Galeria Estação celebra “Suanê” com exposição

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A Galeria Estação, em São Paulo, inaugura em 21 de maio uma exposição dedicada à artista Suanê (1922–2020), uma das primeiras brasileiras a expor na Bienal Internacional de São Paulo, em 1951.

A mostra marca também o anúncio da representação oficial do espólio da artista pela galeria. Com curadoria de Ivo Mesquita, a exposição reúne obras da fase mais experimental da trajetória da pernambucana — produzidas entre 2000 e 2019 — e segue em cartaz até 5 de julho.

Suanê, nascida Lúcia Carvalho Nóbrega, foi batizada com seu nome artístico por um pajé da etnia Fulni-ô, com quem conviveu na infância no sertão de Pernambuco. Sua obra é atravessada por memórias, lendas, rezas e elementos das tradições indígenas, que ela traduziu ao longo de sete décadas em pinturas, colagens, costuras e instalações.

“Ela se reinventa, abrindo áreas vazias em seus suportes, costurando pedaços de tela, inserindo madeira, plástico, cordas e elementos orgânicos. São obras que expandem o vocabulário visual da artista e fazem alusão direta ao cosmos”, diz Mesquita.