Estreia “12º Round: A História de Emile Griffith”

Peça narra a trajetória de um dos maiores boxeadores da história e sua uma luta contra o preconceito

12º Round: A História de Emile Griffith Foto: Rony Hernandes

Informações

  • Data de inicio e término

    06 jun até 13 jul

  • Dias da semana e horários

    Sexta e sábado, às 20h | Domingo e feriado, às 18h

  • Endereço

    Rua Bom Pastor, 822 - Ipiranga

    Ver no mapa
  • Valores

    R$ 60,00 | R$ 30,00 (meia) | R$ 18,00 (Credencial Plena)

Mais detalhes

Montagem inédita no Brasil, “12º Round: A História de Emile Griffith” estreia no teatro do Sesc Ipiranga. Abordando o racismo e a homofobia no esporte na década de 1960, o espetáculo narra a trajetória de Emile Griffith, um dos maiores boxeadores da história que, ao assumir sua bissexualidade, passou a enfrentar uma luta contra o preconceito dentro e fora dos ringues.

Traçando um voo panorâmico sobre temas como a violência no mundo do esporte, o racismo, a homofobia e as fronteiras da masculinidade negra, a peça também se propõe a discutir como essas tensões ainda ecoam até hoje na sociedade, abordando as contradições, violências e resistências vividas por corpos dissidentes.

Cinco vezes campeão mundial em três categorias de pesos diferentes, Griffith foi o primeiro atleta com este perfil a assumir publicamente sua bissexualidade. Sua vida foi profundamente transformada após vencer o combate com Kid Paret, que havia chamado Emile de ‘bicha’ várias vezes em público e, no embate, foi nocauteado e faleceu, numa luta televisionada para todos os EUA em 1962.

Negro e afro-caribenho, Griffith é uma figura de dimensões épicas, cuja trajetória nos permite discutir o quanto a sociedade contemporânea está — ou não — comprometida com a preservação dos direitos da população LGBTQIAPN+ e negra. O espetáculo busca dar corpo à memória de um herói complexo, que ousou desafiar as regras de seu tempo, um símbolo que rompeu paradigmas e enfrentou o peso do preconceito.

Idealizado pelo ator Fernando Vitor, que interpreta o personagem principal da trama, o projeto faz parte de uma longa pesquisa com o objetivo de dar luz a histórias queers e negras, dentre as quais se destaca Emile Griffith.

Com a dramaturgia assinada por Sérgio Roveri e direção de Bruno Lourenço, a peça é encenada em “rounds”, assim como uma luta de boxe, num formato que aproxima o espectador de uma linguagem singular, marcada pela repetição, pelo esforço e pelo esgotamento, elementos que tensionam os corpos em cena e tornam esse “ringue” um constante território de disputa.

A montagem do espetáculo marca ainda a estreia do Coletivo Nocaute, um grupo de teatro negro formado por Bruno Lourenço (indicado ao Prêmio Shell de Melhor Ator por ‘Brás Cubas’), Fernando Vitor (‘James Baldwin: Pode Um Negro Ser Otimista?’), Letícia Calvosa (‘Escola Modelo’) e Alexandre Ammano (‘O Avesso da Pele’).

Neste percurso, a montagem dá voz a personagens reais e ficcionais que orbitam o universo de Griffith — sua mãe; seu maior adversário, Kid Paret; seu namorado; jornalistas e figuras simbólicas — oferecendo uma cartografia afetiva, política e histórica de sua trajetória e seu legado.

O espetáculo conta ainda com projeções de imagens de arquivos em fotos e vídeos, utilizados com a finalidade de conferir verossimilhança às memórias fragmentadas, apresentar os rostos das personalidades reais e estabelecer diálogos entre os diversos tempos históricos.

  • Acessível para cadeirantes
  • $
  • Maiores de 14 anos

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