Ainda pouco conhecido no Brasil, o Gyrotonic® é um método de exercícios que tem Madonna e Lady Gaga como algumas das praticantes mais ilustres. Ele foi criado na década de 1980, chegou ao país há cerca de 20 anos, e conta com vários estúdios especializados em São Paulo.
Aliado de melhorar o bem-estar físico e mental, ele contribui para a longevidade, atua no alívio das dores na coluna e nas articulações, melhora o condicionamento físico e auxilia na diminuição dos sintomas de doenças como estresse, depressão e ansiedade.
Não se trata de nenhum tipo de mágica, mas de uma metodologia que combina elementos de dança, yoga, natação e artes marciais como o Tai Chi Chuan, com o uso de equipamentos projetados para aumentar a flexibilidade, a força e a coordenação do corpo.
O sistema foi desenvolvido por Juliu Horvath, um ex-dançarino, coreógrafo e inventor húngaro, nascido na Romênia, em 1942. Ele criou essa prática após sofrer uma lesão, o que o levou a buscar uma abordagem mais holística para a reabilitação dos movimentos.
Quem pode praticar Gyrotonic®?
Tati Malhado é treinadora de Gyronic® e fundadora do Respirartes, estúdio especializado no método, localizado na Vila Mariana. Ela diz que o sistema é uma uma prática inclusiva, que pode ser adaptada para atender a uma ampla variedade de necessidades e objetivos, tornando-se uma excelente opção para qualquer pessoa interessada em melhorar a saúde e o bem-estar.
Equipamentos para a prática de Gyrotonic®, do Estúdio Respirartes. | Foto: Divulgação
“O método atende desde atletas e dançarinos profissionais, que desejam melhorar a performance, até idosos e pessoas que estão passando por algum processo de reabilitação”, explica.
Segundo a profissional, apesar de não haver contraindicações, a prática requer cuidados. “Como em qualquer atividade física, é preciso ter atenção, por exemplo, nos casos de pessoas que apresentam alguma lesão. Por isso, é importante buscar locais que ofereçam uma boa infraestrutura e profissionais certificados, que irão avaliar cada pessoa de forma individual, para atender às necessidades e respeitar suas limitações”, alerta.
Quais são os benefícios do Gyrotonic®?
Tati destaca que os benefícios da modalidade são inúmeros, tanto para o corpo quanto para a mente. Entre os principais, ela destaca:
- Aumento da flexibilidade: os movimentos fluidos e circulares ajudam a alongar os músculos e as articulações;
- Fortalecimento muscular: a prática trabalha diferentes grupos musculares de maneira integrada, promovendo força funcional;
- Melhora da postura: os exercícios têm enfoque na consciência corporal, o que pode levar à adoção de uma melhor postura;
- Alívio do estresse: a conexão entre mente e corpo durante os exercícios pode ajudar a reduzir o estresse e promover relaxamento;
- Reabilitação: é frequentemente utilizado como uma forma de terapia, para ajudar na recuperação de lesões.
“Eu poderia ficar horas cintando as vantagens de praticar Gyrotonic®. Tenho casos inspiradores de pacientes, que estão enfrentando desafios como Parkinson, dores crônicas ou depressão e encontraram alívio e melhora na qualidade de vida através do método, pois ele trabalha muito a mobilidade articular, lubrifica as articulações e promove um corpo mais funcional e uma mente mais saudável”, detalha.
Não, não é Pilates!
Por ser praticado por meio de aparelhos ‘diferentes’ dos tradicionais equipamento de academia, projetados pelo idealizador do método, o Gyrotonic® costuma ser erroneamente confundido como uma variável do Pilates.
Embora ambos sejam sistemas de exercícios que visam a melhorar a força, a flexibilidade e a consciência corporal, eles têm abordagens e filosofias totalmente diferentes.
O Pilates foi desenvolvido pelo alemão Joseph Pilates, na década de 1920, e se concentra na reabilitação e no fortalecimento do corpo por meio de exercícios controlados e precisos, enfatizando a conexão entre mente e corpo, com foco na respiração e na estabilização da região conhecida como core (o centro do corpo)
Já o Gyrotonic® se baseia em movimentos fluidos e circulares, que promovem a mobilidade e a força de maneira mais dinâmica e integrada.
Conheça mais aparelhos de Gyrotonic®:
“O que eu acho mais revolucionário é que o Gyrotonic® sai de um sistema linear. Por mais incrível que o Pilates seja, ele ainda está num sistema de mover o corpo por linhas: sobe e desce, abre e fecha. O Gyrotonic® , além de trabalhar com pesos, é todo circular e espiralado”, explica Tati.
Outra grande distinção entre as modalidades é a estrutura necessária para a prática. “Tanto o Pilates quanto o Gyrotonic® possuem equipamentos próprios, mas as máquinas do Gyrotonic® foram desenvolvidas a partir do Gyrokinesis®, que é o método sem aparelhos que, inclusive, pode ser praticado fora do estúdio”, explica a instrutora.
Por que não experimentar?
Com quase 20 anos de experiência no ensino do Gyrotonic®, Tati acredita que o método ainda tem muito a crescer, pois tem potencial para alcançar mais pessoas.
“Fundei o Respirartes em 2005 e, desde 2008, oferecemos Gyrotonic®. De fato, a procura pela modalidade aumentou, mas ainda falta conhecimento. Muitas pessoas procuram por indicação, ou por achar que se trata de uma forma diferente de Pilates. Poucas pessoas realmente conhecem a metodologia e seus benefícios”, comenta.
Para aqueles que desejam experimentar o Gyrotonic®, Tati recomenda não se limitar a uma única aula. “É importante fazer pelo menos quatro aulas, para realmente sentir a diferença no corpo e entender o potencial do método”, sugere.
O estúdio Respirartes oferece um “teste drive”, por meio do qual os interessados podem fazer quatro aulas, com um pacote de valor diferenciado.
Veja onde praticar Gyrotonic® em São Paulo
__
