MASP exibe mostra do sul-coreano Kang Seung Lee

Adiovisual “Lazarus” faz reinterpretação de obras de Leonilson e Goh Choo San.

Dados do estabelecimento

  • Data de inicio e término

    23 ago até 27 out

  • Dias da semana e horários

    Terças, das 10h às 20h
    (entrada até as 19h);
    Quarta a Domingo, das 10h às 18h (entrada até as 17h);
    Fechado às segundas.

  • Endereço

    Av. Paulista, 1578 - Bela Vista, São Paulo - SP, 01310-200

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Mais detalhes

O MASP – Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand apresenta a primeira mostra do sul-coreano Kang Seung Lee no Brasil. Ao evocar a intimidade e o afeto, assim como os estados de sofrimento e pertencimento, a obra audiovisual “Lazarus” (2023) homenageia e reimagina histórias e experiências da comunidade queer na Sala de vídeo: Kang Seung Lee.

Inspirado na obra “Lásaro” (1993), de José Leonilson – instalação feita com duas camisas costuradas juntas, considerada o último trabalho do artista brasileiro – e no balé original “Unknown Territory” (1986), do coreógrafo singapurense Goh Choo San (1948-87), o vídeo apresenta um dueto de movimentos mínimos e intencionais.

Ao replicar a obra de Leonilson em Sambe, tecido de cânhamo tradicionalmente usado na Coreia para mortalhas funerárias, os bailarinos interagem coreografando uma homenagem às vidas e memórias perdidas durante a epidemia do HIV/aids, inclusive às de ambos os artistas, que faleceram de doenças decorrentes do vírus.

“Eu sempre entendi que o meu trabalho artístico é influenciado por pessoas que vieram antes de nós, especialmente em relação às histórias queer de diferentes nações. Frequentemente pesquiso e reposiciono essas narrativas e arquivos, conectando geografias e experiências distintas, e acredito que há uma possibilidade de criar novos conhecimentos neste processo”, reflete Kang Seung Lee.

Com curadoria de Amanda Carneiro, a mostra apresenta ainda mais uma obra de Kang Seung Lee. “Untitled (Lazaro, Jose Leonilson, 1993)” (2023) é composta por diferentes materiais – grafite, pérolas, pergaminho, agulha para piercing e linha antiga de ouro 24K – junto a um desenho da vestimenta escultural criada por Leonilson. A obra “Lásaro”, do artista brasileiro, poderá ser vista na mesma ocasião de visita ao trabalho de Lee, na mostra “Leonilson: agora e as oportunidades”, no primeiro andar do MASP.

“Lee associa fragmentos de uma espécie de história material do mundo com histórias subjetivas, sobretudo de homens homossexuais que faleceram por conta da crise da aids, exaltando suas histórias. Seu trabalho remete a uma ideia de fragilidade ao mesmo tempo que evidencia a força narrativa desses encontros”, pontua Amanda.

“Untitled (Lazaro, Jose Leonilson, 1993)” foi incorporada ao acervo do MASP como parte dos esforços que o museu tem realizado para internacionalizar sua coleção de arte contemporânea. Em 2024, a programação da Sala de vídeo integra o ciclo de Histórias da diversidade LGBTQIA+ no MASP, que já apresentou as mostras de Masi Mamani/Bartolina Xixa, Tourmaline e Ventura Profana, e exibirá a produção audiovisual de Manauara Clandestina.

Entrada: Terças grátis e primeira quinta-feira do mês grátis; demais dias R$ 70,00  (inteira); R$ 35,00 (meia).

 

  • Acessível para cadeirantes
  • Acessível para deficientes auditivos
  • Acessível para deficientes visuais
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