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Última modificação agosto 12, 2025

Estreia peça “CHECHÊNIA: Um Estudo de Caso”

Peça-palestra de Ronaldo Serruya reflete sobre a existência queer no Brasil

CHECHÊNIA: um estudo de caso Foto: Abner Marcelo

Informações

  • Data de inicio e término

    15/08/2025 até 31/08/2025

  • Dias da semana e horários

    Sexta, às 21h30 | Sábado e domingo, às 18h30

  • Endereço

    Rua Bom Pastor, 822 - Ipiranga

    Ver no mapa
  • Valores

    R$ 50 (inteira) | R$ 25 (meia) | R$ 15 (Credencial Plena)

Mais detalhes

O espetáculo “CHECHÊNIA: Um Estudo de Caso”, de Ronaldo Serruya, inicia temporada no Teatro Mínimo, do Sesc Ipiranga. A partir das vivências do artista e do fato de existirem prisões exclusivas para homossexuais na República da Chechênia em pleno século 21, a peça-palestra tem como objetivo discutir o tema da homofobia.

Em seu novo trabalho, Ronaldo Serruya (Grupo XIX e Teatro Kunyn), que é dramaturgo, ator e pesquisador levanta a seguinte questão: “Quantas Chechênias existem no Brasil?”.

O artista rememora fatos da sua infância queer em uma família tradicional judia, e desse modo escreve uma história ficcional imaginando, em detalhes, o cotidiano de um confinamento apenas pela pessoa ser homossexual.

“Em um primeiro momento, pode parecer estranho comparar Brasil e Chechênia, já que lá, o próprio governo legitima e estimula a violência contra a população LGBTQIAPN+, algo que não acontece aqui. No entanto, o Brasil é um dos países que mais matam LGBTS no mundo e temos que falar sobre isso”, comenta Serruya.

Na peça, o dramaturgo constrói uma espécie de clínica de reabilitação dedicada à cura gay, imaginando como seria o cotidiano de um checheno homossexual, vivendo em um campo de concentração após ser perseguido por ser quem é, para, desse modo, fazer o paralelo entre esses dois contextos.

“CHECHÊNIA: Um Estudo de Caso” faz um convite à plateia a refletir sobre os mecanismos da homofobia institucional presentes nas estruturas políticas não apenas do Brasil, mas do mundo todo. Em um jogo que brinca o tempo todo com a metalinguagem, personagem e ator-palestrante se confundem durante a encenação.

“Desde ‘A Doença do Outro’, indicado ao Prêmio Shell de melhor texto em 2023, tenho pesquisado o conceito de peça-palestra. Para mim, isso significa convidar o público para uma conversa. Nesse sentido, a dramaturgia se estabelece como o ponto de partida para discutir um determinado tema. Na prática, tudo parece improviso, mas não é. Na verdade, cada detalhe foi cuidadosamente pensado”, explica o artista.

 

  • Acessível para cadeirantes
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  • Maiores de 16 anos

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