“Favela é Giro” está em cartaz no Museu das Favelas

Mostra reúne 20 obras de artistas de diferentes regiões, celebrando a força criativa periférica

Favela é Giro Obra "Motumbá" da artista Mayara Varalho/ Foto: Jozzuu

Informações

  • Data de inicio e término

    30 abr até 22 jun

  • Dias da semana e horários

    Terça a domingo, das 10h às 17h

  • Endereço

    Largo Páteo do Colégio, 148 - Centro Histórico

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Mais detalhes

Após passar por Goiânia (GO), Vitória (ES), São Sebastião (SP) e Ferraz de Vasconcelos (SP), a exposição itinerante “Favela é Giro” chega ao Museu das Favelas. A mostra celebra a força criativa periférica e convida o público a repensar os estereótipos sobre as favelas, reconhecendo esses territórios como potências de criação, identidade e transformação social.

A exposição reúne 20 obras de artistas de diferentes regiões, utilizando linguagens como a fotografia, a xilogravura e o audiovisual para retratar a complexidade, os desafios e as belezas das favelas brasileiras. A curadoria é assinada por Bruna Gregório, com co-curadoria da artista e pesquisadora Xica (Goiânia), da fotógrafa Ana Luzes (Vitória) e do rapper e pesquisador musical Brenalta MC (São Sebastião).

“Receber a mostra no Museu das Favelas representa o fechamento simbólico de um ciclo que levou a arte e as narrativas periféricas para diferentes territórios brasileiros. Ficamos muito felizes com o resultado desse projeto e agora convidamos o público de São Paulo para prestigiar também”, comenta Natália Cunha, diretora do Museu das Favelas.

Para Dominic Schmal, diretor de ESG da EDP na América do Sul, o projeto “Favela é Giro” reforça o compromisso da empresa com o acesso à cultura.

“Estamos destacando obras de artistas locais, buscando contribuir para dar visibilidade à arte periférica e impulsionando a economia criativa. Após a itinerância que levou arte e cultura às comunidades de nossa área de atuação nos estados do Espírito Santo, Goiás e São Paulo, a exposição ‘Favela é Giro’ chega à sua última e simbólica parada: o Museu das Favelas, no centro da cidade de São Paulo. Promover esse fluxo de acesso à arte e à produção artística entre periferia e centro é essencial”, reforça.

Representatividade e valorização das vivências

Para a artista Anubis, de Ferraz de Vasconcelos, participar da exposição “Favela é Giro” foi a oportunidade de abordar a infância preta por meio da arte.

“É muito importante estar expondo em ‘Favela é Giro’ e poder mostrar minha arte com crianças pretas e falar sobre infância preta. Estar aqui representa não só o meu futuro, mas também do que essas crianças podem ser. Espero que esses fomentos, como ‘Favela é Giro’, continuem e que as crianças possam ver a arte como uma possibilidade”, afirma.

Já para Brenalta MC, artista de São Sebastião e um dos pesquisadores e co-curadores da exposição, integrar “Favela é Giro” é um gesto de reconhecimento e valorização das vivências periféricas.

“Ser parte dessa exposição é uma forma de dar voz às ruas e às experiências das comunidades que, muitas vezes, são invisibilizadas. A arte da favela é feita de resistência, amor e luta, e ao apresentar nosso trabalho, queremos mostrar que a nossa cultura tem o poder de transformar realidades e inspirar novas gerações”.

Além dos artistas Anubis e Brenalta MC, a exposição também conta com obras do Coletivo Batalhão das Gravadeiras, João Ferré, Lucas Bororo, Mayara Varalho e Marcelo Ramalho, de Goiânia. Do Espírito Santo, participam Iaiá Rocha, Viviane Nascimento, Ara Poty Mirī Txapya (Dayanne Guarany), De Santanna (Dimas) e Meuri Ribeiro. Representando a região de São Sebastião, estão Eumarlei, Swell Nobrega, Juvenal Pereira e Jorge Mesquita. De Ferraz, participam Fabricio Augusto, Micke Tranbiks, além da dupla Silas Nascimento e Lucas Bezerra.

  • Acessível para cadeirantes
  • Gratuito
  • Livre para todas as idades

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