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Última modificação setembro 08, 2025

Peça “Black Machine” debate legado de “Hamlet”

"Hamlet", de Shakespeare, é confrontado em espetáculo sobre humanismo e papéis de gênero

Black Machine Foto: Sergio Silva

Informações

  • Data de inicio e término

    11/09/2025 até 28/09/2025

  • Dias da semana e horários

    de quinta a sábado, às 20h | com exceção do domingo dia 28/09, às 18h

  • Endereço

    Rua Três Rios, 252 - 2º andar - Bom Retiro

    Ver no mapa

Mais detalhes

O clássico “Hamlet”, de William Shakespeare, ganha releitura provocativa em “Black Machine”, que estreia no dia 11 de setembro, às 20h, na Casa do Povo. A peça, contemplada pela 20ª edição do “Prêmio Zé Renato”, cumpre temporada no espaço até 28 de setembro, com dez apresentações, e segue depois para mais dez sessões na Casa Farofa (Rua Treze de Maio, 240, Bela Vista).

Com dramaturgia de Dione Carlos, Fernando Lufer e Eugênio Lima, o espetáculo promove um encontro entre o príncipe dinamarquês e a Ofélia da obra “Hamlet Machine” (1972), de Heiner Müller. A montagem propõe um embate entre os dois cânones do teatro ocidental, incorporando ainda reflexões sobre gênero, raça, necropolítica, masculinidade, dor e desejo.

Segundo o diretor Eugênio Lima, a peça busca romper com a centralidade de Hamlet:

“Há 400 anos ele só fala dele mesmo. Nesse ponto da narrativa, Fanon ganha mais destaque, desdizendo tudo o que foi dito antes.”

Definida como um “experimento polifônico”, a encenação alterna entre delírio, manifesto e performance. Com estética afro-surrealista, combina música ao vivo, videografia em três telas e momentos de spoken word, criando diálogos entre dramaturgias sonora, textual e visual.

No elenco, Fernando Lufer e Marina Esteves exploram um teatro que tensiona identidades, evocando ancestralidades e desafiando a tradição patriarcal. Para Eugênio Lima, a questão central do espetáculo é:

“Será que todo mundo pode realmente se identificar com o dilema existencial de Hamlet sobre a dor de estar vivo?”

Para garantir o caráter atemporal da obra, os dois personagens centrais são pós-coloniais. Enquanto Hamlet é atravessado por vozes como as de Frantz Fanon, Jean-Michel Basquiat, Aimé Césaire e Mano Brown, Ofélia é inspirada por nomes como Lélia Gonzalez, Sueli Carneiro e Erykah Badu.

  • Gratuito
  • Maiores de 16 anos

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