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Última modificação julho 25, 2024

“O Sequestro da Independência – Uma história da construção do mito do Sete de Setembro”

Uma história sobre a construção visual do Sete de Setembro no Brasil, a exposição foi concebida em diálogo com “O Sequestro da Independência – Uma história da construção do mito do Sete de Setembro”

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    “O Sequestro da Independência – Uma história da construção do mito do Sete de Setembro”

    Uma história sobre a construção visual do Sete de Setembro no Brasil, a exposição foi concebida em diálogo com “O Sequestro da Independência – Uma história da construção do mito do Sete de Setembro” – livro autoral dos próprios curadores da exposição.

    Através de obras históricas e uma vitrine de objetos pertencentes à D. Pedro, a mostra pretende iluminar as narrativas imagéticas em torno de nossa emancipação política em 04 momentos-chave:

    • O processo de independência (1822)
    • A comemoração do seu centenário (1922)
    • A comemoração de 150 anos do evento, durante a ditadura militar (1972)
    • O mundo atual (2022)

    “Muitas nações se imaginam a partir de uma pintura, a qual, por sua vez, foi imaginada em diálogo com outras telas, muitas vezes estrangeiras. Aqui não foi diferente.”, explica o trio de curadores. Para eles, a tela do artista Pedro Américo (“Independência ou morte” – 1988) tem um sentido especial para a construção da nacionalidade do povo brasileiro: “De pintura encomendada pela Comissão construtora do Edifício-Monumento (futuro Museu do Ipiranga) em 1886, e apoiada por   d. Pedro II – numa forma de homenagem de filho para pai – foi virando apenas uma ilustração; um retrato fiel do 7 de setembro às margens do Ipiranga, progressivamente despida de seu significado original, autoria e contexto.” – ressaltam.

    Ao idealizarem a exposição, os curadores e a galeria tiveram a intenção de percorrer diferentes escolas pelo Brasil, levando uma visão plural e verossímil sobre a Independência da República aos alunos. Muito diferente do que foi retratado no quadro de Pedro Américo e em outras obras que D. Pedro encomendou para ilustrar este período, integraram os batalhões durante os conflitos armados mulheres, crianças, indígenas e negros escravizados, os verdadeiros “heróis da independência”.

     Sobre os curadores 

    • Lilia Schwarcz é professora titular no departamento de antropologia da USP e Global Scholar na Universidade de Princeton. É autora de, entre outros livros, O espetáculo das raças (1993), As barbas do imperador (1998, prêmio Jabuti de Livro do Ano), A batalha do Avaí (com Lúcia Klück Stumpf e Carlos Lima Junior, 2013), Brasil: Uma biografia (com Heloisa Murgel Starling, 2015) e Lima Barreto: Triste visionário (2017, prêmio Jabuti de Biografia). Ao lado de Luiz Schwarcz, com quem é casada, fundou a editora Companhia das Letras em 1986.
    • Lúcia Klück Stumpf é professora na Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP e pesquisadora pós-doutoranda pelo departamento de Artes Plásticas da ECA-USP. Doutora em antropologia social pela Universidade de São Paulo com pesquisa sobre arte, raça e cultura visual no século XIX, com ênfase na visualidade da Guerra do Paraguai (1864-1870). É autora, com Lilia Moritz Schwarcz e Carlos Lima Junior, de A batalha do Avaí (2013).
    • Carlos Lima Jr. é docente do curso de especialização Museologia, Cultura e Educação da (PUC-SP) e pesquisador e pós-doutorando pelo Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UNICAMP. É doutor em estética e história da arte pelo Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC-USP). É autor, com Lilia Moritz Schwarcz e Lúcia Klück Stumpf, de A batalha do Avaí (2013).

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