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Última modificação agosto 07, 2025

Museu das Favelas realiza evento “Favela é o Centro”

Com programação gratuita, seminário debate a importância das narrativas periféricas na capital paulista

Museu das Favelas - Favela é o Centro Suzy Santos (Museu Comunitário Jd. Vermelhão), Sônia Fleury (Dicionário de Favelas Marielle Franco) e Claudia Ribeiro (Museu da Maré), na primeira edição do Seminário, realizado em 2023/ Foto: Man Produções.

Informações

  • Data de inicio e término

    14/08/2025 até 16/08/2025

  • Dias da semana e horários

    Confira a programação

  • Endereço

    Largo Páteo do Colégio, 148 - Centro Histórico

    Ver no mapa

Mais detalhes

O Museu das Favelas promove o “2º Seminário de Pesquisa: Favela é o Centro”, evento que busca refletir sobre a ocupação do território central da cidade de São Paulo por vozes periféricas. Durante o seminário, ainda será lançado uma pesquisa inédita sobre acesso das favelas e periferias em museus da cidade de São Paulo.

O “Favela é o Centro” terá atividades presenciais e transmissão ao vivo pelo canal do YouTube da instituição. O evento reúne pesquisadores, artistas e lideranças comunitárias para debater estratégias de resistência, produção de memória e práticas de democratização do Museu e é promovido pelo CRIA – Centro de Referência, Pesquisa e Biblioteca do Museu.

O seminário tem duração de três dias e o público poderá participar de mesas de debate, rodas de conversa e manifestações culturais que evidenciam a potência das periferias e das culturas negras na construção da cidade.

Em um encontro que valoriza o saber-fazer coletivo e o fortalecimento de narrativas historicamente marginalizadas, serão abordados temas como arte e reparação, museologia social e disputas simbólicas pelo espaço urbano.

Reafirmando a importância da cultura como ferramenta de resistência e pertencimento, a programação conta ainda com apresentação de jongo, uma expressão cultural afro-brasileira com raízes na região do Congo-Angola, trazida ao Brasil com os povos africanos escravizados, e que também é conhecida como caxambu.

O “Favela é o Centro” é gratuito, mas as vagas são limitadas, sendo necessário fazer a inscrição antecipada, que pode ser realizada neste link.

O evento conta com intérprete de Libras e recursos de acessibilidade nas transmissões.

Programação:

  • 14 de Agosto – Quinta-Feira

13h30 às 15h – Credenciamento e café

15h às 16h – Mesa de abertura: Favela é o Centro

Apresentação institucional do percurso e das premissas do Museu das Favelas. Contextualização do Seminário e apresentação dos resultados de pesquisa sobre acesso das favelas e periferias em museus da cidade de São Paulo, realizada pelo Museu das Favelas.

Participantes:

Natália Cunha (Diretora do Museu das Favelas)

Jader Rosa (Superintendente do Itaú Cultural)

Priscilla Fenics (Coordenadora de Comunicação)

Vera Cardim (Coordenadora do CRIA – Centro de Referência, Pesquisa e Biblioteca)

Mestres de Cerimônia: Ayla Lopes e Weverton Martins (Educadores do Museu das Favelas)

16h às 18h – Mesa I: Centro, um território em disputa

Discussão sobre a constituição e crescimento da Sé, região em que o Museu das Favelas está situado, considerando estratégias históricas de apagamento e de retomada de memórias periféricas no Centro Histórico da cidade de São Paulo.

Com Casé Angatu Xukuru Tupinambá; Caróu Oliveira (História da Disputa) e mediação de Vera Cardim (Coordenadora do CRIA – Centro de Referência, Pesquisa e Biblioteca).

Necessário inscrição, formulário disponível neste link.

  • 15 de Agosto – Sexta-Feira

9h às 10h – Credenciamento e café

10h às 12h – Mesa II: Identidade, arte e reparação – Parte 1

Com representantes de obras expostas no módulo “Morar” da exposição principal do Museu das Favelas, “Sobre Vivências”, esta mesa propõe discussões sobre a produção de arte como meio para elevação da autoestima, preservação de memórias, reclamação de direitos e geração de renda, sendo, em diferentes ocasiões, uma estratégia de sobrevivência para a população periférica.

Participantes: Hermes de Sousa (Instituto Nova União da Arte – NUA), Flavson Francisco da Silva (Chuá) (Associação Atlética Cohab Juscelino – AACJ COHAB Juscelino), Diego Rocha, Matheus Da Silva, Rafael Kurgan, Rafael Alvez e Vitor Santos (Artesanato Chave). Mediação: O tal do Ale (Educador no Museu das Favelas) e Sidnei Rodrigues (Bibliotecário no Museu das Favelas).

13h às 14h30 – Credenciamento e Café

14h às 16h – Mesa II: Identidade, arte e reparação – Parte 2

Com representantes de obras expostas no módulo “Morar” da exposição de longa duração do Museu das Favelas, “Sobre Vivências”, esta mesa propõe discussões sobre a produção de arte como meio para elevação da autoestima, preservação de memórias, reclamação de direitos e geração de renda, sendo, em diferentes ocasiões, uma estratégia de sobrevivência para a população periférica.

Participantes: Iyaloriṣá Jennifer de Xangô (Ilê Asé Iya Osun), Mônica Nador e Zulmira Alves da Fonseca (Jardim Miriam Arte Clube – JAMAC), Josimere Lucidato (Museu de Arte das Paneleiras do Espírito Santo – MAPES), Juliana dos Santos (Autora da obra: A Vingança de Cam, 2022). Mediação: Claudia Onorato (Bibliotecária no Museu das Favelas) e Rodrigo Carinhoso (Produtor Executivo no Museu das Favelas).

16h às 16h30 – Café

16h30 às 18h30 – O Baile tá on!

Para evidenciar a cultura do Jongo, a conversa-cantada será com a Comunidade Jongo dos Guaianás, atuante há 18 anos no extremo Leste da cidade de São Paulo e os Candongueiros do Campo Limpo. O jongo é uma manifestação com raízes em crenças e saberes tradicionais africanos, expressão de lazer e resistência, fortemente presente na região Sudeste, registrado como patrimônio cultural brasileiro, desde 2005, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN.

O Baile tá ON! é um projeto proposto pelo educativo do Museu das Favelas, como forma de ativar as exposições através de uma conversa-cantada com os artistas convidados. O objetivo é que possamos realizar uma mediação relacionada a trajetórias e músicas dos artistas e coletivos convidados, com as obras presentes no Museu.

Participantes:

Jongo dos Guaianás e Candongueiros do Campo Limpo, com mediação de Fabin Santin (Educador do Museu das Favelas)

  • 16 de Agosto – Sábado

9h às 10h – Café

10h às 12h – Curadoria e Patrimônio Sensorial

O bate-papo visa promover reflexões sobre curadoria a partir da importância do reconhecimento dos patrimônios sensoriais como profundamente significativos para a constituição das memórias nas favelas, formadas por saberes que transitam entre sons, texturas, coreografias coletivas e linguagens diversas. A curadoria do Museu das Favelas parte da compreensão de que memória vai além da simples escolha do que deve ser preservado, incluindo a valorização de sensações e mobilizações no presente.

Participantes: Jairo Malta (Curador no Museu das Favelas), Danielle Almeida (Gerente de Desenvolvimento Institucional no Museu das Favelas).

13h às 14h30 – Credenciamento

14h às 16h – Mesa III: Museologia Social, um saber fazer comunitário

Debate sobre a importância de iniciativas para a salvaguarda, problematização e difusão de práticas e saberes locais, refletindo sobre as necessidades e possibilidades de realização de espaços que guardam memórias dos seus territórios, constantemente ameaçados por estratégias de esquecimento e apagamento, seja por meio do campo habitacional, artístico ou religioso, além dos impactos socioambientais que essas ações implicam.

Participantes: Rodrigo Bonciani (Favelas.BR e UNESP), Isac Ferraz (Favelas.BR e Centro de Memória e Museu da Brasilândia), Sandra Maria Teixeira (Museu das Remoções – RJ), Mãe Zana de Odé (Ilê Asè Odé Ibualamo). Mediação: Danieli Leite (Museóloga no Museu das Favelas) e Érika Augusta (Pesquisadora no Museu das Favelas)

16h às 16h30 – Café

16h30 às 18h – Pesquisa de Cria: Encontro de Saberes

Bate-papo sobre a produção literária que emerge das periferias e favelas, e que não só documenta as experiências faveladas, como denuncia relações com demais espaços da cidade.

Participantes:

Helena Silvestre e Vera Eunice de Jesus, com mediação de Érika Augusta (Pesquisadora no Museu das Favelas).

  • Acessível para cadeirantes
  • Acessível para deficientes auditivos
  • Gratuito

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