Peça “Veias Abertas 60 30 15 seg” entra em cartaz

Espetáculo é inspirado no livro "As Veias Abertas da América Latina’, de Eduardo Galeano

Veias Abertas 60 30 15 seg Foto: Joao Julio Mello

Informações

  • Data de inicio e término

    11 jun até 04 jul

  • Dias da semana e horários

    Quarta a sexta-feira, às 19h

  • Endereço

    Rua Clélia, 93 - Pompeia

    Ver no mapa
  • Valores

    R$ 50,00 (inteira) | R$ 25,00 (meia) | R$15,00 (Credencial Plena)

Mais detalhes

Depois de duas décadas dedicadas a retratar a história do Rio de Janeiro, a Aquela Cia decidiu ampliar seu objeto de pesquisa com o espetáculo “Veias Abertas 60 30 15 seg”, abordando a construção do continente latino-americano.

“Partimos do livro ‘As Veias abertas da América Latina’, publicado por Eduardo Galeano em 1971, para discutir temas como a dependência econômica do território e a exploração violenta da mão-de-obra, consequências diretas da colonização”, conta o diretor Marco André Nunes.

O espetáculo não é uma representação do livro. O texto assinado por Pedro Kosovski e Carolina Lavigne expande os assuntos abordados na obra.

“Nós também queremos mostrar a força de resistência e luta dos povos latinos-americanos. Por isso, a peça foi para um lado mais performático, com uma estrutura marcada por aulas de dança de ritmos bem tradicionais, como salsa, bolero e mambo”, acrescenta.

A companhia define o trabalho como uma espécie de melodrama político. A trama evoca principalmente o Massacre das Bananeiras, que ocorreu na cidade de Aracataca, na Colômbia, em 1928. Na ocasião, a mando dos Estados Unidos, o Exército abriu fogo contra os grevistas da United Fruit Company. Mais de 2 mil trabalhadores morreram.

A narrativa é construída a partir de um casal (um trabalha na United Fruit Company e outro no Exército) que se conhece durante algumas aulas de dança. Os dois vão se casar na sala onde aprenderam a se expressar com o corpo, mas, justamente nesse dia, acontece o famoso massacre.

Enquanto o discurso documental e as questões políticas expõem as feridas da colonização, o grupo sugere uma saída: a reconexão com a imaginação a partir do movimento corporal, o que levaria a uma ligação das pessoas com as suas forças vitais.

Por isso, a música tem um papel central na narrativa, servindo como um meio para demonstrar sentimentos e contextos culturais. O público vai escutar trechos das canções “Lluvia con Nieve”, de Mon Rivera; “Pajarito”, de La Charo; “Only You”, de Dolores Duran; “Tudo Passará”, de Nelson Ned; “Cali Pachanguero”, do Grupo Niche; “Dois Pra lá , Dois Pra Cá”, de Elis Regina; “Mambo nº 8”, de Pérez Prado; “La Guartinaja”, do Conjunto Tradición; “Mambo nº 5”, de Pérez Prado; “Malambo nº 1”, de Yma Sumac e Moises Vivanco; e “Billy May”, da The Rico Mambo Orchestra.

“Veias Abertas 60 30 15 seg” traz em cena Carolina Virgüez, Juracy de Oliveira, Matheus Macena e Rafael Bacelar.

O espetáculo terá apresentações extras de 20 de junho a 4 de julho, às 15h.

Os ingressos podem ser comprados na bilheteria do Sesc Pompeia ou neste link.

  • Acessível para cadeirantes
  • $
  • Maiores de 16 anos

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