“Selvagem”, de Felipe Haiut, entra em cartaz
Sucesso de público, solo queer faz imersão em referências da cultura pop dos anos 1990 e 2000

Informações
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Data de inicio e término
09 maio
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Dias da semana e horários
Sexta, sábado e segunda, às 20h | Domingo, às 18h
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Valores
R$ 120,00 (inteira) | R$ 60,00 (meia)
Mais detalhes
Com narrativa autobiográfica e imersão em referências da cultura pop dos anos 1990 e 2000, o solo “Selvagem”, escrito e interpretado por Felipe Haiut, estreia em São Paulo, no Mi Teatro, após temporadas de sucesso no Rio de Janeiro e em capitais do mundo, como Lisboa e Nova York.
O ator e autor mergulha nas memórias de sua infância queer, para fazer uma investigação sobre a construção da própria identidade e as camadas de repressão enfrentadas no processo. Dirigida por Débora Lamm, a peça conduz o espectador a uma experiência sobre descobertas, dores e resistência.
“Mesmo sendo sobre mim, a dramaturgia se conecta a muitas outras histórias que estavam acontecendo de forma parecida em diversas famílias, com várias crianças, na época. O mais duro é perceber que esse ciclo de violências se repete até hoje. O que me impulsionou a trazer isso tudo à tona foi o desejo de interromper esse ciclo. Defender o direito das crianças de viverem sua infância de forma plena, sem serem enquadradas pelo olhar normativo dos adultos. Muitas vezes, antes mesmo que a criança diga quem é, a gente já diz quem ela deveria ser. Isso sufoca o brincar, a descoberta, a espontaneidade. E isso fere”, lembra Haiut.
Encenada pela primeira vez há dois anos, “Selvagem” teve temporadas esgotadas em teatros no Rio de Janeiro, como Espaço Sérgio Porto, Teatro Glaucio Gill e o Teatro Rival, onde realizou uma ocupação bimestral para mais de 300 pessoas.
Além do sucesso local, a peça atravessou fronteiras e além de Porto Alegre, conquistou o público internacional com turnês em Lisboa e Nova York. O espetáculo contou também com participações especiais de artistas como Johnny Massaro, Emanuelle Araújo e Letrux, entre outros. Para a temporada paulista, o espetáculo já tem a primeira semana de ingressos esgotados.
“‘Selvagem’ é um trabalho profundamente coletivo — nas diversas áreas de produção e criação, na escuta do público. Estamos há dois anos em cartaz, sustentando o projeto de forma independente, com o público querendo estar ali, escolhendo estar ali. A peça me ensinou que eu posso ser quem eu sou e, mais do que isso, que eu posso existir de forma íntegra, inclusive dentro da minha própria família”, vibra o ator e autor.
A potência do solo, inclusive, fez o projeto se expandir para outras linguagens. Sua dramaturgia foi publicada pela Editora Cobogó e destacada entre os melhores livros do ano passado por colunistas do jornal “O Globo” e da revista “Quatro Cinco Um”. Além disso, “Selvagem” originou um documentário — em fase de pós-produção – um longa-metragem de ficção e também o núcleo criativo Manada, voltado para artistas LGBTQIAPN+.
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