Theatro Municipal estreia óperas de Puccini e Strauss
Espetáculos 'Le Villi' e 'Friedenstag' são obras dirigidas por André Heller-Lopes e Priscila Bomfim

Informações
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Data de inicio e término
19/07/2025 até 27/07/2025
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Dias da semana e horários
Terça, quarta e sexta, às 20h, sábados e domingos, às 17h.
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Valores
De R$ 33 a R$ 210.
Mais detalhes
O Theatro Municipal de São Paulo recebe uma montagem inédita que une duas raridades da ópera europeia neste sábado (19).
A casa apresenta, até o dia 27, “Le Villi” (As Fadas), estreia operística de Giacomo Puccini, e “Friedenstag” (Dia de Paz), obra de Richard Strauss que será apresentada pela primeira vez na América Latina. A produção tem direção cênica de André Heller-Lopes e direção musical de Priscila Bomfim.
A montagem conecta os dois enredos — uma fábula fantástica e uma narrativa de guerra — em uma leitura cênica contínua, com o personagem Roberto funcionando como elo entre as obras.
“Le Villi” representa o prelúdio de um conflito; Friedenstag, o auge da guerra. Essa justaposição é uma metáfora do nosso tempo, que, mesmo 80 anos após o fim da Segunda Guerra, ainda vive sob o signo do conflito”, explica Heller-Lopes.
Com cerca de 170 minutos de duração (incluindo intervalo), a apresentação no Theatro Municipal conta ainda com cenografia de Bia Junqueira, luz de Fábio Retti e figurinos de Laura Françozo. O Coro Lírico Municipal é regido por Hernán Sánchez Arteaga, e a Orquestra Sinfônica Municipal interpreta as duas partituras.

Foto: Larissa Paz/Divulgação
Estreada em 1884, “Le Villi” é uma ópera-balé baseada em lendas eslavas sobre mulheres traídas que se tornam espíritos vingativos — a mesma inspiração do balé “Giselle”. A peça se destaca por sua atmosfera mística e pela música melódica e expressiva, já evidenciando o talento que faria de Puccini um dos grandes nomes da ópera italiana.
Já “Friedenstag”, composta por Strauss em 1938, propõe uma reflexão pacifista ambientada ao final da Guerra dos Trinta Anos. Com libreto de Joseph Gregor, a obra ganha novo significado ao ser encenada em pleno aniversário de 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial.
“É uma obra sobre esperança, mas que foi sequestrada pelo contexto político da época. Trazê-la ao público hoje é também um gesto de resgate e reinterpretação”, afirma o diretor.