Fenômeno mundial, “TOC TOC” estreia no Procópio Ferreira
Estrelado por Danielle Winits, André Gonçalves e Claudia Ohana, peça tem nova montagem.
Dados do estabelecimento
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Data de inicio e término
04 out até 16 dez
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Dias da semana e horários
Sexta, e sábado, às 21h | Domingo, às18h
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Mais detalhes
A comédia teatral “TOC TOC”, escrita por Laurent Baffie, traduzida e montada mundo afora diversas vezes após estrondoso sucesso na França, retorna aos palcos brasileiros com uma nova montagem e grande elenco, trazendo uma abordagem bem-humorada e sensível sobre o Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC).
Visto no Brasil por mais de 1 milhão de pessoas, o espetáculo se passa em uma sala de espera de um consultório, onde seis personagens, cada um com suas próprias obsessões, se veem obrigados a conviver e enfrentar seus desafios enquanto aguardam a chegada de um médico que, misteriosamente, nunca chega.
No enredo, Branca (Danielle Winits), obcecada por limpeza; Maria (Cláudia Ohana), uma religiosa que vive com a sensação de ter esquecido tudo aberto; Lili (Maria Helena Chira), com seu hábito de repetição; Bob (Miguel Menezzes), fanático por simetria; Vicente (André Gonçalves), que não consegue parar de fazer contas; e Fred (Riba Carlovich), que luta contra uma síndrome que o faz dizer palavras obscenas, formam esse grupo peculiar.
A demora do médico faz com que a única solução seja iniciar uma terapia em grupo, onde, entre crises, brigas e muitas gargalhadas, o público é convidado a acompanhar as dificuldades e as maneiras inusitadas que cada um encontra para lidar com seu TOC.
“TOC TOC” não é apenas uma comédia; é uma reflexão sobre a condição humana e suas peculiaridades, trazendo à tona temas importantes com leveza e bom humor. O espetáculo promete conquistar o público com sua combinação de situações cômicas e personagens inesquecíveis, garantindo uma experiência única e envolvente. Não perca a chance de se divertir e se emocionar com essa comédia que explora as manias e obsessões de uma maneira que só o teatro pode oferecer.
Sobre a direção
“Em minha encenação, como sempre, o foco é no trabalho dos atores. Definição clara dos personagens e precisão no timing da comédia. Esta é uma comédia que anda no limite e não dá para brincar, afinal estamos lidando com um distúrbio sério. Está é uma comédia onde nós temos que levar a sério. Andamos num fio de navalha muito delicado. Jamais podemos parecer que estamos tirando sarro dos distúrbios”, afirma Alexandre Reinecke.
Desta vez o próprio encenador está envolvido na criação e desenvolvimento de cenário e figurinos. “Buscando o realismo, mas sem cair no tradicional. Sempre com teatralidade. O que venho buscando sempre em minhas últimas montagens.”
Atores e suas personagens
Danielle Winits – Danielle Winits, que está em “Família é Tudo”, na Globo, volta ao teatro na comédia “TOC TOC”. A atriz vive Branca, mulher obcecada por limpeza. Este é o seu TOC (Transtorno Obssessivo Compulsivo) no espetáculo, que trata com humor de assunto sério.
André Gonçalves – “Vicente é um taxista, um personagem diferente de todos que já fiz, um papel muito engraçado.” André conta que o TOC de personagem é a mania de contar. “Eu acredito ter o mesmo TOC do Vicente, conto tudo sem parar.” André detalha que a criação do personagem está acontecendo nos ensaios, junto com a direção e o elenco.
Claudia Ohana – Maria é carola, super religiosa e seu TOC é clássico, de verificação. “Aquela pessoa que se certifica o tempo todo se está tudo fechado, se a luz está apagada, se desligou o gás. Tem que voltar em casa várias vezes porque fica achando que deixou alguma coisa aberta”, conta Cláudia. A atriz está criando a personagem nos ensaios, pois não conhece ninguém com este problema.
Maria Helena Chira – A atriz já fez o papel da Lili – uma menina tímida, quieta e na dela – em montagem anterior, e diz que está sendo muito bom refazer a personagem depois de um bom tempo, uma experiência nova. Como já esteve na pele de Lili, busca agora trazê-la para os dias de hoje. “Da primeira vez, fiz uma substituição e não tive tempo de ensaio. Criei fazendo. Agora estou propondo outros recursos que aparecem em sala de ensaio. Como é outro elenco, tem outra dinâmica também”.
“Seu TOC é repetir as falas. Tudo o que ela diz, fala duas vezes e, não raro, ela repete a última sílaba dos outros personagens. Tenho preocupação em passar para o corpo o grau de ansiedade da Lili, porque teatro é corpo, é físico. É manter a tensão física o tempo inteiro porque ela não quer falar para não correr o risco de ter de repetir. Ela fica muito constrangida com esse TOC. Ela é um turbilhão, está tudo dentro de sua cabeça e seu corpo reflete essa ansiedade.”
Maria Helena está trabalhando para deixar esta característica bem marcada, “carregando na tinta”. A atriz se identifica com Lili na questão da ansiedade e da timidez.
Riba Carlovich – O ator também esteve na primeira montagem do Brasil. Sua personagem luta contra uma síndrome que o faz dizer palavras obscenas.
Carolina Stofella – “A minha personagem é a assistente do Dr. Stern, o médico tão aguardado. Cada vez que entra em cena, ela altera o estado emocional de todos os outros personagens. Eu gosto de criar observando, usando a intuição, que é pra mim, uma mistura das nossas ferramentas e referências. Estou no caminho, brincando ainda com o corpo e com a voz. Esta é a personagem mais diferente de mim que eu já fiz. Talvez a gente se encontre um pouco na impaciência. Mas só um pouquinho”.
Miguel Menezzes – “Bob é o mais jovem da turma. Ele é metódico, nerd, criador de videogames e sofre de TOC desde muito novo. Seus TOCs incluem a incapacidade de andar sobre linhas no chão e uma mania de simetria. Por ser o mais jovem, Bob é o personagem que propõe as situações que se desenrolam durante o espetáculo, como as apresentações dos personagens e o jogo de Banco Imobiliário. Além de pesquisar outros personagens que fazem referência à identidade de Bob, como os da série ‘The Big Bang Theory’ ou Carlton, de ‘Um Maluco no Pedaço’, tenho investigado o Bob experimentando seus TOCs no meu dia a dia, como evitar linhas ou organizar objetos simetricamente, para entender as reações do meu corpo. Durante meus estudos, também tenho feito anotações das características que considero principais em Bob e feito analise do texto.”
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