Mostra imersiva expõe as faces de Nina Pandolfo

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As meninas de olhos grandes, curiosos e sedutores, que já estiveram em galerias, museus e grandes espaços públicos de 37 cidades, em 17 países, criadas por Nina Pandolfo, podem ser conhecidas e revisitadas na mostra “Morada, que reúne trabalhos da artista no Vão Central do Shopping Pátio Higienópolis.

As obras ocupam 250 metros quadrados, divididos cenograficamente em galerias – cada uma revelando um aspecto da obra da artista plástica, natural de Tupã (SP), que fica a 515 km da capital.

“Eu sempre pensei numa arte que fosse para todo mundo”, diz Nina, que construiu, a partir dessa ideia, uma carreira sólida e celebrada internacionalmente.

Nascida em 1977, ela teve as primeiras experiências com arte ainda na infância, pintando quadros. Na adolescência, no início dos anos 1990, participou de grupos de teatro de rua, momento em que conheceu o grafite, base de sua obra e que a revelou para o mundo.

Em seu vasto currículo, essa é a primeira vez que apresenta seus trabalhos em shopping.

“Expor no Pátio Higienópolis é uma experiência bastante empolgante, por estar num lugar confortável, acessível e poder surpreender o público assíduo do shopping, aguçando sua curiosidade. Será uma experiência enriquecedora”, avalia a artista.

Descobrindo a ‘Morada’

Na entrada da exposição, o público já se depara com uma das meninas de Nina, em formato gigante e com olhos que se movimentam, convidando o visitante para conhecer seu universo e processo criativo, nas galerias temáticas.

“Para nós, do Pátio Higienópolis, é uma honra ter Nina Pandolfo em nosso portfólio de exposições e ações culturais no Vão Central – um espaço ideal para grandes eventos e mostras. É uma oportunidade para criar uma conexão imediata com nosso público, tão ligado às artes”, afirma Katia Gioacchini, gerente de marketing do shopping.

“E esta não é uma mostra meramente contemplativa; o público poderá interagir e mergulhar nas obras de Nina”, completa.

O projeto de expografia, elaborado pela Special Project Lab, tem interatividade e experiências imersivas por todo o roteiro. “É como se as obras se expandissem”, fala Nina.

“Quando pinto um quadro, é como se eu fizesse uma fotografia de um espaço, de uma cena, de um local. Eu faço só um recorte mental para colocar ali na tela. Mas, ao redor, existe muito mais. E é isso que a imersão trará”, conta a artista.

Em uma das experiências, o público pode explorar a própria criatividade, em interação virtual com um quadro de Nina, que poderá ser reconstruído, com movimentação e alteração de elementos.

Conheça as galerias que compõem a ‘Morada’:• Nina pelo Mundo: apresenta um recorte da carreira da artista, em fotos, das centenas de várias exposições internacionais realizadas nas últimas duas décadas – de Cuba, passando por Índia, Alemanha e Azerbaijão, entre outros países;

• Galeria Imersiva Fluorescente: tem obras originais inéditas, que ocupam todo o ambiente, pintadas com tinta fluorescente, destacando diferentes profundidades, cores e texturas;

• Galeria Interativa com Realidade Aumentada: conta com a exposição de duas obras originais, “Raquimona” e “Mikimi”, além de outras duas peças, “Minúcias da Vida” e “Sentimentos Oblíquo”, que ganham movimento por meio de filtros;

• Galeria Imersiva Video Mapping: nela, o público poderá experimentar a sensação de mergulhar nas obras da artista e de acompanhar seu processo criativo, por meio de recursos de sons e movimento.

Sobre Nina Pandolfo

Apesar de ter nascido no interior de São Paulo, Nina se mudou para a capital paulista ainda bebê. Sempre mostrou talento para o desenho e a pintura.

Na adolescência, junto com um grupo de amigos, experimentou a emoção da primeira pintura de rua. Aos poucos, a artista foi transferindo as meninas, que já rabiscava e pintava em telas, para os muros da cidade.

Nina fez parte da geração de artistas brasileiros que cresceu grafitando, nos anos 1990, e levou a arte das ruas para os principais museus e galerias do mundo.

Sua primeira exposição, “Um Minuto de Silêncio”, aconteceu em 1999, em uma coletiva realizada pela Funarte (Fundação Nacional de Artes), em São Paulo.

Internacionalmente, Nina fez sua estreia em 2002, com algumas telas expostas na coletiva “I Don’t Know”, na galeria Die Farberie, em Munique, na Alemanha.

Desde então, a artista já participou de projetos de intervenção urbana e exposições em diferentes espaços, no Brasil e ao redor do mundo, em países como Alemanha, Cuba, Espanha, Estados Unidos, França e Grécia, entre outros.

Foi também responsável por pintar, em 2007, junto com OsGemeos e o artista Nunca, a fachada do Castelo Kelburn, em Glasgow, na Escócia.

Desde fevereiro deste ano, tem obras expostas em Bahrein, no Oriente Médio.