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Última modificação julho 04, 2025

Peça inédita “Nebulosa de Baco” estreia no CCBB

Inspirada na obra de Nobel de Literatura, peça traz em cena atriz que não consegue chorar

Nebulosa de Baco Créditos: Renato Mangolin

Informações

  • Data de inicio e término

    24/04/2025 até 08/06/2025

  • Dias da semana e horários

    Quinta e sexta, às 19h | Sábado e domingo, às 17h

  • Endereço

    R. Álvares Penteado, 112 – Centro Histórico

    Ver no mapa
  • Valores

    R$ 30,00 (inteira) | R$ 15,00 (meia)

Mais detalhes

Depois de passar por Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte, a peça “Nebulosa de Baco’, novo trabalho da premiada Cia.Stavis-Damaceno tem sua estreia paulistana no Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo no dia 24 de abril, às 18h30.

O espetáculo tem dramaturgia e direção de Marcos Damaceno e atuação de Rosana Stavis, atriz frequentemente apontada pela crítica como uma das melhores do teatro brasileiro, e Helena de Jorge Portela.

Inspirada na obra do premiado autor italiano Luigi Pirandello, vencedor do Nobel de Literatura, e em relatos de “histórias reais”, a montagem, que se alterna entre o drama e a comédia, apresenta o difícil processo de duas atrizes ao interpretarem os papéis conturbados de uma filha e o seu pai.

A encenação traz à cena uma atriz que não consegue chorar. Ajudada por outra artista mais experiente, ela se prepara para atuar em uma peça sobre a difícil relação entre uma filha e o seu pai. Trata-se de uma peça dentro de outra (uma dramática, a outra cômica) em que – como é próprio dos textos de Pirandello e muito atual para o tempo presente – são constantemente embaralhadas as noções entre o que é real e o que é inventado, entre o que é verdade e o que é mentira, entre o que é e o que parece, mas não é.

Essas duas mulheres, duas atrizes, estão em seu “habitat natural”, uma sala de ensaio, que é, nas palavras de Damaceno, “espaço fascinante de caos e criação, onde atrizes reconhecidamente fortes revelam suas fragilidades e inseguranças”.

Nessa sala, elas tentam descobrir a melhor forma de interpretar em uma peça que se equilibra entre o riso e o choro e que, por vezes, levanta questões delicadas e difíceis de se lidar, como os traumas causados pela violência e o abuso sexual na infância. Uma peça que, como é comum nas montagens de Damaceno, chama a atenção para o contraste entre os momentos hilariantes e outros angustiantes e perturbadores.

A encenação reúne outras características que são próprias da companhia Stavis-Damaceno, como o ritmo vertiginoso de pensamentos aparentemente desordenados; o apreço pela dramaturgia contemporânea que nos apresenta novos olhares acerca das relações humanas em nossos dias; e a excelência do trabalho do elenco, trazendo ao público espetáculos contundentes que impactam quase que exclusivamente pela força dos atores e das palavras. “A Aforista” –que ganhou alguns dos principais prêmios do teatro brasileiro, entre eles o de Melhor Espetáculo, conferido pela APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) –, é um exemplo recente dessas características.

O nome “Nebulosa de Baco” tem inspiração na astronomia e na mitologia. As nebulosas são onde nascem as estrelas; entre as mais conhecidas estão a Nebulosa de Orion e a Nebulosa Olho de Deus. Já Baco, na mitologia greco-romana, não apenas é o deus do vinho e do teatro, como também representa a fertilidade criativa e a dualidade humana entre controle e entrega. É ele quem inspira a transformação do caos interno em beleza e expressão.

“É para isso que nascem as atrizes, para mostrar, a cada noite, aos olhos do público, o mundo visto sob outra luz. Não a luz acachapante do sol, mas feito a delicadeza, a suavidade da luz da lua”, conclui Damaceno.

Sinopse

Inspirado na obra do Nobel de Literatura, Luigi Pirandello, e em relatos de “histórias reais”, o espetáculo traz à cena uma atriz que não consegue chorar. Ajudada por outra atriz mais experiente, ela se prepara para atuar em uma peça sobre a conflituosa relação entre uma filha e o seu pai. Uma peça dentro de outra (uma dramática, a outra cômica) em que, como em nossos dias, são constantemente embaralhadas as noções entre o que é real e o que é inventado, entre o que é verdade e o que é mentira, entre o que é e o que parece, mas não é.

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