Estreia “Bombordo ou Uma Ilha para o Esquecimento”

Peça propõe reflexões sobre memória, luto e seguir em frente, a partir de duas mulheres em alto mar

Bombordo ou Uma Ilha para o Esquecimento Foto: Antônio Filho

Informações

  • Data de inicio e término

    17 maio até 08 jun

  • Dias da semana e horários

    Sábado, às 20h | Domingo, às 19h

  • Endereço

    Rua Dr. Gabriel dos Santos, 30, 2ºandar - Santa Cecília

    Ver no mapa
  • Valores

    de R$35,00 a R$75,00

Mais detalhes

A jornada de uma mãe e uma filha na fronteira entre o esquecimento, a dor e a redescoberta da própria essência é tema de “Bombordo ou Uma Ilha para o Esquecimento”, segundo monólogo autoral da atriz e professora Ana Paula Dias.

Navegando entre o íntimo e o universal, o espetáculo convida o público a uma jornada sensorial e emocional, onde o mar se transforma em metáfora para as paisagens internas da protagonista, e da própria atriz em cena.

O que era para ser uma fuga transforma-se em um espelho. Uma mulher parte em uma viagem solitária de veleiro, determinada a deixar para trás um cotidiano sufocante e as cicatrizes de um amor perdido. Mas, no último momento, ela se vê obrigada a levar consigo sua mãe, que sofre de Alzheimer — uma presença que embaralha ainda mais os limites entre passado e presente, entre cuidadora e dependente.

Enquanto navega por mares gelados, a protagonista luta contra os esquecimentos da mãe: perguntas repetidas, histórias truncadas, a incapacidade de reconhecer até mesmo o barco que as abriga. Aos poucos, porém, percebe que não está apenas lembrando por duas: ela também é confrontada com suas próprias fugas da memória. A morte do pai, enterrada sob camadas de negação. As dores de um rompimento amoroso que ela tenta apagar com distâncias geográficas. O medo de viver, disfarçado de aventura.

O mar, antes símbolo de liberdade, torna-se uma armadilha. As coordenadas se perdem, os dias se repetem, e a viagem revela seu verdadeiro propósito: uma travessia para dentro de si mesma. Mãe e filha reencenam gestos esquecidos — amarrar sapatos, fazer nós, contar histórias —, enquanto a protagonista enfrenta a pergunta que a assombra: O que mais eu escolhi não lembrar?

Com uma narrativa não linear e atmosferas que oscilam entre o poético e o claustrofóbico, “Bombordo” questiona: O que escolhemos lembrar? O que não podemos evitar esquecer? A direção e dramaturgia exploram a técnica Meisner, privilegiando a escuta, a verdade do momento e a presença física como eixos da narrativa.

Sinopse

O que começa como uma fuga solitária de veleiro torna-se uma viagem involuntária ao passado quando a protagonista se vê obrigada a levar consigo sua mãe, que sofre de Alzheimer.

Enquanto lida com os esquecimentos repetitivos da mãe, ela é confrontada com suas próprias memórias soterradas: a morte do pai, um amor perdido e o medo de viver plenamente. Em um barco que é ao mesmo tempo abrigo e prisão, mãe e filha reencenam gestos cotidianos, revelando como o passado insiste em habitar o presente.

  • Acessível para cadeirantes
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  • Maiores de 12 anos

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