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Última modificação outubro 31, 2025

“Borda”, de Lia Rodrigues, entra em cartaz

Espetáculo se debruça na borda como limite, margem e o ato de bordar, de fazer conexões, entrelaçamentos

Borda, novo trabalho da Lia Rodrigues Cia de Danças Foto: Sammi Landweer

Informações

  • Data de inicio e término

    30/10/2025 até 23/11/2025

  • Dias da semana e horários

    De quinta a sábado, 20h | domingo, 18h*
    Nos dias 2 e 20/11 a sessão acontecerá às 18h; no dia 15/11, a apresentação será às 20h

  • Endereço

    Rua Paes Leme, 195 – Pinheiros

    Ver no mapa
  • Valores

    R$ 70 (inteira) | R$ 35 (meia) | R$ 21 (credencial plena)

Mais detalhes

A coreógrafa Lia Rodrigues estreia em São Paulo seu mais novo trabalho, “Borda”, no Teatro Paulo Autran – Sesc Pinheiros. A criação parte da polissemia da palavra “borda” — limite, margem, entre-lugar — e também do verbo “bordar”, gesto de tecer, elaborar e recompor.

Com nove bailarinos e bailarinas em cena, o espetáculo constrói uma coreografia que se equilibra entre fronteira e costura, simbolizando separação e conexão. Lia Rodrigues investiga os espaços intermediários — físicos, simbólicos e afetivos — para questionar: há um caminho para redesenhar o nosso mundo?

No palco, o público é levado a atravessar paisagens que evocam fronteiras geográficas e políticas, como muros, cercas, postos de controle, mas também territórios da imaginação, onde novos mundos se insinuam. Os contrastes se tornam matéria coreográfica: hospitalidade e hostilidade, liberdade e dominação, o nativo e o estrangeiro.

Borda, de Lia Rodrgues

Foto: Sammi Landweer

Em “Borda”, Lia Rodrigues tece memórias e materiais acumulados em 35 anos de trajetória. Malas antigas foram abertas e seus conteúdos — figurinos, objetos, fragmentos de coreografias — transformados em nova matéria artística.

O espetáculo revisita elementos de trabalhos anteriores, como o bebê de Ma, os figurinos de Folia e May B (de Maguy Marin, obra que marcou a carreira da coreógrafa) e o rio de Pindorama. A criação enfatiza o ato de fabricar com as mãos — cortar, amarrar, dar nós, tecer — como gesto político e poético.

Esses arquivos vivos se transformam em um organismo em mutação, no qual tecidos, corpos e objetos se fundem, tornando as fronteiras móveis e dançantes. “Como fazer uma criação a partir de uma realidade entrelaçada com linhas visíveis e invisíveis?”, pergunta o texto do programa. “Como trazer conosco a terra de nossas visões, desejos, memórias, futuros?”

A trilha sonora de “Borda” inclui gravações da Missão de Pesquisa Folclórica de 1938, idealizada por Mário de Andrade, referência constante na trajetória da artista. O uso dessas vozes do passado reforça o princípio do espetáculo: reciclar a memória para criar o futuro.

Borda, de Lia Rodrgues

Foto: Sammi Landweer

  • Acessível para cadeirantes
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  • Maiores de 12 anos

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