Estreia “Engolindo Mágoas em Doses Homeopáticas”
Espetáculo do Coletivo Pedra Rubra é atração no Centro Cultural da Diversidade.
Informações
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Data de inicio e término
07 set até 25 set
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Dias da semana e horários
Sábado e quarta, às 20h30
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Mais detalhes
O espetáculo “Engolindo Mágoas em Doses Homeopáticas”, do Coletivo Pedra Rubra, narra as histórias de vida de três mulheres que vivem em décadas distintas, demarcando as nuances do tempo e da época em que cada uma delas está inserida.
Até que um dia, ao quebrar as barreiras do tempo cronológico, elas se cruzam e acabam percebendo que, independentemente do tempo em que se vive, todas as mulheres ainda caminham sob “olhos sociais” que ditam seus corpos, suas escolhas e suas atitudes. E seguem engolindo, em doses homeopáticas, toda a dor que carrega uma mulher.
“Engolindo Mágoas em Doses Homeopáticas” retrata as opressões, abusos e violências que as mulheres sofrem no seu dia-a-dia através da linha do tempo traçada entre os anos de 1949, 1989 e 2024. As dores e sofrimentos dessas mulheres são representadas também por pequenas doses que, poeticamente, gotejam no palco ao longo de todo o espetáculo, até o momento que essas doses aumentam gradativamente.
Dentre tantos sofrimentos e dores, as personagens cometem ações extremas consideradas imorais e/ou ilegais. Em razão disso, durante todo o espetáculo, essas mulheres são julgadas, seja pelo seu comportamento ou por suas atitudes, enquanto o público oscila no exercício dos papéis de júri e espectador.
As ações fazem parte do projeto “Mulheres do Corre – Das Lutas Inglórias Nasce o Sol de Todo Dia”, do Coletivo Pedra Rubra, contemplado na 42ª edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a cidade de São Paulo – Secretaria Municipal de Cultura, com o qual o grupo celebra dez anos.
O objetivo do projeto é pesquisar e criar sobre essas “mulheres do corre”, partindo da pergunta “O que é ser uma mulher da periferia na sociedade atual?”. Sendo este também o ponto de partida para o processo de criação e pesquisa do experimento cênico.
“Compreendemos que as ‘mulheres do corre’ são aquelas que vivem na margem, longe das regiões centrais e que trabalham, pagam conta, cuidam de filhos, da casa. Mulheres que têm seus próprios corpos e histórias como exemplos de resistência, a sua vida é uma luta diária, uma busca constante de se manter viva mesmo com tantos desafios e discriminações”, comenta o coletivo.
Buscando evidenciar os caminhos que essas mulheres percorrem, aquilo que atravessa seus corpos, suas vozes e pensamentos, o grupo optou por se afastar de referências eurocêntricas e de mulheres burguesas, para aprofundar o olhar para a verdadeira realidade das mulheres da periferia.