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Última modificação julho 25, 2025

Passeios para celebrar a literatura em São Paulo

Para comemorar o Dia Nacional do Escritor, neste 25 de julho, conheça espaços ‘literários’ da cidade

O Dia Nacional do Escritor é celebrado em 25 de julho | Foto: iStock

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    Nesta sexta-feira, dia 25 de julho, comemoramos o Dia Nacional do Escritor, uma data que homenageia aqueles que dedicam seu tempo à criação de livros, poemas, poesias e às palavras que encantam e informam.

    Seja na elaboração de textos acadêmicos ou narrativas de ficção, os escritores precisam dominar a arte de cativar seus leitores. Para isso, é fundamental ter um amplo vocabulário, domínio da gramática e ortografia, além de uma boa dose de criatividade, inspiração e conhecimentos sobre o mundo ao seu redor.

    A tradição de celebrar os escritores brasileiros nesta data teve início durante o 1º Festival do Escritor Brasileiro, realizado na década de 1960 pela União Brasileira de Escritores.

    A portaria que estabeleceu a data foi assinada em 21 de julho de 1960, pelo então ministro da Educação e Cultura Pedro Paulo Penido.

    Para celebrar esse dia, o Viva a Cidade preparou um roteiro com sugestões de passeios ‘literários’ em São Paulo, imperdível para os apaixonados por livros e leitura.

    Casa das Rosas

    A Casa das Rosas, localizada na Avenida Paulista, é um museu-casa que ocupa um casarão, edícula e jardim com roseiral, construídos em 1935.

    O espaço é dedicado à poesia, à literatura e à cultura brasileira, além de preservar o acervo bibliográfico de Haroldo de Campos, um dos pioneiros do movimento da “poesia concreta” nos anos 1950.

    O local oferece uma programação variada e gratuita, incluindo oficinas de criação, palestras, debates, exposições, eventos literários, saraus, lançamentos de livros e shows.

    Para quem gosta de aproveitar o ambiente ao ar livre, há um jardim encantador e uma edícula com restaurante e cafeteria, perfeitos para relaxar e curtir um momento tranquilo mesmo na agitação da cidade.

    Fachada da Casa das Rosas, na Avenida Paulista. | Foto: Divulgação

    Casa Mário de Andrade

    A Casa de Mário de Andrade, onde o escritor viveu, na Barra Funda, entre as décadas de 1920 e 1940, celebra a diversidade de atuações de Mário de Andrade, que foi poeta, musicista, pesquisador, crítico de cinema e dramaturgo, refletindo sua multifacetada contribuição à cultura brasileira.

    Além da exposição principal “A Morada do Coração Perdido”, o museu tem mostras temporárias e atividades culturais voltadas às áreas de literatura, música, artes plásticas, cinema e teatro, todas relacionadas ao legado do artista.

    Para aprofundar os estudos sobre sua obra, foi criado o Centro de Pesquisa e Referência Mário de Andrade, que foca nos diferentes aspectos de sua produção.

    O museu é gerido pela organização Poiesis e faz parte da rede de museus da Secretaria de Cultura de São Paulo.

    Fachada da Casa Mário de Andrade, na Barra Funda. | Foto: Reprodução

    Casa Guilherme de Almeida

    A Casa Guilherme de Almeida, administrada em parceria com a Poiesis, foi inaugurada em março de 1979, no imóvel que foi residência do poeta, tradutor, jornalista e advogado Guilherme de Almeida, de 1946 até sua morte em 1969.

    O acervo do museu inclui objetos pessoais do escritor, obras de arte de artistas modernistas como Anita Malfatti, Tarsila do Amaral e Lasar Segall, além de uma vasta biblioteca, arquivo fotográfico e mobiliário cuidadosamente preservados. O espaço também destaca a participação de Guilherme na Revolução Constitucionalista de 1932.

    O museu tem como missão preservar sua memória e promover o conhecimento de sua obra, oferecendo uma programação cultural intensa, com cursos, palestras, oficinas e recitais.

    Uma das áreas de destaque é a tradução de poesia, que conta com um Centro de Estudos dedicado à teoria, prática e à obra do poeta.

    Fachada da Casa Guilherme de Almeida, que fica no Sumaré. | Foto: Divulgação

    Biblioteca Mário de Andrade

    A Biblioteca Mário de Andrade, fundada em 1925, é o maior estabelecimento público do gênero da cidade, e a segundo maior do Brasil, ficando atrás apenas pela Biblioteca Nacional.

    Nomeada, inicialmente, como Biblioteca Municipal de São Paulo, ficava na rua 7 de Abril, mas foi transferida em 1942 para o atual edifício, na Rua da Consolação, projetado por Jacques Pilon.

    Sua missão é democratizar o acesso à informação e à cultura, atendendo leitores, estudantes, artistas e pesquisadores.

    O acervo cresceu significativamente com a incorporação da Biblioteca Pública do Estado em 1937, destacando-se a aquisição da biblioteca de Félix Pacheco e outras coleções importantes.

    A Coleção de Obras Raras e Especiais, criada nos anos 1920 e aberta ao público em 1945, é um dos seus principais patrimônios.

    Outras coleções relevantes incluem a Circulante (criada em 1944 e revitalizada em 2010), voltada ao empréstimo de livros, e a de Artes (1945), com materiais sobre artes visuais, música e teatro.

    Em 1960, a instituição passou a se chamar oficialmente Biblioteca Mário de Andrade, homenageando o escritor modernista.

    Fachada da Biblioteca Mário de Andrade, na rua da Consolação. | Foto: Leon Rodrigues/SECOM

    Biblioteca de São Paulo

    A Biblioteca de São Paulo (BSP), inaugurada em 2010, está localizada no Parque da Juventude Dom Paulo Evaristo Arns, na zona Norte da capital, que ocupa o terreno que abrigou o Complexo Penitenciário Carandiru, desativado em 2002.

    Esse local simboliza a transformação de um espaço de exclusão em um centro de inclusão cultural.

    Inspirada em modelos internacionais, como as bibliotecas de Santiago e Medellín, a BSP se destaca por seu conceito de biblioteca viva, que alia leitura a tecnologia, jogos, atividades culturais e serviços acessíveis.

    Com um acervo diversificado de livros, audiolivros, revistas, DVDs, jogos e materiais em braile, além de computadores com internet e estrutura acessível, o espaço oferece experiências inclusivas para públicos de todas as idades.

    Sua programação inclui oficinas, contações de histórias, clubes de leitura e ações formativas, reforçando seu papel como polo cultural e educativo.

    Foto: Fachada da Biblioteca de São Paulo, no Parque da Juventude. | Foto: Divulgação

    Serviço:

    Veja informações sobre os espaços mencionados no texto:

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    Stefany Leandro

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    Stefany Leandro é jornalista e editora-chefe do Viva a Cidade.