“É a vivência de um ciclo crítico que equivale a uma Tensão Pré-Menstrual (TPM) em frequência mil, no qual a mulher enfrenta diversos desafios de ‘sobrevivência’”.
A frase da nutricionista Ana Laura Guimarães pode até parecer exagero, mas, descreve a realidade que muitas mulheres enfrentam com a chegada da menopausa, período que marca o encerramento do ciclo menstrual e traz consigo mudanças fisiológicas, psicológicas e comportamentais.
Especialista no assunto, a profissional responde algumas dúvidas e dá dicas úteis para o alívio dos sintomas. Confira!
A alimentação influencia nos sintomas da menopausa?
Existe uma frase que diz “O que não mata, nos deixa mais fortes”. Eu costumo dizer “O que nós consumimos, ou nos mata, ou nos fortalece”. Isso porque, muitas questões relacionadas à saúde estão diretamente ligadas à má alimentação.
Os próprios sintomas da menopausa, por exemplo, muitos são consequência de uma desnutrição cerebral, decorrente de uma alimentação incorreta, com alimentos que são prejudiciais.
Partindo dessa premissa, quais alimentos são prejudiciais e precisam ser excluídos do cardápio?
Entre os principais alimentos que precisam ser evitados estão o açúcar, o trigo, o leite de vaca e, logicamente, os seus respectivos derivados.
Os doces podem causar uma “dependência” semelhante ao álcool e uma espécie de compulsão. Quanto mais açúcar você consome, mais quer consumir.
O trigo é um agente inflamador que traz 400% mais glúten do que nosso organismo é capaz de digerir.
Já o leite de vaca, possui uma proteína chamada lactalbumina que age na destruição dos neurônios e, com o passar do tempo, pode causar problemas como alergias e diabetes do tipo 3.
E quais alimentos podem aliviar os sintomas da menopausa?
Aconselho beber muita água no lugar de qualquer outra bebida. Para os que possuem dificuldades para ingerir água, uma dica é saborizá-la, utilizando, por exemplo, cravo, folhas de hortelã, etc.
Além disso, prefira sempre alimentos naturais e livres de agrotóxicos. Itens como peixes, chás, óleo de coco, azeite de oliva, arroz integral, frutas vermelhas e ovos, também são muito bem-vindos.
Quando falamos em mudanças na alimentação, muitos recorrem a dietas drásticas que acabam se tornando difíceis de serem mantidas. Como tornar esse processo mais fácil?
Façamos a seguinte analogia: Quando uma pessoa decide que irá percorrer o Caminho de Santiago de Compostela, que possui cerca de 800 quilômetros de percurso, ela não sai simplesmente andando. É feito um preparo! Ela treina, percorre determinada distância por dia e vai aumentando, porque ela sabe que não tem como fazer isso de forma imediata.
O mesmo ocorre nesse processo. É preciso fazer primeiro uma reeducação alimentar. Ir se conscientizando e eliminando aos poucos tudo aquilo que sabemos que não nos fará bem, para que então, tenhamos condições de seguir com uma dieta.
Com o passar do tempo, os novos hábitos alimentares se tornarão automáticos, porque você já aprendeu a viver sem o açúcar, sem o álcool, entre outras coisas.
Ter uma alimentação adequada desde a juventude tende a diminuir os efeitos da menopausa no futuro?
Com toda certeza. Costumo dizer que muitos dos sintomas da menopausa não acontecem exatamente naquele período, mas sim, são resultantes das ações que aquela mulher teve ao longo de sua vida.
Muito se fala sobre os problemas causados pelos declínios hormonais, a queda do estrogênio, mas os sintomas também são resultantes do sedentarismo e da má alimentação.
Dessa forma, uma jovem que leva uma vida saudável, com certeza, sofrerá menos quando atingir a menopausa.
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