Exposição “Gaia – O Enigma Humano”, primeira individual de JCamillo
Com 40 obras que transitam entre caos e ordenação, exposição inaugura no Centro Cultural Olido.
Informações
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Data de inicio e término
18 jan até 16 mar
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Dias da semana e horários
Terça a sábado, das 13h às 19h
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Mais detalhes
Assinada pelo artista visual JCamillo, a exposição “Gaia – O Enigma Humano”, entra em cartaz no Centro Cultural Olido, com entrada gratuita. A mostra é um convite ao público para explorar os limites entre a desordem e a organização no contexto físico e psíquico do ser humano. A vernissage acontece dia 8 de fevereiro, sábado, 17h.
A exposição reúne 40 desenhos de 0,75 x 1,10m, criados em Montval Canson 300g. Apresentados como quadros que compõem uma narrativa única, as peças não têm títulos unitários. As obras em preto e branco foram feitas com técnicas de grafite, carvão vegetal e carvão mineral, enquanto os trabalhos coloridos foram feitos com uso de pastel seco.
Segundo Penna, os desenhos inicialmente simbolizam o caos, mas ao olhar mais atentamente, o observador percebe ordenações emergindo. Esse processo, chamado pelo artista de “internalização”, é inspirado na psicologia e reflete uma reconstrução gradual de atividades externas em significados intramentais. “É um convite para o público criar narrativas internas que conectem as figuras ao contexto humano”, sugere o artista.
Nascido em São Paulo, JCamillo (João Camillo Penna) iniciou sua trajetória na Escola Panamericana de Arte, onde estudou desenho e pintura. Aos 19 anos, mudou-se para Silveiras, SP, na região da Bocaina, onde desenvolveu um trabalho autoral com artesanato, esculpindo e pintando pássaros da fauna brasileira. Sua prática colaborativa com artesãos locais ajudou a adaptar técnicas tradicionais à produção comunitária de objetos utilitários, como gamelas e pilões.
A partir de 2014, cofundou a Bienal Bocaina de Arte e Cultura (BiBo), que impulsionou sua dedicação ao campo das artes visuais. Influenciado pela pareidolia (tendência a reconhecer formas familiares em padrões visuais) e orientado por nomes como Joaquim Marçal Andrade, ele desenvolveu a teoria do “Figurativo Psíquico”, uma abordagem artística que conecta a representação visual com reflexões psicológicas e filosóficas.