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Última modificação agosto 27, 2025

Peça “Tapajós” estreia no Sesc Avenida Paulista

Espetáculo, de Gabriela Carneiro da Cunha, faz sua estreia brasileira após circular por países europeus

Tapajós - Gabriela Carneiro da Cunha Foto: ©Anouk_Maupu

Informações

  • Data de inicio e término

    28/08/2025 até 28/09/2025

  • Dias da semana e horários

    De quinta a sábado, às 20h | Domingos, às 18h

  • Endereço

    Av. Paulista, 119 - Bela Vista

    Ver no mapa
  • Valores

    R$ 50 (inteira) | R$ 25 (meia) ! R$ 15 (Credencial Plena)

Mais detalhes

Depois de circular por países europeus, o espetáculo “Tapajós”, novo trabalho da atriz e pesquisadora Gabriela Carneiro da Cunha, chega ao Brasil, fazendo sua estreia no Sesc Avenida Paulista.

O trabalho dá continuidade ao projeto “Margens – Sobre Rios, Buiúnas e Vagalumes”, conduzido por Gabriela há mais de dez anos, em que a artista investiga histórias ligadas a rios brasileiros em situação de catástrofe.

A peça, terceira etapa do projeto, também foi imaginada como uma possível resposta ao conceito de “Antropoceno”, definido pela jornalista Eliane Brum como “o momento em que os homens deixam de temer a catástrofe para se tornarem a própria catástrofe”.

“A pesquisa é uma tentativa de devolver aos humanos a capacidade de escutar outras vozes”, afirma Gabriela Carneiro da Cunha. “O projeto propõe a criação de trabalhos artísticos no teatro, que é de onde eu venho, mas também no cinema, artes visuais, além de publicações, workshops, uma rede entre mulheres, rios e arte, chamada Rede Buiúnas”, completa.

Depois de abordar o Araguaia em “Guerrilheiras ou Para a Terra Não Há Desaparecidos” (2015) e o Xingu em “Altamira 2042”, Gabriela agora volta-se para o rio Tapajós, denunciando os impactos da contaminação por mercúrio proveniente do garimpo ilegal.

“A pesquisa começou em 2022, durante a Assembleia do Mercúrio na terra indígena Munduruku Sayuré-Maibã, quando a Fiocruz apresentou resultados alarmantes sobre a presença de mercúrio na população local”, explica a artista. Segundo o levantamento, 57,9% dos moradores apresentaram níveis acima do limite de segurança.

A encenação transforma o elemento químico em um rastro poético para pensar novos mundos. No palco, Gabriela divide a cena com Mafalda Pequenino, parceira de pesquisa no projeto, além dos fotógrafos-performers João Freddi e Vicente Otávio. O desenho sonoro é de Felipe Storino, que mistura orações, cantos da Festa do Sairé, coro e sons de água — do rio e do útero.

Produzido pela Aruac Filmes e Corpo Rastreado, “Tapajós” conta com produção associada da Associação de Mulheres Munduruku Pariri e da Associação Sairé, além de coprodução de instituições culturais da Europa e apoio à pesquisa do Manchester International Festival.

Haverá sessões com acessibilidade de libras nos dias 18, 19 e 20/09, e audiodescrição no dia 21/09.

Os ingressos para o espetáculo podem ser adquiridos no site do Sesc.

  • Acessível para cadeirantes
  • Acessível para deficientes auditivos
  • Acessível para deficientes visuais
  • $
  • Maiores de 16 anos

Dados de contato