Evento e livro inspiram experiências analógicas

Mais detalhes

Contação de história com retrato falado, pintura de marcadores de página, oficinas sobre máquinas de escrever e rodas de conversa para pais e educadores são algumas das atividades que marcam a apresentação do livro “As Fabulosas Histórias de Dona Remi” (editora Vidaria), escrito por Priscila Dal Poggetto, lançado em maio.

A escritora e jornalista propõe uma experiência literária, na ZIV Gallery, em Pinheiros, no próximo domingo (2), das 10h às 17h, em um dia cheio de atrações analógicas.

O evento é gratuito e tem atrações para crianças, adultos e educadores, em diálogo com a história do livro, que tem uma máquina de escrever como uma das personagens.

Em “As Fabulosas Histórias de Dona Remi”, Pedro é um garoto que faz amizade com uma máquina de escrever, a Dona Remi, com quem compartilha dúvidas, inseguranças e alegrias.

Foto: Reprodução/Internet www.gustavicentini.com.br

Graças ao contato com o objetivo, ele se conecta com as vidas das pessoas que, assim como ele, em algum momento, apertaram aquelas teclas ‘mágicas’ para contar histórias maravilhosas.

Por meio de uma narrativa lúdica, a autora traça caminhos para as crianças buscarem respostas e acolhimento para sentimentos e sonhos.

A experiência na galeria dá continuidade à reflexão proposta no livro, além de mostrar para crianças e adultos que vale a pena deixar um pouco de lado as telas de celulares e tablets, para redescobrir os encantos da literatura.

“Com o mesmo propósito do livro, este evento é um convite para todas as pessoas desfrutarem do mundo analógico de maneira mágica, por meio de nossas inspirações e das boas lembranças. Afinal, quando ‘conversamos’ com uma máquina de escrever, as teclas @ e delete, simplesmente, não existem. É a nossa essência, sem filtro ou edição, grudando palavras no papel”, explica Priscila.

O dia começa com a roda de conversa “Equilíbrio na era das telas”, às 10h, com a psicóloga e psicopedagoga Regiane Garcia e o escritor de livros infantis Lalau Simões Neto.

Eles batem um papo com a autora e o público sobre saúde mental, criatividade e sobre como a leitura e a escrita podem ajudar pais, mães, cuidadores e educadores a equilibrar o uso de telas.

“O poder da contação de histórias” é o tema da segunda atividade do dia, a partir das 11h30. Para essa roda de conversa, Priscila recebe como convidados a coordenadora pedagógica do Colégio Oswald de Andrade, Vivian Cristina Gusmão, e o escritor e jornalista Fellipe Fernandes.

A discussão aborda a importância da contação de histórias para criar o hábito da leitura, e destaca os livros como elementos seguros para crianças e adultos desenvolverem a inteligência emocional e enfrentarem os desafios da vida.

Para as 12h30 está programada a sessão de contação de história com retrato falado. Na primeira parte da atividade, a contadora de histórias Daiane Bonfim lê trechos do livro “As Fabulosas Histórias de Dona Remi”.

Depois, os participantes contam para o artista Galvani Galo como imaginaram um objeto, personagem ou cenário da narrativa, e ele desenha, em uma folha de papel, o ‘retrato falado’. Essa dinâmica tem o objetivo de mostrar como uma história é única para cada um que a interpreta.

O período das 14h às 17h é reservado para as “Oficinas com máquinas de escrever”, comandadas por Sergio Henrique de Oliveira, também conhecido como SergioType. Ele tem mais de 30 anos de experiência como redator e é apaixonado pelas máquinas de escrever desde a infância.

Além de conhecer e explorar os equipamentos, que já foram tão presentes na vida dos brasileiros, os participantes vão encontrar algumas máquinas à venda no local.

Os interessados também poderão comprar o livro “As Fabulosas Histórias de Dona Remi”, com direito a sessão de autógrafos com a autora e o ilustrador Gusta Vicentini.

É ele quem comanda, das 14h às 17h, a ação “Pintura de marcadores de página”, com desenhos feitos exclusivamente para os participantes do evento pintarem com canetas especiais.

A ZIV Gallery fica em um conhecido ponto turístico da capital, o Beco do Batman, e foi escolhida para receber o evento por ser um espaço aberto a variadas manifestações artísticas.

“Nossa intenção sempre foi atrair um público eclético, que não necessariamente frequentasse esse tipo de ambiente. Essa combinação de literatura, máquinas de escrever e arte é uma oportunidade especial para estimular a criatividade e a curiosidade das crianças”, finaliza o galerista Helder Kanamaru.