Outubro Rosa: Prevenção ao Câncer de Mama. Confira o artigo escrito pelo Dr. Lister de Macedo Leandro – Ginecologista e Obstetra.
O câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação desordenada de células mamárias, o que resulta em células anormais que também se reproduzem formando tumores.
Vale lembrar que existem tumores benignos e malignos. É considerado um tumor benigno (não canceroso), aquele que é incapaz de invadir outros tecidos e órgãos. É considerado maligno quando ele pode se alastrar.
Por definição, o termo ´Câncer de Mama´ refere-se a um tumor maligno que se desenvolve a partir de células mamárias. Não se tem uma única causa de câncer de mama. O fato é que o envelhecimento das células, suas alterações biológicas e o acúmulo de exposições ao longo da vida aumentam o risco da doença.
As estatísticas demonstram que 4 em cada 5 casos da doença ocorrem em mulheres com mais de 50 anos.
Há vários fatores de risco para o câncer de mama, a maioria deles está associada a agentes ambientais, comportamentais (excesso de consumo de álcool, obesidade, sobrepeso, sedentarismo), histórico reprodutivo (gravidez após os 30 anos), histórico hormonal (menarca antes dos 12 anos e menopausa após os 55 anos), além da genética e hereditariedade.
Quanto aos fatores hereditários, têm importância os casos de câncer de mama em parentes de 1º grau e/ou pelo menos um caso de câncer de ovário. Apenas 10% dos tumores de mama têm origem genética.
Os sintomas mais frequentes do câncer de mama são: presença de nódulos na região da mama e /ou axila, secreções nos mamilos, pele enrugada e enrijecida, vermelhidão, feridas e coceiras mamárias.
O auto exame é muito importante para o auto conhecimento mas não é suficiente para um diagnóstico precoce da doença. O principal método para esse diagnóstico precoce é a Mamografia Digital, que identificará até as menores lesões, muitas delas não palpáveis. Tal exame não gera qualquer lesão nas mamas, mesmo naquelas pacientes usuárias de próteses de silicone.
Após a constatação de um nódulo, o próximo passo é a biópsia de lesão para se confirmar o diagnóstico. É muito usada também a Ultrassonografia e a Ressonância Magnética mamárias para se complementar alguns diagnósticos.
No Brasil, o Ministério da Saúde recomenda se fazer a mamografia em mulheres a partir dos 50 anos a cada 2 anos. Já a Sociedade Brasileira de Mastologia orienta que o exame seja feito anualmente, a partir dos 40 anos.
O tratamento do câncer de mama vai depender das características do tumor: cirurgia, quimioterapia e radioterapia são as técnicas utilizadas, não necessariamente nesta ordem. Hoje deve-se salientar que houve uma evolução nos tratamentos com cirurgias menos invasivas, sessões de radioterapia mais curtas, medicações menos agressivas e, principalmente, o suporte emocional às pacientes.
Para o tratamento ter mais chance de sucesso, a palavra chave é o ´Diagnóstico Precoce´, que será o fator essencial para a cura da paciente.
De modo geral, a prevenção do câncer de mama se baseia no controle dos fatores de risco e no estímulo aos fatores protetores (boa alimentação e atividade física). Segundo o Ministério da Saúde, estima-se que a combinação de tais fatores reduza em até 28% o risco de a mulher desenvolver câncer de mama.
Dr. Lister de Macedo Leandro
Ginecologista e Obstetra