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Última modificação outubro 29, 2025

“Juego de Niños” traz drama de crianças refugiadas

Peça traz crianças imigrantes em campos de detenção, interpretadas por artistas na casa dos 70 anos

Juego de Niños, Foto: Lara Morganna

Informações

  • Data de inicio e término

    30/10/2025 até 16/11/2025

  • Dias da semana e horários

    De quinta a sábados, às 20h | Domingos e feriados, às 19h

  • Endereço

    Av. Paulista, 149 - Bela Vista

    Ver no mapa

Mais detalhes

A nova peça “Juego de Niños”, texto inédito de Newton Moreno, estreia no dia 30 de outubro no Itaú Cultural e traz à cena a realidade contundente de crianças imigrantes em campos de detenção.

O espetáculo, uma realização da ONG Turma do Bem, tem entrada gratuita e repete a parceria de Bernardo Bibancos na direção e Lu Grimaldi como assistente e preparadora corporal do elenco.

A montagem apresenta três personagens infantis: México (menino de 8 anos), Honduras (menina de 11) e Nicarágua (menino de 13), interpretados pelos veteranos da dramaturgia brasileira Genézio de Barros, Vera Mancini e Luiz Guilherme, todos na faixa dos 70 anos. O contraste entre a idade dos atores e a juventude dos personagens acentua o tema do amadurecimento precoce imposto pelo sofrimento.

“Este projeto conta com um grupo talentoso de artistas reunidos para dar vazão à sua sensibilidade e indignação frente às desmedidas e violências nas fronteiras bélicas deste mundo”, afirma Newton Moreno.

 

O diretor Bernardo Bibancos completa: “Existem duas circunstâncias convivendo em ‘Juego de Niños’: uma de foro íntimo, o prazer de encenar um grande texto com atores extraordinários; e outra, de ordem coletiva, uma tragédia humanitária cujas consequências ainda ecoam nas nossas consciências”.

A trama se passa dentro de uma jaula, representando um campo de detenção, onde as crianças, envoltas em mantas térmicas, tentam resgatar fragmentos da infância por meio de brincadeiras como pião, amarelinha e boneca. C

Cada personagem traz consigo uma história de perda e esperança: México aguarda o reencontro com o pai, Honduras enfrenta o medo da primeira menstruação e Nicarágua teme não ser mais reconhecido pelos pais após anos de separação.

Com uma linguagem lírica e cenas de forte carga emocional, o texto usa o jogo como metáfora para a sobrevivência e a resistência em meio à violência e ao abandono. A peça denuncia as condições desumanas dos campos de imigração, o racismo e a desigualdade econômica global, mas também celebra a força das crianças em reinventar o mundo pela imaginação.

Além do elenco, o espetáculo conta com André Abujamra (trilha sonora), Caetano Vilela (iluminação) e o apoio da ONG Cerzindo, que acolhe refugiados e migrantes em situação de vulnerabilidade.

  • Acessível para cadeirantes
  • Gratuito
  • Maiores de 16 anos

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