“Abya Yala Nagô” promove cinema negro e indígena
Com filmes nacionais e internacionais, festival quer mostrar a história real do Brasil e das Américas

Informações
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Data de inicio e término
30 maio até 01 jun
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Mais detalhes
De 30 de maio a 1º de junho, o Centro Cultural São Paulo (CCSP) recebe a 1ª edição do “Festival Abya Yala Nagô”, evento que tem como objetivo fomentar o cinema negro e indígena na cidade de São Paulo com iniciativas independentes do Brasil e da diáspora africana.
Realizado pela Madrugada Filmes e idealizado pelas cineastas Ana Julia Travia, Icá Iuori, Larissa Cavalcante e Lux Machado, o festival contemplado pela Lei Paulo Gustavo nasce com o compromisso de expandir a visibilidade dessas narrativas no circuito cultural paulistano, com uma programação que fomenta o debate em torno do cinema negro e indígena, trazendo discussões e novas percepções sobre as movimentações culturais racializadas.
“Queremos furar a bolha e fazer com que mais pessoas se vejam, se ouçam e se conectem com essas histórias reais, que quase nunca chegam às grandes salas”, explica a direção do projeto.

Frame do filme “Semana que vem te prometo Palmares!” (2023)
A programação conta com mostras divididas em três eixos: filmes de São Paulo, filmes de outros estados brasileiros e filmes internacionais, com destaque na presença de produções inéditas no Brasil e a exibição de filmes caribenhos selecionados por Aida Bueno Sarduy, antropóloga afro-cubana, documentarista e professora da Universidade de Nova York.
“O audiovisual negro e indígena é rico e diverso, além de trazer para a superfície uma história não contada sobre a realidade de povos racializados no Brasil e no mundo. O ‘Festival Abya Yala Nagô’ quer contar esse lado ‘não oficial’ mas que, no fim, é a verdadeira história. Queremos que as pessoas engajem, assistam e consumam cinema independente, criando esse hábito na cidade de São Paulo”, abre Icá Iuori, um dos idealizadores do evento e parte do Madrugada Filmes.
Em seu dia de abertura, o festival traz a mesa “Autonomia Criativa: Empresas Vocacionadas para a Reparação Histórica”, conduzida pela cineasta Larissa Barbosa que tem como objetivo trazer à tona o impacto cultural, social e econômico dentro do mercado audiovisual, além da masterclass mediada e realizada pelo Projeto Paradiso, voltada à formação e profissionalização de realizadores audiovisuais.
Segundo Larissa, “entender a autonomia enquanto ferramenta de criatividade quando falamos de empresas diversas é fomentar a discussão em torno do impacto que olhares, para além da bolha, trazem para o audiovisual mas, principalmente, colocar isso na prática, de forma a, de fato, criar um movimento de mudança”.
O festival, ao longo dos 3 dias, conta com debates em torno do Afrofuturismo e Futurismo Indígena, debates posteriores às sessões para discussões sobre as obras transmitidas, além de um pocket dos artistas independentes Sonho, Quixote e Ynã Precioso.
Toda a programação é gratuita e acontece no Centro Cultural São Paulo, na Sala Lima Barreto. Confira aqui a programação completa.
Dados de contato
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Telefone
(11) 3397-4002
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