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Última modificação julho 23, 2025

Quattrino celebra 36 anos de tradição nos Jardins

Restaurante italiano na Oscar Freire celebra os 36 anos com boa comida, afeto e histórias emocionantes

Quattrino celebra 36 anos de tradição nos Jardins Nhoque da sorte do Quattrino: símbolo da casa | Foto: Rafael Wainberg

Informações

  • Dias da semana e horários

    Segunda a sexta, das 12h às 16h e das 18h30 às 23;
    Sábado e Domingo, das 12h às 23h.

  • Endereço

    R. Oscar Freire, 506 - Jardim Paulista

    Ver no mapa

Mais detalhes

Na charmosa rua Oscar Freire, um dos endereços mais icônicos da capital paulista, o restaurante Quattrino se tornou sinônimo de boa comida, memórias afetivas e encontros especiais. Aberto em 1989, o espaço comandado por Mary Nigri é mais do que uma casa de gastronomia italiana — é um reduto de acolhimento e histórias que atravessam gerações.

Antes de virar restaurante, o imóvel abrigava uma loja da marca de moda Yes Brasil. Com a morte do estilista Simão Azulay, a família de Mary decidiu reformar o local e dar novo rumo ao negócio. A inspiração veio da tradição familiar: cozinhar com ingredientes frescos, sem industrializados ou conservantes. “Aqui, nunca tivemos microondas. Nós cozinhamos como sempre foi feito: tudo fresco e na hora”, conta Mary.

O famoso “nhoque da sorte”

Desde o início, o Quattrino traz rituais que viraram marca registrada, como o “nhoque da sorte”, servido todo dia 29. Leve e feito diariamente, o prato virou símbolo da casa e um dos mais pedidos do cardápio. Além dele, brilham receitas como o Primaverilha (com tomate fresco e mozzarella de búfala), o peixe grelhado com risoto de limonciano e diversas massas e carnes preparadas de forma artesanal. “Temos pratos que os pais apreciavam nos anos 90 e, agora, o neto é quem pede. É lindo de ver isso.”, diz Mary.

Quattrino celebra 36 anos de tradição nos Jardins

As massas são preparadas de forma artesanal | Foto: Divulgação

Ponto de encontro de artistas — e de emoções

Frequentado por nomes como Pelé, Cláudia Raia, Miguel Falabella e João Carlos Martins, o Quattrino nunca se apoiou em celebridades para ganhar fama. Tudo acontecia de maneira espontânea e carinhosa. A poucos metros do Teatro Procópio Ferreira, o local tornou-se ponto de encontro dos bastidores da cena cultural paulistana. “Eles são nossos amigos. Vinham porque se sentiam bem aqui, não por marketing”, relembra Mary.

Quattrino celebra 36 anos de tradição nos Jardins

Mary Nigri e parede de fotos de recordações dos clientes amigos famosos | Foto: Divulgação

Noites musicais

Desde 2005, o restaurante também virou palco para artistas, com noites musicais às terças, quintas, sextas e sábados. A ideia surgiu de uma conversa com o ator e diretor Miguel Falabella e ganhou vida com apresentações intimistas de jazz, samba, MPB, tango e muito mais. Médicos, jornalistas, economistas e músicos profissionais dividem o palco, em um ambiente acolhedor e democrático.

Originalidade que resiste ao tempo

Mesmo diante de modismos e desafios como a pandemia, o Quattrino segue firme. Foi um dos primeiros a investir no delivery, ainda na época do Disque Cook. “Enquanto alguns torciam o nariz, nós já sabíamos a importância de chegar até as pessoas com o mesmo cuidado”, destaca Mary. Alguns estabelecimentos até tentaram replicar o conceito da casa — sem sucesso. “O que importa é a essência. Quem vem aqui, sabe que é o original.”

No coração dos Jardins — e dos clientes

Com 36 anos de história, o Quattrino ganhou homenagens espontâneas de artistas e clientes. Muitos gravaram vídeos nos aniversários da casa ou deixaram mensagens nas redes sociais. “Outro dia alguém me chamou de ‘menina do nhoque’ na rua. Eu adoro isso. É sinal de que o Quattrino marcou a vida das pessoas”, diz Mary, emocionada.

Quattrino celebra 36 anos de tradição nos Jardins

Delícias do Quattrino | Foto: Divulgação

Ela segue à frente de tudo, acompanhando pedidos, fornecedores, escolha de bartenders e até conversas no balcão. “Tem que estar junto. Senão, perde a alma.”

Para quem sonha em empreender

Mary também deixa um conselho a quem sonha em ter um restaurante: “Tem que gostar muito. Precisa estar no restaurante o tempo todo. Não é glamour.” E é também, segundo ela, a recompensa de fazer parte da memória afetiva de tantas pessoas — servindo amor em cada prato.

 

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