Por Stefany Leandro
O inverno se aproxima e as baixas temperaturas já começam a marcar presença em muitas regiões do país. Entre tantas mudanças trazidas pela nova estação, estão os cuidados com a saúde dos pets, que precisam ser redobrados neste período. Em entrevista ao Viva a Cidade News, o Analista de Desenvolvimento da Vetnil (@vetniloficial), Kauê Ribeiro da Silva, dá algumas dicas para os tutores.
Quais os cuidados necessários com os cães no inverno? Quais pontos merecem mais atenção?
Para aquecer: Apesar de ser um país tropical, o Brasil enfrenta baixas temperaturas no inverno. Com isso, surgem dúvidas e preocupações com os pets. Com pelo curto ou longo, o ideal é que o pet tenha um abrigo quentinho para se proteger do frio. O mais adequado é oferecer uma casinha, caminha ou um local coberto. De qualquer forma, é importante ficar atento ao comportamento do animal e checar se ele está confortável e aquecido. Um cão com frio fica enrolado e encolhido em um canto e pode até tremer, sendo ideal oferecer uma manta ou cobertor para ele conseguir manter a temperatura corporal, além de usar roupinhas caso fique confortável com elas.
Tosa: Outra dúvida comum diz respeito à tosa. Durante o inverno, não é recomendado tosar, apenas aparar os pelos ou optar pela tosa higiênica, pois eles são a proteção natural do animal.
Banho: No inverno, a frequência de banhos pode ser reduzida e deve ser feita preferencialmente com água morna. Opte por dar banhos durante o período mais quente do dia. Importante sempre secar bem com uma toalha e finalizar com secador. Nunca deixe o pet molhado, pois além de ficar com frio, a umidade da pele e pelos propicia dermatites fúngicas.
Passeios: As atividades físicas e de lazer devem ser feitas mesmo no inverno. Porém, deve-se escolher os horários do dia com a temperatura mais agradável. O mais importante é observar como seu pet reage. Se saiu para passear, mas seu cão parece estar claudicando, com dificuldade de caminhar, pode ser um sinal de alerta e uma consulta veterinária é necessária para verificar a saúde articular do seu pet, por exemplo.
A incidência de gripes, também tende a ser maior no inverno para os pets? Como evitar?
Os casos de gripe aumentam consideravelmente no inverno e em dias chuvosos, e são bastante parecidos com a gripe humana. Os cães podem apresentar espirros, tosse, febre, coriza, perda de apetite, dificuldade de respirar, letargia e olhos lacrimejantes. Para fazer o diagnóstico correto, não basta observar os sinais clínicos, é necessário levar seu cão ao veterinário para que ele conduza o diagnóstico.
Quando detectada no início, o tratamento é feito com uma boa alimentação, correção da desidratação e medicamentos para aliviar os sintomas. Em casos avançados, podem ser necessários antibióticos.
Para evitar a doença, é necessário manter a vacinação em dia, já que existem vacinas para os agentes infecciosos que causam a gripe canina (contra o vírus da parainfluenza canina, o adenovírus canino e a bactéria Bordetella bronchispetica, por exemplo) que são aprovadas e ajudam a diminuir a gravidade da doença quando o pet é infectado. Elas também auxiliam na diminuição da quantidade de vírus espalhados no ambiente, visto que os cães vacinados têm menos chances de transmitir a doença para outros animais.
Muitos tutores investem em roupinhas para aquecer o pet. Isso faz mesmo diferença?
Podemos dizer que o que vai definir se é necessário ou não o uso de roupas são questões biológicas dos pets, como estrutura corporal e tamanho da pelagem. Essas diferenças variam de acordo com a raça e com a cidade onde o tutor reside. Uma dica para checar a necessidade das roupas é verificar se as orelhas e patas estão geladas.
As peças devem ter um tamanho ideal para o pet, para que ele possa se movimentar e brincar de uma forma tranquila e sem empecilhos. Aposte em roupas mais leves e soltinhas, de preferência sem mangas, elas facilitam o conforto.
Fonte: Jornal Viva Cidade News