“O Deus de Spinoza” volta a cartaz no Cacilda Becker

Sucesso de público e crítica, o espetáculo está de volta, agora no Teatro Cacilda Becker.

O Deus de Spinoza Créditos: Ronaldo Gutierrez

Dados do estabelecimento

  • Data de inicio e término

    08 out até 09 out

  • Dias da semana e horários

    Terça e quarta, às 21h

  • Endereço

    Rua Tito, 295 – Lapa

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Mais detalhes

Sucesso de público e crítica, o espetáculo “O Deus de Spinoza” está de volta a São Paulo para curta temporada, com seis apresentações gratuitas no Centro Cultural São Paulo.

O espetáculo resgata o pensamento do reconhecido filósofo holandês Baruch de Spinoza (1632 – 1677), condenado no século 17 por sua reflexão sobre a relação do ser humano com Deus e com a Natureza, contestando dogmas da religião judaica da época. Renegado por séculos, seu pensamento foi resgatado e hoje é motivo de estudos no mundo inteiro.

O texto é assinado por Régis de Oliveira, jurista e desembargador renomado que há anos se dedica ao estudo de filosofia. Em sua estreia como dramaturgo ele faz um recorte da vida de Spinoza, desde sua condenação – o Herem, em 1656 – até a sua morte, em 1677.

Como explica Régis, “através do pensamento do filósofo, podemos reconhecer muitos comportamentos de nossa sociedade atual, com suas superstições, crenças ou mistérios. E podemos notar como os donos do poder sabem manipular as multidões através do medo e da imposição do sistema”.

Vivemos atualmente num mundo conturbado com emoções descontroladas. O momento pelo qual passamos necessita de reflexão, entendimento e clareza. A filosofia de Spinoza nos traz uma luz nestes tempos. Sua ampla e densa obra trata da relação do ser humano com Deus e com a Natureza. Trata dos afetos, do direito natural, e da essência humana.

Baruch de Spinoza é um filósofo judeu que viveu no Século de Ouro dos Países Baixos.  A Holanda fervilhava culturalmente à época. Ali estava Grócio, um dos pais do direito público, que escolheu a Holanda como pátria espiritual, Rembrandt e Vermeer que despontavam na pintura, entre outros artistas.

“Nossa montagem busca trazer o pensamento de Spinoza ao público em geral, de forma profunda, mas acessível, para que afete a plateia conforme a teoria do filósofo. Estas são as afecções”, afirma o diretor e ator Luiz Amorim, que integra o elenco ao lado de Bruno Perillo, Juliano Dip, David Kullock e Roberto Borenstein. Os figurinos são de João Pimenta, a iluminação de Cesar Pivetti e os cenários de Evas Carreteiro.

O espetáculo “O Deus de Spinoza” é pontuado por músicas sefarditas do século 17, executadas ao vivo pelos músicos Margot Lohn, Gabriel Ferrara e Marcus Veríssimo, que assina a direção musical. A peça ainda conta com a participação especial de Laura Visconti, indicada ao Prêmio Bibi Ferreira 2024 pela direção musical do sucesso “Beetlejuice”.

O enredo de “O Deus de Spinoza” mostra a comunidade judaica incomodada com o pensamento do jovem judeu Baruch de Spinoza. Filho de imigrantes portugueses acolhidos em Amsterdã, ele afronta os costumes e preceitos de sua religião. Na tentativa de convencê-lo a ser um bom cidadão, os membros do Conselho de Rabinos Notáveis apresentam formas de conversão. Se Spinoza não aceitar, poderá ser julgado, condenado e exilado.

Spinoza expõe todo o seu pensamento a seu amigo, Jan Rieuwertsz, editor de livros, com quem pode desabafar e contar de seus planos futuros. Um convite à reflexão e à liberdade de pensamento.

Entrada: Gratuita

Classificação: 12 anos

  • Acessível para cadeirantes
  • Gratuito
  • Maiores de 12 anos

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