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Última modificação dezembro 01, 2025

MASP traz mostra sobre cosmologia Yanomami

Exposição reúne 121 desenhos de André Taniki Yanomami, revelando visões xamânicas e ecologia espiritual

André Taniki Yanomami Andre Taniki Yanomami-Sem-titulo-1977/ Coleção Collection Claudia Andujar

Informações

  • Data de inicio e término

    05/12/2025 até 05/04/2026

  • Dias da semana e horários

    Terças grátis, das 10h às 20h (entrada até as 19h)| Quarta e quinta, das 10h às 18h (entrada até as 17h) | Sexta, das 10h às 21h (entrada gratuita das 18h às 20h30) | Sábado e domingo, das 10h às 18h (entrada até as 17h)

  • Endereço

    Av. Paulista, 1.578 - Bela Vista

    Ver no mapa
  • Valores

    R$ 75 (inteira) | R$ 37 (meia)

Mais detalhes

O MASP – Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand inaugura a aguardada exposição “André Taniki Yanomami: Ser Imagem / Në Utupë / Image Being”. A mostra apresenta 121 desenhos do artista e xamã André Taniki Yanomami, que foram criados entre 1976 e 1978. Natural da Terra Indígena Yanomami, em Roraima, Taniki (n. ca. 1945) é reconhecido por sua função como guardião político e espiritual de sua comunidade.

Com curadoria de Adriano Pedrosa, diretor artístico do MASP, e Mateus Nunes, curador assistente, a exposição destaca obras raramente vistas, incluindo 78 que nunca foram exibidas antes. Os trabalhos de Taniki exploram a rica cosmologia yanomami, onde humanos, animais, espíritos, florestas e céus coexistem em uma interconexão espiritual.

Segundo Mateus Nunes,

“Para os Yanomami, antes dos seres, espíritos e emoções existirem em corpo, eles existem em imagem. Tudo acontece primeiro em imagem, portanto, o conhecimento se dá através da visão, não da explicação.”

Os desenhos são influenciados por práticas visuais tradicionais, como a pintura corporal, e buscam tornar tangível o que é experienciado nas visões xamânicas, frequentemente sob o efeito de rituais com yãkõana, um pó alucinógeno.

A exposição está dividida em dois núcleos. O primeiro, composto por 43 desenhos, pertence à coleção da fotógrafa suíça-brasileira Claudia Andujar. Em 1977, Andujar convidou Taniki a traduzir sua visão acerca da morte de Celina, esposa do líder da aldeia Hewë nahipi, em desenhos que registram o ritual funerário reahu, uma cerimônia central na cosmologia yanomami. Esses trabalhos, realizados com canetas hidrográficas em tons de preto, roxo e vermelho, são acompanhados de anotações bilíngues em yanomami e português, que documentam costumes e crenças.

O segundo núcleo é formado por 78 obras inéditas da coleção do antropólogo francês Bruce Albert, conhecido por suas contribuições ao estudo dos Yanomami e coautor de “A Queda do Céu: Palavras de um Xamã Yanomami”. As peças de 1978, elaboradas com pastel oleoso e caneta hidrográfica, apresentam composições mais abstratas e cores vibrantes, ampliando a percepção da riqueza cultural e artística yanomami.

A exposição “André Taniki Yanomami” promete oferecer uma experiência imersiva no universo espiritual e artístico dos Yanomami, ressaltando a importância do xamanismo e a expressividade visual desse povo indígena.

  • Acessível para cadeirantes
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  • Gratuito

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