Mostra de Vicente do Rego Monteiro entra em cartaz
"Vicentes - Monteiro: Entre Recife e Paris (1899–1970)" é exibida pela primeira vez no Brasil

Informações
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Data de inicio e término
09 maio até 05 jul
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Dias da semana e horários
Terça a sexta, das 11h às 19h | Sábado, das 11h às 15h
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Mais detalhes
A mostra “Vicentes – Monteiro: Entre Recife e Paris (1899–1970)” revisita a trajetória do artista, com ênfase em sua produção escrita. Resultado de uma pesquisa desenvolvida ao longo de anos, o curador Paulo Bruscky traz pela primeira vez ao público brasileiro os poemas visuais de Rego Monteiro que foram exibidos no Centre Georges Pompidou, em 2017, em Paris, junto a uma rica documentação que percorre sua vida e obra, incluindo pinturas, desenhos, cartas, poemas, fotografias, gravações e caligramas.
Agora, quase uma década depois, a exposição é retomada sob um novo olhar, incorporando obras inéditas, documentos adicionais e uma abordagem ainda mais ampla da pesquisa de Bruscky, outro artista múltiplo e seu conterrâneo. O resultado é um panorama enriquecido da trajetória de Rego Monteiro, revelando a complexidade e a modernidade de sua produção artística.
Há pinturas das décadas de 1920 e 1930, livros, cartazes, discos, baralhos e um compêndio dos caligramas que antecedem os concretistas brasileiros. Vicente, o poeta que ganhou o Prêmio Apollinaire, editava em Paris e imprimia em Recife, numa troca oblíqua e luminosa entre mundos. Com sua pesquisa pictórica ancorada na cerâmica marajoara, “foi talvez o mais arcaico e, por isso mesmo, o mais moderno entre os modernistas”, reflete Bruscky.
Mais de 100 documentos reconstituem não apenas a obra, mas também o tempo — o maior artista arquivista de arte correio da América Latina, ao lado de Vicente — e, aqui, dedicado a ele, transforma o documento em obra e forma de vida.
Entre pinturas de destaque estão “Bicho, óleo sobre tela”, de 1925 e “Moderna Degolação de São João Batista – Óleo sobre madeira”, imagem cedida pelo MAMAM de Recife.
E foi em Recife que nasceu Vicente do Rego Monteiro (1899–1970), pintor, escultor, editor, poeta, criador de livros de artista antes mesmo que se nomeasse tal gesto. Ainda jovem se estabeleceu em Paris, onde frequentou as Academias “Colagrossi”, “Julian” e “Grande Chaumière e se conectou com o meio artístico e intelectual.
Embora tenha participado da Semana de Arte Moderna de 1922 em São Paulo, Vicente não estava fisicamente presente — estava em Paris.
Seu modernismo não se organizou a partir do eixo Rio-São Paulo, mas sim da interlocução entre sua cidade natal, Recife, e o circuito internacional europeu. A isso se soma sua reinterpretação das formas da cerâmica marajoara, que incorporou à sua linguagem pictórica como gesto consciente de valorização de uma matriz cultural indígena brasileira apresentada em inúmeras exposições individuais e coletivas incluindo o “Salon des Indépendants” em Paris.
Sua obra faz parte do acervo de grandes instituições do Brasil e do mundo.
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