“Negra Arte Sacra” celebra 75 anos de resistência

Mostra faz reflexão sobre a religiosidade e a preservação da memória e identidade afro-brasileira

Negra Arte Sacra Foto: Instagram

Informações

  • Data de inicio e término

    10 abr até 13 abr

  • Dias da semana e horários

    Confira os dias e horários na programação.

  • Endereço

    R. Azor Silva, 77 - Vila Fachini

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Mais detalhes

A exposição “Negra Arte Sacra” celebra e reverencia os 75 anos de história e resistência do Axé Ilê Obá, uma das mais importantes casas de Candomblé e resistência à intolerância religiosa em São Paulo. Além de celebrar seu legado e homenagear a luta dos ancestrais do primeiro terreiro de Candomblé tombado no estado de São Paulo, a exposição convida o público a refletir sobre a importância da arte sacra afro-brasileira na construção da identidade cultural do país.

Em 1990, após um trabalho incansável de Mãe Sylvia de Oxalá, o Axé Ilê Obá foi reconhecido como patrimônio histórico pelo CONDEPHAAT, um feito que marcou a preservação da memória das casas de Candomblé e da cultura afro-brasileira na capital paulista. Hoje, trinta e cinco anos depois, a casa de Axé se mantém firme na luta pela resistência cultural e religiosa, fortalecendo seu compromisso social, político e religioso, como pilar de resistência e identidade para a comunidade negra, e para todos que buscam um espaço de reverência aos Orixás.

A exposição “Negra Arte Sacra” vai acontecer na casa do terreiro de candomblé Axé Ilê Obá, a partir do dia 10 de abril. A escolha do local é uma forma de reafirmar que a arte e a religiosidade se encontram, ressignificando a história de um Brasil marcado por violências e silenciamentos.

“Axé Ilê Obá vai além de um terreiro ou um espaço religioso, é um ponto de resistência, um lugar onde a história do povo negro se fortalece e se perpetua. Celebrar esses 75 anos é reafirmar nossa luta por liberdade e respeito”, destaca Mãe Paula de Yansã.

Ao longo de quatro dias, a exposição dará voz e visibilidade a artistas que, por meio de suas obras, dialogam com a arte sacra, e ao mesmo tempo com as lutas de resistência negra. Esses artistas não apenas reinterpretam os símbolos religiosos, mas os carregam de novos significados, reverenciando a cultura afro-brasileira e criando um elo direto com a história das religiões de matriz africana no país.

Programação

  • 10/04 – Vernissage (abertura da exposição a partir das 19h), mensagens de agradecimento e abertura oficial pela Yalorixá Mãe Paula de Yansã. Apresentação de vídeo-performance de Rosana Paulino.
  • 11/04 – Portas abertas do terreiro, das 10h às 21h.
    19h – Mesa de debate com os acadêmicos: Joaquin Terrones – MIT, Patrícia Santos Teixeira – UNIFESP e Renata Melo Barbosa – UNB.
  • 12/04 – Portas abertas do terreiro, das 10h às 21h.
  • 19h/04 – Mesa de debate com artistas: Damaze Lima – Artista plástica, Marcelo d’Salete – Quadrinista e professor, Monica Ventura – artista plástica e Sheila Ayo – artista plástica.
  • 13/04 – Portas abertas do terreiro.
    15h – Concentração para o cortejo de maracatu com o grupo Caracaxá.

 

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