Espetáculo “OZ” enaltece múltiplas formas de amor
Falada em português e Libras, peça é centrada em um casal extremamente afetuoso

Informações
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Data de inicio e término
21 maio até 26 jun
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Dias da semana e horários
Quartas e quintas, às 21h | Feriado (19/06 - Corpus Christi), às 18h
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Valores
R$ 50,00 (inteira) | R$ 25,00 (meia) | R$15,00 (Credencial Plena)
Mais detalhes
Buscando novas maneiras de representar a negritude, que não passam pela violência e o sofrimento, a companhia Aquilombamento Ficha Preta estreia seu novo trabalho “OZ”, que faz temporada entre os dias 21 de maio e 26 de junho, às quartas e quintas, às 21h, no Sesc Vila Mariana. No dia 19 de junho, feriado de Corpus Christi, a sessão acontece às 18h.
Idealizada e escrita por Aline Mohamad, a peça é sobre um casal que decide não se curvar às regras de um amor socialmente instituído. Eles passam a questionar os limites impostos aos seus corpos e aprendem a construir uma família a partir das suas próprias crenças.
“Quando iniciamos as pesquisas para o ‘OZ’, eu tinha acabado de perder uma tia muito querida chamada Zeneb. Ela era surda e percebi que minha família sempre a colocou em uma redoma. Por isso, ela nunca pôde vivenciar sua sexualidade plenamente”, conta Aline.
Essa história foi o grande disparador dramatúrgico do espetáculo.
“Embora não seja uma narrativa biográfica, muitas das experiências de Zeneb conduzem a obra. Ela nunca teve um amor romântico, mas dava alguns selinhos em amigos e gostava de assistir a filmes pornôs, por exemplo. E, como existem outros amores possíveis, quisemos falar sobre isso”, completa.
Para o grupo, era importante desmistificar a ideia de que apenas certos corpos estão predestinados ao amor. Dessa forma, o casal do espetáculo é formado pelo ator, poeta e slamer surdo Edinho Santos e a atriz Letícia Calvosa. E a encenação é bilíngue, em português e Libras.
Os dois partilham seus afetos principalmente na cozinha, o coração da casa. É lá onde o aroma do café passado no pano se mistura com o calor do forno, onde cada panela guarda um segredo e cada tempero carrega a marca de quem cuida e acolhe.
O público até vai poder desfrutar de um café com bolo de cenoura durante as apresentações. Isso porque os alimentos são capazes de evocar memórias afetivas e ancestrais.
“OZ” configura-se como um ritual de amor que transcende o tempo. Os espectadores acompanham a construção de cumplicidade entre um casal, a cada gesto cotidiano. A peça mostra como o lar pode ser um espaço de resistência, cuidado e beleza, mesmo com uma sociedade julgadora.
O espetáculo tem direção de Rodrigo França e Tainara Cerqueira.
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Telefone
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