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Última modificação julho 25, 2024

E Lá Fora o Silêncio faz temporada no Teatro Cacilda Becker

E Lá Fora o Silêncio, peça baseada em pesquisas a partir do material documental sobre a ditadura civil-militar, coloca em foco grupos perseguidos e apagados da história,

E Lá Fora o Silêncio faz temporada no Teatro Cacilda Becker

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    Depois de concorridas apresentações no Sesc Pinheiros, a peça, um projeto do LABTD (Laboratório de Técnica Dramática) concebido por Ave Terrena, Diego Moschkovich e Diego Chilio, inicia uma série de sessões gratuitas nos meses de outubro e novembro.

    E Lá Fora o Silêncio, peça baseada em pesquisas a partir do material documental sobre a ditadura civil-militar, coloca em foco grupos perseguidos e apagados da história, como pessoas trans e as mulheres integrantes de organizações de resistência.

    A peça E Lá Fora o Silêncio é o terceiro trabalho do LABTD (Laboratório de Técnica Dramática) baseado em pesquisas documentais sobre a ditadura civil-militar brasileira. Concebido por Ave Terrena, Diego Moschkovich e Diego Chilio, o espetáculo encerra a trilogia “Mural da Memória” e se apresenta no Teatro Cacilda Becker (Rua Tito, 295 – Lapa, São Paulo)em uma temporada de 21 de outubro a 13 de novembro de 2022. A entrada é gratuita.

    Com dramaturgia de Ave Terrena e direção de Diego Moschkovich, o trabalho retoma a memória da ditadura brasileira a partir da história de Crístofer, que está de mudança e encontra cartas enviadas de dentro da prisão para sua irmã na época em que esteve encarcerado.

    Escritas em código, como forma de burlar a repressão, essas correspondências narram a vida de presas políticas com quem ele convivia no presídio, até que os fragmentos começam a se embaralhar e criam uma confusão entre tempos. “A peça é sobre o encontro, no presídio feminino, entre dois grupos invisíveis, silenciados e perseguidos pela ditadura: as mulheres cisgêneras participantes da resistência política e as pessoas transmasculinas”, revela Ave Terrena. “A peça também é sobre o encontro entre a memória, caracterizada por essas mulheres e o personagem de Crístofer, e o contemporâneo, na figura do sobrinho, Diego Chilio, e no slam de Jessica Marcele”, completa.

    A peça tem a forma de uma apresentação de rodada de negócios, em que Cristofer e seu sobrinho tentam vender uma série audiovisual a potenciais financiadores do projeto. Além das cartas apresentadas e lidas para o público, as personagens Silaine, Iucatã e Alice se relacionam com as outras em forma de projeção. Suas histórias foram baseadas nas mulheres que tomaram parte da resistência armada contra a ditadura. “A ideia é que essas personagens apresentem, além do plano poético, trazido pelo texto da Ave, um plano documental-performativo. Elas não são apenas vozes do passado, mas imagens-fantasmas transversais do tempo”, afirma Diego Moschkovich.

     

    Ficha Técnica

    Idealização: Laboratório de Técnica Dramática [LABTD]: Ave Terrena, Diego Moschkovich e Diego Chilio

    Texto: Ave Terrena

    Direção: Diego Moschkovich

    Atuação: Ana Maria Ramos Estevão, Criméia de Almeida, Diego Chilio, Dulce Muniz, Jessica Marcele e Leo Moreira Sá

    Músicos em cena: Felipe Pagliato e Gabriel Barbosa

    Iluminação e cenário: Wagner Antonio

    Figurino: Diogo Costa

    Criação em Vídeo e Projeção Mapeada: Amanda Amaral

    Design visual: Rafael Cristiano

    Transparências: Carla Miyazaka

    Crítica em processo: Paloma Franca Amorim

    Assistente de Direção: Rodolpho Corrêa

    Operação de luz: Felipe Fly

    Operação de vídeo e Projeção: GIVVA

    Assessoria de imprensa e mídias sociais: Canal Aberto

    Observadores-documentadores: Carla Miyazaka, Felipe Fly, Oru Florido, Raiane Souza, Rodolpho Corrêa

    Estagiária: Thainá Teixeira

    Produção Executiva: Lucas Leite

    Direção de Produção: Iza Marie Miceli

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