Itaim ganha o charme do novo Nonna Rosa
Nova unidade do restaurante traz cozinha contemporânea, coquetelaria forte e ambiente leve

Informações
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Dias da semana e horários
Segunda a quarta, das 12h às 16h e das 19h às 23h | Quinta e sexta, das 12h às 16h e das 19h à 0h | Sábado, das 12h à 0h | Domingo, das 12h às 17h
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Mais detalhes
Há seis anos, o Nonna Rosa abriu suas portas nos Jardins trazendo um italiano luminoso, pautado pelo afeto e pelos sabores do Sul da Itália. Agora, a casa ganha um segundo endereço no Itaim Bibi — e a mudança não é apenas geográfica.
“Os clientes pediam o Nonna aqui. Era um desejo deles e nosso”, conta André Silva, sócio ao lado de Marcelo Muniz.

Marcelo Muniz e André Silva, sócios | Foto: Ana Pimenta (divulgação)
O novo restaurante, inaugurado no fim de outubro, marca uma virada em linguagem, menu e atmosfera: o mesmo DNA, mas em uma versão mais jovem, mais leve, mais urbana.
A escolha do bairro tem história. Foi no Itaim que Marcelo e André trabalharam juntos pela primeira vez, ainda muito antes de se tornarem sócios e construírem a marca. “A gente se conheceu no Itaim. Parecia natural voltar para onde tudo começou”, diz André.
O público do bairro também pesou: mais híbrido, mais conectado à rua, dividido entre o corporativo e o lazer. Daí nasceu um projeto pensado para conversar com esse ritmo — sem perder a doçura que fez o Nonna Rosa crescer.
O salão traduz esse equilíbrio. Pé-direito alto, luz natural, varanda envidraçada, mesas abraçadas pelo paisagismo e um mural de seis metros criado pelos artistas Tintita & Tintistas — parceria que vem da primeira unidade. Mas é a prateleira de maçãs frescas que provoca o sorriso de quem entra. “Virou nossa marca. As pessoas pegam para levar pro escritório, pra casa… é afeto, é memória”, diz Marcelo.
São cerca de 100 kg de maçãs por mês, renovadas constantemente, mais símbolo do que decoração. “Aqui, a nonna é de Milão. Nos Jardins, ela é da Puglia”, brinca Marcelo.
O cardápio acompanha essa atualização de espírito. Embora mantenha pilares como o Ravioli di Pere e Formaggio, o Polpetone e a Carbonara, cerca de 70% dos pratos são inéditos — um movimento que começou no Itaim, mas que deve, segundo os sócios, migrar futuramente para os Jardins.

“Corredor de maçãs”: símbolo da casa | Foto: Ana Pimenta (divulgação)
Do mar mediterrâneo chegam inspirações claras, como o Gamberetto (camarões na grappa com tagliolini ao molho de crustáceos) e o delicado Polpo in Vinaigrette, servido com brioche tostado e cítricos.
Já o Ravioli di Agnello e Menta entrega perfume, untuosidade e calor, num diálogo elegante entre cordeiro e ervas frescas.
As entradas reforçam a fase mais contemporânea: o Arancini Affumicati combina defumados e molho arrabbiata com precisão; a Insalata di Calamari une crocância, amargor e frescor em camadas.

Gamberetto | Foto: Ana Pimenta (divulgação)
Há também o clássico da casa — Escarpeta, com linguiça, erva-doce e mussarela de búfala sobre focaccia — e a burrata que virou manifesto próprio: fresca, com pesto de manjericão e pistache e mel trufado. “Todo mundo foi para a burrata assada; a gente quis ir na contramão”, explica Marcelo.
A coquetelaria, novidade importante desta unidade, reforça a ambição da casa para além da mesa. O bar, estrategicamente posicionado no centro do salão, conduz a experiência com drinks criados pela mixologista Chula Barmaid.
São receitas limpas, elegantes, sem espumas nem pirotecnias. Entre os destaques, o Amalfitana, com rum branco, abacaxi e hortelã, e o Caju Clarificado, que combina rum envelhecido e compota de caju num resultado sedoso.
“O Itaim pede isso: a pessoa pode vir só para o bar, e tudo bem”, afirma Marcelo. “É uma coquetelaria clássica, que conversa com a nossa cozinha”.
Juntas, as duas casas somam cerca de 70 colaboradores — 30 somente no Itaim. Parte da equipe foi trazida dos Jardins, parte foi formada ao longo de um ano de testes e treinamentos.

Tiramisú | Foto: Ana Pimenta (divulgação)
A hospitalidade, para os sócios, é ponto inegociável: “A gente quer que a pessoa saia daqui com a sensação de ter sido cuidada. Parece simples, mas dá muito trabalho”, diz Marcelo, que começou seu caminho na gastronomia numa lanchonete de bairro, antes de trabalhar no Fasano e no Nino. André, formado em gastronomia, encontrou na administração e no salão sua verdadeira vocação.
O futuro da marca já se desenha — com cautela.
“Queremos crescer, mas sem perder a mão. Construímos algo muito bonito e queremos que dure 10, 20, 50 anos”, diz André.
O Itaim, por ora, é o capítulo mais fresco dessa história: mais moderno, mais aberto à rua, mais pulsante — mas ainda reconhecível no mesmo abraço quente de sempre, aquele que começa com maçãs vermelhas e termina, de preferência, com um ravioli inesquecível.
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