade, é reconhecido por possuir o maior e mais completo acervo dedicado à história da imigração japonesa no país.

    Com mais de 97 mil itens, preserva uma rica coleção de documentos, fotografias, jornais, microfilmes, livros, revistas, filmes, vídeos, discos de vinil, quadros de pintura, utensílios domésticos e de trabalho, além dos tradicionais quimonos.

    Localizado nos andares 7º, 8º e 9º do edifício Bunkyo, o museu conta, ainda, com uma biblioteca especializada, que abriga milhares de documentos e publicações, servindo como um importante recurso para pesquisadores e outros interessados pela história da imigração japonesa. 

    Também chama a atenção entre os itens do acervo uma réplica do navio Kasato Maru, embarcação que trouxe os primeiros imigrantes japoneses para o Brasil, em 1908. 

    A entrada no museu custa R$ 20. Estudantes com carteirinha, crianças de 5 a 11 anos e idosos acima de 60 anos, pagam meia-entrada (R$ 10). Às quartas-feiras, o acesso é gratuito para todos. 

    Itens em exposição no Museu da Imigração Japonesa | Foto: iStock

    Pavilhão Japonês

    O Pavilhão Japonês do Ibirapuera, construído em 1954 como doação do governo japonês e da comunidade nipo-brasileira para celebrar o IV Centenário de São Paulo, é uma obra inspirada na arquitetura tradicional japonesa, especialmente no Palácio Katsura de Kyoto.

    Transportado desmontado do Japão para o Brasil, utiliza materiais e técnicas tradicionais, como madeiras, pedras vulcânicas e lama de Kyoto. Projetado pelo professor Sutemi Horiguchi, o pavilhão possui um edifício principal suspenso, com salas de exposição, jardim e lago de carpas, incluindo uma sala de cerimônia de chá inaugurada em 1954. O espaço conta com elementos modulares de madeira, nichos decorativos e uma coleção de tesouros japoneses doados ao longo dos anos. Sua construção contou com a participação de imigrantes japoneses voluntários, e o lago, que recebeu suas primeiras carpas coloridas na década de 1970, abriga atualmente cerca de 320 peixes.

    O espaço é utilizado para exposições, eventos culturais e atividades que promovem a troca cultural, além de ser um ponto turístico e de lazer no Parque Ibirapuera.

    Pavilhão Japonês, no Parque Ibirapuera | Foto: Divulgação

    Bunkyo

    A Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social, conhecida como Bunkyo, é uma instituição muito importante para a comunidade nipo-brasileira. Fundada em 1933, ela tem como objetivo promover a cultura japonesa, fortalecer os laços entre os imigrantes e seus descendentes, além de oferecer assistência social e apoio às famílias.

    O Bunkyo organiza eventos culturais, festivais, aulas de língua japonesa, atividades esportivas e programas educativos, ajudando a preservar as tradições e a história do Japão aqui no Brasil. Além disso, a entidade atua na defesa dos direitos dos seus membros e na integração da comunidade, contribuindo para a valorização da cultura japonesa e para o fortalecimento dos laços entre os dois países.

    Em alusão ao Dia da Imigração Japonesa, a entidade preparou uma agenda completa com uma série de atividades que se estendem até  13  de  julho, quando se encerra a 28º Sakura Matsuri – Festival das Cerejeiras Bunkyos.

    Serviço

    Confira o serviço dos locais citados no texto:

     

    Stefany Leandro

    51 publicações

    Stefany Leandro é jornalista e editora-chefe do Viva a Cidade.